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Estado de Minas ENTRE LINHAS

A debandada e a implos�o da equipe econ�mica de Paulo Guedes

Se havia esperan�a de respeito ao teto de gastos, ela foi volatilizada quando o ministro jogou a toalha nas negocia��es com o Centr�o


22/10/2021 04:00 - atualizado 22/10/2021 07:11

Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda n�o pediu o bon� (foto: EVARISTO S�/AFP)


O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), ao apresentar o seu novo parecer sobre a PEC (Proposta de Emenda � Constitui��o) dos Precat�rios, implodiu a equipe econ�mica do governo, apesar de o ministro da Economia, Paulo Guedes, n�o ter pedido o bon�, ainda.

O texto cria artificialmente um espa�o fiscal de R$ 83 bilh�es em 2022, o que permitiria o pagamento do Aux�lio Brasil no valor de R$ 400 at� o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro. A gota d’�gua foi a manobra fiscal do c�lculo da infla��o, ao mudar o per�odo de c�lculo do IPCA (o �ndice oficial de infla��o).

Num passe de m�gica, o relator da PEC dos Precat�rios pretende aumentar o or�amento da Uni�o em R$ 39 bilh�es, mudando o per�odo de corre��o do teto de gastos, que deixar� de ser feito de junho a junho, para ser de janeiro a dezembro.

O problema � que a mudan�a, digamos, n�o altera a realidade da cria��o de riqueza no Brasil, ou seja, as taxas de crescimento, nem a desvaloriza��o do real frente ao d�lar, isto �, a alta do custo de vida. A economia � como os p�ssaros, que podem nadar, mergulhar, cantar, lutar e at� falar, mas n�o podem dar leite.

Logo ap�s o fechamento da Bolsa de S�o Paulo, o Minist�rio da Fazenda comunicou que os secret�rios de Tesouro e Or�amento, Bruno Funchal, e do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram demiss�o dos cargos.

A secret�ria especial adjunta do Tesouro e Or�amento, Gildenora Dantas, e o secret�rio-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Ara�jo, tamb�m pediram exonera��o de seus cargos. Doutor em Economia pela Funda��o Get�lio Vargas, Funchal � especialista em Economia, com �nfase em Finan�as, Direito e Macroeconomia Aplicada.

Funchal substituiu o ex-secret�rio Mansueto Almeida em junho de 2020 como secret�rio do Tesouro; em maio, assumiu o cargo de secret�rio especial de Fazenda, que foi transformado em Secret�rio Especial de Tesouro e Or�amento.

Ex-secret�rio de Fazenda do Esp�rito Santo, de 2017 a 2018, no governo Paulo Hartung, o economista notabilizou-se quando conseguiu fazer o estado tirar nota m�xima em capacidade de pagamento, cortando comissionados, suspendendo concursos e n�o concedendo reposi��o salarial. Hartung trocou a reelei��o pelo ajuste fiscal.

CRESCIMENTO

Se havia alguma esperan�a de parte de Funchal no sentido de garantir o teto de gastos, ela foi volatilizada quando o ministro Paulo Guedes jogou a toalha nas negocia��es com o Centr�o e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva anunciou que n�o somente apoiaria o Aux�lio Brasil, como defende que seu valor seja de R$ 600.

Acontece que o estouro nos gastos p�blicos tem impacto imediato na infla��o, que vem subindo h� 28 semanas. Cont�-la n�o � a prioridade do governo Bolsonaro nem da oposi��o.

O cen�rio � de infla��o com estagna��o. A recupera��o prevista para o PIB deste ano � da ordem de 5%, o que seria excelente se no ano passado n�o tivesse ocorrido uma retra��o de 4,2% do PIB. Acontece que os dados do boletim Focus, do Banco Central (BC), de sexta-feira passada, mostram que, no primeiro trimestre de 2021, o PIB subiu 1,5%, mas caiu 0,4% no segundo.

Em julho e agosto do terceiro trimestre, a varia��o da m�dia foi de apenas 0,1%. Ou seja, o PIB estagnou-se. At� agosto, a ind�stria, o com�rcio e os servi�os n�o mostravam for�a capaz de fazer crescer o PIB mais do que isso, at� o fim do ano. Por essa raz�o, a previs�o de crescimento para 2022, o ano da elei��o, varia de 1,5% a 0,5%. Nesse cen�rio, Bolsonaro n�o teria a menor condi��o de se reeleger.

Al�m da redu��o do consumo das fam�lias, o aumento dos juros e as incertezas pol�ticas colaboram para a redu��o de investimentos e a desvaloriza��o do real.

A crise de suprimentos da ind�stria e a redu��o da taxa de crescimento da China colaboram para as previs�es de que uma tempestade perfeita estaria no horizonte. Vem da� o desespero que preside as decis�es econ�micas do Pal�cio do Planalto e as press�es do Centr�o para que Bolsonaro conceda o aux�lio emergencial acima do que estava proposto pela equipe econ�mica, que eram R$ 300, mesmo que isso signifique furar o teto de gastos.




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