No jarg�o jornal�stico, flores do recesso s�o os assuntos que tomam conta do notici�rio pol�tico quando o Congresso e o Judici�rio est�o sem funcionar, geralmente alimentados pelo Executivo, pelos candidatos ao comando da C�mara e do Senado e pelos ministros de plant�o no Judici�rio.
S�o t�o frondosas como as flores da primavera, por�m, menos decisivas do ponto de vista do processo pol�tico. Entretanto, nesses tempos bicudos de pandemia do novo coronav�rus, com mais de 190 mil mortos e sem data marcada para o come�o da vacina��o, estamos diante � de flores com espinhos.
S�o t�o frondosas como as flores da primavera, por�m, menos decisivas do ponto de vista do processo pol�tico. Entretanto, nesses tempos bicudos de pandemia do novo coronav�rus, com mais de 190 mil mortos e sem data marcada para o come�o da vacina��o, estamos diante � de flores com espinhos.
As principais s�o a disputa pelo comando da C�mara dos Deputados, que a oposi��o encara como uma esp�cie de batalha de Stalingrado, para conter o avan�o de Jair Bolsonaro rumo � reelei��o � Presid�ncia da Rep�blica, e a pol�mica jur�dica sobre a Lei da Ficha Limpa, cuja flexibiliza��o, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) K�ssio Nunes Marques, o novo integrante da Corte indicado pelo presidente, supostamente possibilitaria – entre outras – a candidatura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ao Pal�cio do Planalto em 2022.
Esse seria o advers�rio que Bolsonaro gostaria de ter no segundo turno, para uma esp�cie de vit�ria de Waterloo particular. Essas duas disputas, durante o recesso, podem nos trazer alguma emo��o pol�tica, ao lado da pol�mica sobre as vacinas contra a COVID-19.
Esse seria o advers�rio que Bolsonaro gostaria de ter no segundo turno, para uma esp�cie de vit�ria de Waterloo particular. Essas duas disputas, durante o recesso, podem nos trazer alguma emo��o pol�tica, ao lado da pol�mica sobre as vacinas contra a COVID-19.
Teve quatro fases distintas: a avassaladora ofensiva alem�; a obstinada rea��o russa, ao Norte e ao Sul, que cercou as tropas alem�s; a fracassada tentativa de Hitler de socorrer seu ex�rcito; e a rendi��o do que restou dele, faminto, sem combust�vel nem muni��o.
Mesmo com a vantagem num�rica, os alem�es n�o conseguiram vencer a resist�ncia do Ex�rcito Vermelho, em raz�o do conhecimento do terreno, das condi��es clim�ticas, da experi�ncia em batalhas de rua, das t�ticas antitanque, da artilharia de barragem e da capacidade log�stica.
O ex�rcito alem�o se rendeu em 2 de fevereiro, com cerca de 91 mil soldados, entre eles 22 generais. Entretanto, 11 mil alem�es decidiram lutar at� morte, dois mil foram mortos, e os demais foram levados presos. O resto da hist�ria todos conhecem.
O ex�rcito alem�o se rendeu em 2 de fevereiro, com cerca de 91 mil soldados, entre eles 22 generais. Entretanto, 11 mil alem�es decidiram lutar at� morte, dois mil foram mortos, e os demais foram levados presos. O resto da hist�ria todos conhecem.
Napole�o
Outra batalha decisiva foi a de Waterloo, na B�lgica, que durou menos de 24 horas, envolvendo for�as francesas, brit�nicas e prussianas. Iniciada a 18 de Junho de 1814, a guerra colocou, de um lado, Napole�o Bonaparte – que j� havia sido derrotado na R�ssia – e seu ex�rcito de 72 mil homens recrutados �s pressas, e de outro, o ex�rcito aliado de 68 mil homens comandados pelo brit�nico Arthur Wellesley, Duque de Wellington, (composto de unidades brit�nicas, neerlandesas, belgas e alem�s), refor�ado mais tarde pela chegada de 45 mil homens do ex�rcito prussiano.Napole�o havia fugido da ilha de Elba a 26 de fevereiro de 1815, em dire��o ao Sul da Fran�a, e logo conseguiu apoio popular para fazer frente a Inglaterra, Pr�ssia, �ustria e R�ssia, montando um ex�rcito com 125 mil homens e 25 mil cavalos.
Marchou para a B�lgica, a fim de impedir a coaliz�o dos ex�rcitos ingl�s e prussiano. Ao alcan�ar Charleroi, o ex�rcito de Napole�o dividiu-se em dois, com uma parte seguindo em dire��o a Bruxelas, para encontrar as tropas de Wellington, e outra, comandada pelo pr�prio Napole�o, ia em dire��o a Fleuru, contra o ex�rcito prussiano de Gebhard von Bl�cher. A ideia de Napole�o era derrotar um de cada vez.
Marchou para a B�lgica, a fim de impedir a coaliz�o dos ex�rcitos ingl�s e prussiano. Ao alcan�ar Charleroi, o ex�rcito de Napole�o dividiu-se em dois, com uma parte seguindo em dire��o a Bruxelas, para encontrar as tropas de Wellington, e outra, comandada pelo pr�prio Napole�o, ia em dire��o a Fleuru, contra o ex�rcito prussiano de Gebhard von Bl�cher. A ideia de Napole�o era derrotar um de cada vez.
Napole�o venceu os prussianos na chamada Batalha de Ligny. Partiu, depois, para Waterloo, onde encontrou os ingleses, em 17 de junho, em solo encharcado, que dificultava o posicionamento dos canh�es. Estava certo de que as for�as prussianas n�o se reagrupariam e chegariam a tempo para socorr�-los.
Seu erro foi dar a tarefa de perseguir os prussianos em retirada ao marechal Grouchy, “homem med�ocre, valente, �ntegro, honrado, confi�vel, um comandante de cavalaria de valor v�rias vezes comprovado, mas um homem de cavalaria e nada mais”, nas palavras de Stefan Zweig, em “Momentos decisivos da humanidade” (Record).
Seu erro foi dar a tarefa de perseguir os prussianos em retirada ao marechal Grouchy, “homem med�ocre, valente, �ntegro, honrado, confi�vel, um comandante de cavalaria de valor v�rias vezes comprovado, mas um homem de cavalaria e nada mais”, nas palavras de Stefan Zweig, em “Momentos decisivos da humanidade” (Record).
Iniciada a batalha, a artilharia inglesa surpreendeu Napole�o, com um novo armamento: granadas. Mesmo assim, os franceses avan�aram e deixaram Wellington por um fio. Entretanto, o general prussiano Bl�cher enganou os franceses.
Encarregado de persegui-los, Grouchy se recusa a voltar para Waterloo, apesar dos apelos de seu estado-maior, que tomara conhecimento do inicio da batalha contra Wellington; para n�o contrariar as ordens que recebera, continua em busca das tropas prussianas, supostamente em retirada. Bl�cher flanqueia os franceses e chega em socorro de Wellington; as tropas Grouchy, o disciplinado marechal, n�o. A contraordem de Napole�o, pedindo a sua ajuda, chegara tarde demais.
Encarregado de persegui-los, Grouchy se recusa a voltar para Waterloo, apesar dos apelos de seu estado-maior, que tomara conhecimento do inicio da batalha contra Wellington; para n�o contrariar as ordens que recebera, continua em busca das tropas prussianas, supostamente em retirada. Bl�cher flanqueia os franceses e chega em socorro de Wellington; as tropas Grouchy, o disciplinado marechal, n�o. A contraordem de Napole�o, pedindo a sua ajuda, chegara tarde demais.