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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Federa��o de partidos complica alian�as regionais de Bolsonaro em 2022

Candidatos � Presid�ncia e governadores ser�o os polos de atra��o de deputados e senadores, na troca de partidos mirando as elei��es de 2022


16/11/2021 04:00 - atualizado 16/11/2021 07:57

Presidente Jair Bolsonaro
Sem partido, Bolsonaro v� sua filia��o ao PL esbarrar em problemas com palanques estaduais nas elei��es do ano que vem (foto: Alan Santos/PR - 18/10/21 )

A grande novidade nas elei��es do pr�ximo ano ser� a forma��o de federa��es partid�rias, de car�ter nacional e dura��o de pelo menos quatro anos, o que est� complicando a vida do presidente Jair Bolsonaro, candidato � reelei��o. Sua filia��o ao PL, de Valdemar Costa Neto, por exemplo, subiu no telhado, porque a alian�a do pol�tico paulista em S�o Paulo � com o candidato do PSDB a governador, Rodrigo Garcia. Mas n�o � somente isso. A forma��o de frentes partid�rias exige mais nitidez em rela��o ao projeto nacional, o que complicou tamb�m a rela��o de Bolsonaro com o Centr�o, a fortaleza patrimonialista e olig�rquica, porque uma parte do seu eleitorado rejeita essa alian�a e come�a a migrar para a pr�-candidatura do seu ex-ministro da Justi�a S�rgio Moro, que se notabilizou como juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, com a Opera��o Lava-Jato, por ter condenado � pris�o o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

A tend�ncia � a forma��o de quatro ou cinco blocos partid�rios. A mudan�a parecia um retrocesso, por facilitar a vida dos pequenos partidos em dificuldades para montar chapas proporcionais nos estados, capazes de ultrapassar o quociente eleitoral (vota��o m�nima para eleger um candidato, cujo c�lculo � a divis�o do n�mero de votos v�lidos pelo n�mero de vagas de cada estado); agora, estamos vendo que a forma��o de federa��es pode ser um avan�o no sentido de dar mais nitidez aos projetos nacionais, pois o eixo de forma��o desses blocos pol�ticos s�o as candidaturas � Presid�ncia da Rep�blica. Por enquanto, o bloco com mais nitidez � o formado pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que articula uma “frente ampla”, nucleada por aliados tradicionais do PT:  PSB, Psol e PCdoB.

A segunda frente em forma��o � o Centr�o, a partir da aglutina��o de tr�s partidos: o PP de Ciro Nogueira (PI), ministro da Casa Civil, Arthur Lira (AL), presidente da C�mara, e Ricardo Barros (PR), l�der do governo na Casa; o PL, do ex-deputado Costa Neto e da ministra da Secretaria de Governo, Fl�via Arruda (DF); e Republicanos, do bispo Marcos Pereira, o bra�o pol�tico da Igreja Universal do reino de Deus. Todos tamb�m participaram do governo Lula e s�o pragm�ticos. Bolsonaro prometeu acabar com a pol�tica do toma l� d� c�, mas aderiu a ela e entregou a gest�o das emendas parlamentares do Or�amento da Uni�o ao Centr�o. Pretendia se filiar ao PL, que j� estava conversando com Lula, mas deu marcha a r�.

Terceira via


Ainda n�o est� claro o verdadeiro motivo, tanto pode ser a gest�o do fundo eleitoral da federa��o (que n�o est� regulamentada, ou seja, n�o se sabe se esses recursos permanecer�o controlados por cada partido ou ir�o para um caixa �nico, com gest�o pr�pria) quanto a resist�ncia do vereador carioca Carlos Bolsonaro, seu filho, porta-voz dos grupos bolsonaristas de extrema-direita, que gerencia suas redes sociais, diante das rea��es negativas � filia��o de Bolsonaro ao PL. Bolsonaro deixou o PSL, partido pelo qual se elegeu, mas n�o conseguiu formar seu pr�prio partido, a Alian�a pelo Brasil, est� sem legenda para concorrer � Presid�ncia. A forma��o desse bloco � indispens�vel para tentar a reelei��o.

Havia uma expectativa de fragmenta��o da chamada “terceira via”, devido ao grande n�mero de pr�-candidatos: o ex-governador do Cear� Ciro Gomes (PDT); os governadores Jo�o Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), que disputam as pr�vias do PSDB; o ex-ministro da Sa�de Henrique Mandetta (DEM); a senadora Simone Tebet (MDB-MS); o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE); e, agora, o ex-ministro da Justi�a S�rgio Moro, que se filiou ao Podemos. Qualquer candidatura com possibilidade de ultrapassar 10% de votos pode ser mantida para viabilizar uma bancada federal.

Mesmo assim, essas candidaturas correm o risco de n�o vingar, por press�o de deputados e senadores das respectivas legendas.  Ciro e Moro s�o os candidatos com melhor desempenho nas pesquisas, mas t�m dificuldades para fazer alian�as. O primeiro est� isolado na franja do bloco de esquerda; o segundo, por causa da Lava-Jato, enfrenta a ojeriza da maioria dos deputados e senadores que defendem a terceira via. Doria e Leite protagonizam uma disputa autof�gica, quem vencer vai ter que formar uma federa��o robusta. Tebet � uma novidade no MDB, mas pode ser cristianizada, como � da tradi��o da legenda. Mandetta e Alessandro postulam o apoio dos demais, mas s�o operadores declarados da “terceira via”. Em todos os casos, o projeto pol�tico nacional se impor� �s alian�as regionais e provocar� intensa troca de partido, em raz�o do alinhamento dos governadores e da sobreviv�ncia eleitoral.

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