
O Atl�tico n�o fez um bom jogo contra o Cear�, principalmente pelo fato de Sampaoli ter inventado tirar Arana do time para p�r Allan de lateral-esquerdo. Aquela marca��o por press�o e a disposi��o dos jogadores n�o foi vista. O time estava bem aqu�m dos dois primeiros jogos.
O Cear�, bem limitado, mas bem treinado, cumpria sua miss�o de jogar por uma bola. Quase a encontrou, mas n�o conseguiu marcar.
Um p�nalti, bem marcado em Marrony, que, ele mesmo bateu, fazendo 1 a 0, e uma arrancada sensacional, que ele empurrou para o gol, definiram a vit�ria alvinegra por 2 a 0.
Jorge Sampaoli quer ser mais realista que o rei. Deixou Arana, que tem sido o melhor jogador do time, no banco, pondo Allan pelo setor. Nem de longe o Atl�tico lembrava aquele time da virada contra o Corinthians, no meio da semana. Era um time ap�tico, sem a marca��o alta, pressionando a sa�da de bola do Cear�.
O time de Guto Ferreira, muito bem montado e armado, fazia seu jogo de toques e contra-ataques. E foi muito mais objetivo e eficiente que o Galo. Teve duas belas chances, pela esquerda, quando Fabinho deitou na defesa atleticana, criando duas situa��es que s� n�o resultaram em gols pela m� pontaria de Rafael S�bis e Fernando Sobral.
O Galo insistia com Keno, que at� aqui n�o disse a que veio. Dribla sem objetividade, n�o chuta a gol e n�o coloca os atacantes em condi��es de marcar. Como a maior contrata��o da temporada, segundo alguns, tem sido muito aqu�m da expectativa.
Hyoran foi o homem mais perigoso do Galo. Cobrou faltas, chutou em gol, mas, na verdade, nada que assustasse o veterano goleiro Fernando Prass.
Savarino � outro que se movimenta muito, mas sem a penetra��o que deveria ter. Pouco objetivo.
Nathan fez falta. Ali no meio-campo e chegando como elemento surpresa tem sido fundamental no esquema de Sampaoli. Ali�s, o t�cnico argentino n�o se esfor�a em aprender o portugu�s, para se comunicar melhor com seus atletas. Deu para ouvir isso na parada t�cnica, pois, sem torcida, o microfone da tv capta muito bem.
Ele tamb�m vive brigando com os t�cnicos rivais. Ele e seu preparador f�sico. Guto Ferreira, t�cnico do Cear�, n�o deixou barato e respondeu � altura.
O empate sem gols no primeiro tempo, acabou sendo justo pela falta de proposta dos dois times. E n�o me venham com a desculpa do calor e da alta temperatura. Funciona para os dois lados.
Percebendo a bobagem que tinha feito, Sampaoli voltou com Arana na vaga de Jair, voltando Allan para o meio-campo. Em seguida, tirou Savarino e p�s Marquinhos.
O torcedor ter� de se acostumar, pois o time n�o est� pronto, e Sampaoli j� pediu mais cinco refor�os. Claro que h� uma empolga��o dos torcedores pelo fato de o time ter vencido Flamengo e Corinthians, mas � preciso lembrar que a competi��o � longa. S�o 38 rodadas, e � preciso ter grupo forte.
Marquinhos entrou bem. Criou situa��es. Keno, agora pela direita, continuava p�ssimo. Eu avisei que ele foi reserva no Palmeiras e que no exterior n�o agradou. Por�m, tem gente que insiste em encher o Galo de gente do Palmeiras.
Jacar�, que entrara na vaga de S�bis, fez grande jogada e chutou raspando a trave. No lance seguinte, Marrony � puxado dentro da �rea. P�nalti. O pr�prio Marrony bateu, com categoria e fez Galo 1 a 0.
O Atl�tico ficava no lucro, pois at� aquele momento n�o jogava futebol para vencer. Marrony teve outra grande chance. Recebeu um belo passe de Hyoran e, cara a cara com Fernando Prass, chutou em cima do goleiro do Cear�. O ataque cearense quase marcou, e, no contra-ataque, Marrony recebeu, entoru com a bola dominada e tocou na sa�da de Prass, Galo 2 a 0.
N�o havia mais tempo para nada e o Galo confirmou sua terceira vit�ria na competi��o, em tr�s jogos. Nem sempre uma equipe joga bem, mas quando ela est� disposta e ganhar uma ta�a vai vencendo as dificuldades. O time n�o jogou o futebol esperado, mas os tr�s pontos foram garantidos.