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Estado de Minas ENTRE LINHAS

A press�o do Centr�o contra a m� gest�o de Bolsonaro durante a pandemia

Bloco parlamentar vai muito al�m no Congresso Nacional do empreguismo e do fisiologismo


26/03/2021 04:00 - atualizado 26/03/2021 07:31

O presidente Jair Bolsonaro se vê cada vez mais nas mãos do Centrão(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente Jair Bolsonaro se v� cada vez mais nas m�os do Centr�o (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)


O presidente Jair Bolsonaro nem desconfia de que o saldo macabro da pandemia de COVID-19 no Brasil, que j� passa dos 300 mil mortos, � todo dele. N�o h� mais com quem dividir essa conta. A tentativa de responsabilizar governadores e prefeitos fracassou.

Os militares, com a sa�da do general Eduardo Pazuello do Minist�rio da Sa�de, est�o se livrando da mala sem al�a. A tentativa de jogar nas costas do Congresso o que ainda vem pela frente (estima-se que podemos chegar a 500 mil mortos) n�o colou. Muito pelo contr�rio, est� provocando um deslocamento perigoso dos pol�ticos do Centr�o, cuja solidariedade desprezou, ao descartar a indica��o da m�dica goiana Ludhmila Hajjar e nomear Marcelo Queiroga.

Houve uma mudan�a na correla��o de for�as pol�ticas e sociais em decorr�ncia do agravamento da crise sanit�ria e das complica��es do cen�rio econ�mico. Os grandes empres�rios responsabilizam o presidente da Rep�blica, sabem onde foi que o Brasil perdeu o rumo na crise sanit�ria e na recess�o econ�mica.

Os pol�ticos est�o sendo cobrados pelo apoio aos desatinos de Bolsonaro, dentro de casa, nas ruas, nas redes sociais. Os pol�ticos do Centr�o s�o especialistas na interlocu��o dos interesses econ�micos com o mundo pol�tico, fazem isso com maestria no Congresso.

Suas rela��es com o governo federal n�o se restringem apenas ao empreguismo e fisiologismo, passam pela intermedia��o dos grandes interesses privados com as pol�ticas p�blicas do governo.

A fissura entre o bolsonarismo raiz e os principais aliados de Bolsonaro – militares, empres�rios e pol�ticos – est� se aprofundando. O general Pazuello foi defenestrado sem choro nem vela nas casernas, saiu atirando nos pol�ticos.

O ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Neto, que opera em sil�ncio a m�quina administrativa, foi parar no estaleiro por causa do estresse. A panela de press�o do mercado financeiro est� apitando, com a alta da taxa Selic pelo Banco Central (BC).

A ind�stria est� dando f�rias coletivas porque n�o vale a pena manter a produ��o com tantos trabalhadores adoecendo. Daqui a pouco, o agroneg�cio ter� dificuldades para exportar, principalmente a prote�na animal, porque o Brasil virou um risco sanit�rio mundial.

Deriva

O Centr�o se moveu, queria o Minist�rio da Sa�de e n�o levou; agora lavar� as m�os. O presidente da C�mara, Arthur Lira, sem firula, lembrou a Bolsonaro quem tem na gaveta v�rios pedidos de impeachment. Basta um deles ser aceito para o vice-presidente Hamilton Mour�o entrar na conspira��o.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que atua como bombeiro, mineiramente, quer a cabe�a do chanceler Ernesto Araujo, que est� sendo responsabilizado pelas dificuldades que o Brasil enfrenta para conseguir vacinas.

Sua pol�tica externa rebaixou o Brasil � condi��o de p�ria internacional. O assessor especial da Presid�ncia Felipe Martins, que desrespeitou o presidente do Congresso, est� indo para a guilhotina, mas o pesco�o de Ara�jo est� na fila.

Outro que est� escavando a fissura � o ministro da Economia, Paulo Guedes. Comprou uma briga desnecess�ria com o economista Felipe Salto, diretor do Instituto Fiscal Independente (IFI) do Senado, por causa das an�lises dos economistas da institui��o sobre a situa��o fiscal do pa�s.

Irresponsabilidade fiscal d� em impeachment. Paulo Guedes vive numa eterna fuga para a frente, administra uma economia de guerra, e promete recupera��o econ�mica. Entretanto, n�o apresenta as reformas administrativa e tribut�ria, nem avan�a nas privatiza��es. Vende, mas n�o entrega a mercadoria.

A representa��o dos pol�ticos n�o deve ser subestimada. Mesmo quando impera o cretinismo parlamentar – ou seja, quando um pol�tico se descola dos interesses que os levaram ao Congresso –, existe uma linha tenue no horizonte, que se transforma em terra firme.

Em meio � tempestade da pandemia, os pol�ticos n�o desistiram de chegar ao porto seguro nas elei��es. A nau capit�nia est� � matroca; a flotilha, n�o.



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