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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Por que o Atl�tico voltou para o seu cemit�rio?

Os dirigentes do clube precisam explicar o motivo dessa obsess�o em jogar num est�dio que lhe d� tanto azar


29/09/2021 10:56 - atualizado 29/09/2021 11:26

Hulk jogou contra o Palmeiras, mas não conseguiu compensar o pênalti perdido no primeiro jogo da semifinal
Hulk jogou contra o Palmeiras, mas n�o conseguiu compensar o p�nalti perdido no primeiro jogo da semifinal (foto: Pedro Souza / Atl�tico)


O Atl�tico ganhou o Brasileiro, em 1971, num triangular com S�o Paulo e Botafogo, na vit�ria por 1 a 0, gol de Dario, no Maracan�. De l� para c�, ficou 41 anos sem ganhar nada no Gigante da Pampulha, com derrotas inexplic�veis, como aquela decis�o de Brasileiro, em 1978 (o campeonato de 1977 foi decidido em mar�o de 1978), em que terminou com 10 pontos a mais que o S�o Paulo, mas perdeu o t�tulo nas penalidades. Foram tantas derrotas e fracassos  nesse est�dio  que o torcedor j� perdeu as contas. Parece que h� uma cabe�a de burro encravada ali, quando o alvinegro decide classifica��es ou ta�as.

Em 2013 e 2014, no Independ�ncia, chamado de “chiqueirinho” por alguns e de al�ap�o por outros, teve suas maiores conquistas. Em 2013, a Copa Libertadores, e em 2014, a Copa do Brasil. O torcedor dir�: “Jaeci, ele decidiu as duas competi��es no Mineir�o.” � verdade. Decidiu a Libertadores l� porque a Conmebol obrigou e n�o permitiu jogar em est�dio com capacidade inferior a 40 mil espectadores. A competi��o foi ganha em jogos no Independ�ncia, contra times argentinos, virando placares considerados “imposs�veis”. E s� um detalhezinho que fez toda a diferen�a: O Atl�tico Mineiro tinha um g�nio chamado Ronaldinho Ga�cho, e n�o Hulk, que, com todo o respeito, n�o ganhou t�tulo importante nenhum na carreira. Jogou no Porto, Zenit e na China. Em 49 jogos pela Sele��o Brasileira, 1 Copa do Mundo, 1 Copa Am�rica e 1 Copa das Confedera��es, n�o fez gol, oficialmente. E participou da Sele��o dos 7 a 1. Lembram-se? J� Ronaldinho Ga�cho, esse � pentacampe�o mundial.

A �ltima partida da Copa do Brasil tamb�m foi disputada no Mineir�o, pois o mando era do Cruzeiro. Mas foi no primeiro jogo que o Galo ganhou a ta�a. 2 a 0, no Independ�ncia, um chocolate. E, de lambuja, confirmou a vit�ria por 1 a 0, no Mineir�o, onde levantou a ta�a. Ali, como os atleticanos batizaram, era apenas o “sal�o de festas” do clube. Contra fatos n�o h� argumentos. Os dirigentes precisam explicar o motivo dessa obsess�o em jogar num est�dio que lhe d� tanto azar. Um verdadeiro cemit�rio.

Com certeza, com est�dio pr�prio, as coisas dever�o mudar de patamar. Por enquanto, at� que o ano termine, vai viver de 3 t�tulos: Brasileiro de 1971, Libertadores de 2013 e Copa do Brasil de 2014. S�o fatos comprovados. O Mineir�o nunca deu sorte ao Atl�tico. Lembro de uma semifinal com o Coritiba, em 1985, quando o Galo massacrou mas n�o passou. Houve at� um gol leg�timo de Reinaldo, pois a bola j� havia passado a linha do gol quando o goleiro Rafael a pegou. Mas o �rbitro Luiz Carlos F�lix n�o validou o gol. � um est�dio que realmente n�o acrescentou nada ao Atl�tico, uma dura e triste constata��o.

Lembro-me do saudoso presidente do S�o Paulo, Juvenal Juv�ncio, que disse que o Atl�tico jogou contra o S�o Paulo, pela Libertadores de 2013, numa “arapuca”. Ele temia o Independ�ncia, pois sabia que o alvinegro ali era quase imbat�vel. O t�cnico da Sele��o, Tite, declarou, no “Bem, Amigos”, do SporTV, que n�o gostaria de ver o Corinthians jogar com o Atl�tico no Independ�ncia, pois a chances de vit�ria do Tim�o eram quase nulas. “No Independ�ncia, a torcida n�o nos deixa dar instru��es, � um barulho ensurdecedor”, disse ele. O Galo foi muito feliz no Independ�ncia. Felicidade que o torcedor n�o tinha havia 41 anos, at� que os t�tulos aconteceram, no “chiqueirinho”. 7 mil torcedores no Independ�ncia fazem mais barulho do que 40 mil vozes no Mineir�o. Isso � fato!

Me causou esp�cie tamb�m o fato de nenhum dirigente ter se manifestado, ap�s a elimina��o contra o Palmeiras. Um dirigente tem que dar a cara a tapa nesses momentos dif�ceis e complicados. Aparecer na foto na hora de levantar a ta�a � muito f�cil. O presidente teria de dar entrevista e dizer que o Galo ainda est� em 2 competi��es e que tem chances de ganhar as duas ou, pelo menos, uma, e justificar o investimento feito em jogadores medianos, como Nathan e Hyoran, que foram comprados em dezembro, sem necessidade.

Por que n�o apostaram em R�ger Guedes, de 24 anos, e muita qualidade, que queria voltar ao clube? Gosto e respeito a hist�ria de Diego Costa, mas, aos 32 anos, com problemas musculares nos �ltimos tempos, n�o teria sido melhor ter investido em Guedes, pois al�m de jovem e talentoso, poderia dar t�tulos e ser vendido, posteriormente?

Outra coisa: todos sabem que a zaga alvinegra � fraca. Bruno Silva jogou boas partidas, mas � muito jovem e, na hora decisiva, acabou entregando a rapadura. Vajam bem: n�o se deve crucificar o rapaz, pois tem futuro, mas era sabido que o Galo precisava de um zagueiro experiente para a Libertadores.

Enfim, o “cemit�rio” alvinegro � a casa do clube, desde 2015, e foi l� que o time perdeu classifica��es e ta�as nos �ltimos 6 anos. E vai continuar assim, se insistirem em jogar ali. Duvido que o Palmeiras se classificasse, caso jogasse com o  Galo  no Independ�ncia! Essa casa, sim, � aben�oada para o time alvinegro, e foi ali, nos �ltimos anos, que o torcedor teve seus melhores momentos, de alegria, comemora��o e conquistas de ta�as. S� n�o enxerga quem n�o quer.

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