
Acontece que o novo marco legal foi atropelado pelo ministro da Infraestrutura, Tarc�sio Freitas, que autorizou a constru��o e explora��o por 99 anos de 14 ferrovias, com base na Medida Provis�ria 1.065, de 30 de agosto passado. A Comiss�o recomendou que a MP seja devolvida.
“O mais correto � devolver a medida provis�ria e aprovar o projeto do senador Jos� Serra, que � mais transparente e eficaz. � um absurdo o que foi feito. As empresas beneficiadas n�o t�m nem seguran�a jur�dica para captar esses recursos. Al�m disso, � uma afronta ao Senado, que estava para aprovar um projeto de lei que foi amplamente discutido e tem mais consist�ncia t�cnica”, disse.
N�o existem diverg�ncias em rela��o � entrega das ferrovias aos investidores privados, mas em rela��o � forma e falta de transpar�ncia. O senador Jean Paul � um entusiasta do novo marco legal: “Se o Estado n�o pode realizar investimentos, mas empreendedores privados t�m interesse em retomar o uso das ferrovias para escoar a produ��o, por que o governo n�o pode autorizar a explora��o do servi�o?”, questiona.
A nova legisla��o possibilitar� concess�es, autoriza��es e permiss�es. O texto do no marco legal tamb�m inclui a autorregula��o – quando as ferrovias, reunidas em entidades associativas, poder�o regular entre si o tr�nsito de pessoas e de mercadorias nas suas linhas f�rreas, cabendo ao governo dirimir os casos de conflitos n�o conciliados consensualmente.
M�o beijada
A exce��o � a VLI (Ferrovia Centro Atl�ntica e Ferrovia Norte-Sul), que tem a Vale como s�cia majorit�ria e obteve autoriza��es para as ferrovias Lucas do Rio Verde/MT-�gua Boa/MT, Uberl�ndia/MG-Chavesl�ndia/MG, Porto Franco/MA-Balsas/MA e Cubat�o/SP-Santos/SP.
Consegue, com isso, levantar os recursos no mercado financeiro. Entretanto, tamb�m precisa ter acesso ao destino da mercadoria, seja outro tronco ferrovi�rio ou um porto.