O Mineir�o lotado, com mais de 58 mil vozes, arrepiava os jogadores atleticanos e assustava os corintianos. “Aqui � Galo”, diziam os donos do terreiro. No Mineir�o, o Atl�tico Mineiro � quase imbat�vel e a expectativa de uma grande vit�ria, para chegar mais perto dos 74 pontos, n�mero tido como certo para a conquista do bicampeonato Brasileiro. O jogo era de toque de bola, buscando um espa�o melhor, mas, de intermedi�ria � outra. E o Galo abriu o marcador com um gola�o de Diego Costa. Ele recebeu na intermedi�ria, a bola quicou no ch�o, C�ssio escorregou, falhou e ela morreu no fundo da rede. A massa foi a loucura. 1 a 0.
O Corinthians tinha dificuldades para chegar na �rea do Galo. A marca��o era muito forte, uma caracter�stica do time mineiro. O time comandado por Cuca marcava a sa�da de bola do Tim�o, e dificultava o toque de bola. Normalmente, os jogadores corintianos estavam atr�s da linha da bola, em seu pr�prio campo, bem longe do gol de Everson. Isso era �timo para o Galo. Everson n�o fez uma defesa sequer em todo o primeiro tempo. N�o era um jogo brilhante, mas o Galo seguia sua toada, em busca dos 3 pontos. Era isso o que importava. No fim do primeiro tempo, Keno foi ao fundo, cruzou, Diego Costa tocou, de calcanhar, para Hulk, ficar cara a cara com C�ssio. O atacante tocou, mas o goleiro corintiano fez defesa gigante. O segundo gol do Galo estava desenhado. Quem sabe o time aumentaria no segundo tempo.
E o segundo gol, que era quest�o de tempo, aconteceu aos 5 minutos do segundo tempo. Renato Augusto perdeu a bola para Tch� Tch�, que tocou para Keno, que da entrada da �rea e fuzilou no �ngulo, marcando um gola�o. 2 a 0. Como escrevi h� algum tempo, esse time do Cuca � quase imbat�vel no Mineir�o. E no finalzinho, Hulk recebeu na �rea e fuzilou, fazendo 3 a 0, com goleada hist�rica. Os advers�rios chegam sabendo que v�o perder, s� n�o sabem de quando. A torcida extravasava toda a sua alegria, cantava, comemorava, e via que realmente o t�tulo � quest�o de tempo. Alguns apostam no jogo contra o Juventude, que ser� tamb�m no Mineir�o. H� que se reconhecer o trabalho magistral do t�cnico Cuca. Contestado por grande parte da torcida, trabalhou em sil�ncio, recuperou v�rios jogadores, e o resultado est� a�. Galo bicampe�o brasileiro, com uma campanha espetacular. O show de ilumina��o dos torcedores, cada um com seu celular aceso, era um grande mosaico no Mineir�o. Que festa!
A destacar tamb�m, o trabalho do criterioso, �tico e s�rio, Rodrigo Caetano, o melhor diretor executivo. Com ele, Renato Salvador, respons�vel pelas principais contrata��es. Em conversa com Cuca, segunda-feira, eu o parabenizei pelo t�tulo. Ele me disse que ainda faltavam jogos importantes, que n�o tinha nada ganho. Tenho uma m�xima de que num time campe�o, o t�cnico tem 15%, no m�ximo, de participa��o. No caso de Cuca, vou dividir 50% para ele, e 50% para o grupo.
Com 68 pontos, o Atl�tico Mineiro est� a duas vit�rias de levantar o trof�u, e ser� prudente a CBF providenciar a entrega da ta�a, antecipadamente, provavelmente, na partida contra o Juventude. Um telespectador do meu canal de youtube sugeriu que o Atl�tico ponha tel�es no Independ�ncia, e promova uma grande festa l�, simultaneamente com o Mineir�o, que estar� lotado, com mais de 60 mil pessoas, e tantos outros milh�es, espalhados pelo mundo, com orgulho em usar a camisa alvinegra, aquela que o saudoso, Roberto Drumond, deixou registrada numa placa que diz: “se houver uma camisa preta e branca pendurada num varal, durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento”.
L� no C�u, ele deve estar orgulhoso dessa conquista, assim como ilustres atleticanos que se foram, e os �dolos, que est�o vivos, representados por �der Aleixo, que faz parte da comiss�o t�cnica, e Reinaldo, o maior jogador da hist�ria do clube. Que venha logo esse trof�u!