
Entendo que � a �nica chance que os bolivianos encontram para ganhar seus jogos nas Eliminat�rias, mas, para quem n�o est� acostumado com a altitude, � terr�vel.
Estive l� uma �nica vez, na final da Copa Am�rica de 1997, quando o Brasil se sagrou campe�o, vencendo por 3 a 1. Se n�o me engano, temos apenas duas vit�rias naquele palco, com cinco derrotas e dois empates. Eu passei muito mal. N�o precisei de bal�o de oxig�nio, mas nunca mais voltei.
Lembro-me de um depoimento de Nelinho, um dos maiores laterais da hist�ria do futebol mundial, que disse que ele e Zico, num jogo pela Eliminat�rias, l� em La Paz, sequer sa�ram do quarto e n�o conseguiram atuar na partida.
O ar � rarefeito, a bola fica mais leve, e h� uma s�rie de fatores que complicam a sa�de das pessoas. Ronaldo Fen�meno, naquele torneio, me disse que nada sentiu e que correu no campo como se estivesse ao n�vel do mar. Outros sentem e muito. Depende do organismo de cada pessoa. N�o entendo o motivo de a Fifa permitir jogos nesse tipo de situa��o!
Sob esse aspecto, ele tem raz�o tamb�m. � um dilema que at� hoje n�o tem solu��o. A Bol�via tem o artilheiro das Eliminat�rias, nosso velho conhecido Marcelo Moreno. Ali�s, ele poderia ter defendido o Brasil, mas optou por defender sua p�tria. Moreno jogou no Brasil desde jovem – seu pai � brasileiro –, mas escolheu ajudar seu pa�s e seus companheiros, uma atitude nobre de um cara espetacular.
Gosto muito dele como pessoa e como jogador. Ele tem 28 gols por sua sele��o e � o capit�o. A Bol�via foi campe� da Copa Am�rica de 1963.
Enfim, n�o acredito que Conmebol ou Fifa mudem alguma coisa com rela��o aos jogos na altitude. Isso acontece tamb�m nas Copas Libertadores da Am�rica e Sul-Americana. Os bolivianos j� disputaram tr�s Copas do Mundo: 1930, 1950 e 1994, e se � na altitude que encontra for�as para buscar mais classifica��es, que assim seja, mas que � desumano, ah, isso �!
Cruzeiro: encontro marcado na segunda-feira
� um pedido dele, que alega que sem essa condi��o ficar� dif�cil assinar o contrato de compra, pois, at� aqui, assinou apenas uma carta de inten��o. Eu acredito num consenso, pois o os conselheiros que participaram da transforma��o do Cruzeiro Esporte Clube em Sociedade An�nima do Futebol querem preservar patrim�nios do clube.
Quando falo conselheiros, falo dos s�rios, n�o daqueles que estiveram envolvidos no esc�ndalo da gest�o do presidente que renunciou.
Os conselheiros sugerem 40% para o clube e 60% para Ronaldo. Mas admitem at� 70% para o Fen�meno e 30% para o clube. Ele quer manter os 90% e deixar apenas 10% para o clube. Acho que o consenso � o melhor caminho.
Se cada um ceder um pouco, quem sair� ganhando � a torcida e o Cruzeiro, o grande campe�o das Minas Gerais.