
Na estreia nas Eliminat�rias Sul-Americanas, n�o havia a menor d�vida de que o Brasil venceria a Bol�via, e de goleada. Na verdade, se nossa Sele��o fosse mais qualificada, teria feito uns cinco ou seis gols s� no primeiro tempo. Mas, como � o time do Tite, foi econ�mico. Reconhe�o que as sele��es da Am�rica do Sul, s�o fracas e que o Brasil continuar� como a �nica sele��o a participar de todos os Mundiais. Mas, de que adianta se classificar e fazer vexame na Copa?
Tem sido assim nos �ltimos tempos, e n�o vejo perspectiva de algo diferente em 2022, no Catar. Time que tem Tite, Thiago Silva, Marquinhos e Danilo, al�m de outros jogadores fracos, n�o pode mesmo chegar a lugar algum. Entendo que as tev�s que compram os direitos de transmiss�o obrigam seus narradores e comentaristas e elogiar, mas o que n�o podemos fazer � mentir. O Brasil jogou contra ningu�m, e venceu. Simples assim!
A Bol�via � o advers�rio mais fraco da Am�rica do Sul. Segundo os matem�ticos, o time brasileiro teve 95% de posse de bola, o que n�o era novidade. Os bolivianos, com um time jovem, foram ao Itaquer�o para perder de pouco. No primeiro tempo, conseguiram sofrer apenas dois gols. Uma cabe�ada de Marquinhos, ap�s cruzamento de Danilo, e uma empurrada de bola para o gol feita por Firmino, debaixo da baliza. No mais, toque pra l�, toque pra c�, e pouca produtividade.
Neymar, que era d�vida por problemas nas costas, nada fez. Discreto, como sempre. Muito marketing e pouca objetividade. Pelo menos n�o ficou caindo tanto, mesmo com a chuva em S�o Paulo. � beira do campo, Tite, que vibrava em cada gol como se fosse uma final de Copa do Mundo, e seu filho e auxiliar, Matheus Back, que n�o tem hist�ria no futebol para exercer tal cargo. Mas, como � o filho do papai, abriram exce��o.
N�o havia a menor d�vida de que vencer�amos a Bol�via. Mas, se fosse uma Sele��o com qualidade, com jogadores do n�vel de Ronaldo Fen�meno, Ronaldinho Ga�cho e Rivaldo, com certeza o primeiro tempo teria um caminh�o de gols. Sim, continuo saudosista, e n�o aceito a gera��o nutella, que esquece os jogadores do passado e exalta Danilo, Thiago Silva e Marquinhos. A�, quando chegamos na Copa do Mundo e enfrentamos uma equipe europeia de bom n�vel, voltamos para casa mais cedo.
O segundo tempo come�ou e logo o Brasil meteu o terceiro. Renan para Neymar, que tocou para Firmino fazer 3 a 0. Como disse um telespectador do meu Blog no Superesportes, “Eliminat�rias Sul-Americanas s�o piores que muitos estaduais, tamanha a fragilidade das sele��es. A Bol�via assustou Weverton com um chute de longe. O goleiro brasileiro espalmou para escanteio.
Mas era jogo de um time s�. Os bolivianos n�o tinham for�a, futebol ou qualquer tipo de jogada que pudesse preocupar. Na altitude, ainda conseguem alguns resultados, como quando venceram o Brasil em 1993, na primeira derrota do time brasileiro em Eliminat�rias. L�, na montanha, s�o le�es. Ao n�vel do mar, s�o os gatos mais mansos do planeta.
Aos 20 minutos, Coutinho cruzou da direita e Rodrygo cabeceou, a bola desviou no zagueiro Carrasco e entrou: 4 a 0. Esse garoto � bom de bola e tem um grande futuro. Joga no Real Madrid e tem encantado Zidane. � disso que o Brasil precisa, jovens com talento, qualidade, diferenciados. Voc� tem Vin�cius J�nior, Pedro e outros jovens de valor. Tem zagueiros despontando no futebol brasileiro, mas o t�cnico insiste com Thiago Silva, fracassado em tr�s Copas do Mundo, assim como insistiu com Paulinho e Fernandinho. E s� n�o os convocou porque n�o permitiram. Algu�m na CBF deu um basta no treinador nesse quesito.
Neymar tentava marcar o seu. Mas, n�o conseguia. Pelo menos n�o caiu no gramado, o que j� � um avan�o. Mas � nosso �nico craque, talentoso. Precisa mostrar o algo mais, principalmente nos grandes jogos. Em duas Copas foi um fiasco. No Catar, estar� com 30 anos e 9 meses. J� n�o ser� nenhum menino.
Com o jogo resolvido, Tite foi fazendo as mudan�as necess�rias, afinal, ter�a-feira vamos encarar o Peru, em Lima. Outra sele��o fraca, que fez a final da Copa Am�rica conosco, ano passado. Olhem o n�vel do futebol sul-americano. Peru desbancando Argentina, Uruguai e Paraguai, fazendo final com o Brasil. A Copa do Mundo come�ou para o Brasil e nada melhor do que estrear em casa, contra um advers�rio fraqu�ssimo.
O quinto gol foi de Phillipe Coutinho, de cabe�a, recebendo cruzamento de Neymar. Cabia mais, pois, como escrevi acima, o Brasil enfrentava ningu�m. Por�m, ficou em 5 a 0, o que tamb�m n�o � novidade. Claro que temos que trabalhar, independentemente do advers�rio, mas eu n�o iludo ningu�m. Ganhamos, era obriga��o, pois o oponente era um “Bambala” da vida.