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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Federa��o de esquerda avan�a, mas Lula quer ampliar alian�as para este ano

Pela legisla��o vigente, as federa��es ter�o que se manter durante quatro anos e ser�o verticalizadas


27/01/2022 04:00 - atualizado 27/01/2022 07:15

Luiz Inácio Lula da Silva
Lula segue firme no prop�sito de fazer mais alian�as tendo o PT no comando (foto: NELSON ALMEIDA/AFP)
Dirigentes do PT, PSB, PCdoB e PV avan�aram ontem na defini��o da federa��o que esses partidos est�o constituindo, com base na nova legisla��o eleitoral; os entendimentos, por�m, continuam tensos em raz�o das disputas regionais. Os quatro partidos chegaram � defini��o quanto ao comando da federa��o: os petistas ficar�o com 27 dos 50 lugares da assembleia diretiva, enquanto o PSB ocupar� 15 postos. Psol e PCdoB ocupariam quatro cada um. O PT tem hoje 53 deputados, o PSB, 30, o PC do B, 8 e o PV, 4. Para equilibrar a rela��o entre o PT e as demais for�as, j� que o partido do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tem maioria de assentos, as decis�es seriam tomadas por maioria de dois ter�os e haver ia um rod�zio no comando da Executiva, que seria formada por um presidente e tr�s vices, com um representante de cada partido.
 
Pela legisla��o vigente, as federa��es ter�o que se manter durante quatro anos e ser�o verticalizadas, ou seja, se reproduziriam em todas as unidades da federa��o e teriam que valer para as elei��es municipais de 2024, o que � um problema a mais. Os partidos est�o enfrentando muitas dificuldades para conseguir reproduzir as federa��es em n�vel estadual; ter�o ainda mais, em n�vel municipal. Como a nova legisla��o est� exigindo que os partidos formem federa��es at� o dia 1º de mar�o, ou apresentem chapas competitivas nos estados at� as conven��es, em junho, esse calend�rio est� sendo conside rado esquizofr�nico. Os partidos recorreram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que esse prazo seja prorrogado, de prefer�ncia at� as conven��es partid�rias, ou seja, para depois da janela de transfer�ncia de partido, em mar�o. PT, do PSB, PCdoB e PV, portanto, ontem deram apenas um passo decisivo, por�m ainda h� muitas indefini��es com a rela��o � forma como as federa��es ser�o compostas nos estados. Al�m disso, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva quer ampliar as alian�as do PT.
 
Hoje, haver� uma reuni�o da Executiva do PSDB para discutir uma eventual federa��o com o Cidadania. As negocia��es foram iniciadas entre os presidentes das duas legendas, deputado Bruno Araujo (PSDB-PE) e o ex-deputado Roberto Freire (Cidadania), mas est�o empacadas. A Executiva do Cidadania tamb�m abriu negocia��es com o Podemos, o MDB e o PDT, em raz�o do fato de que h� grande resist�ncia � coliga��o com os tucanos, em estados importantes, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paran�, Bahia, Para�ba e Par�. Os maiores interessados na coliga��o com o PSDB s�o as se��es de S�o Paulo, Pernambuco, Esp�rito Santo e Rio Grande do Sul.  O fato de a candidatura do governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, n�o decolar est� dificultando muito a coliga��o entre o Cidadania e o PSDB. A maior dificuldade � a defini��o de crit�rios para escolha de candidatos majorit�rios e a forma��o de chapas proporcionais nos estados, respeitando o peso de cada se��o regional das legendas.

Diferen�as locais

Essa complica��o para a forma��o de federa��es decorre das dimens�es continentais do pa�s e suas diferen�as regionais, refor�adas pelo car�ter federativo do Estado brasileiro. A autonomia relativa dos partidos nos estados vem desde a Rep�blica Velha e sobreviveu na Segunda Rep�blica, que adotou o sistema proporcional de vota��o para o Legislativo. Ao contr�rio do que muitos imaginam, esse sistema foi criado para fortalecer os partidos, diante da tradi��o de voto uninominal herdada desde as c�maras municipais do per�odo colonial. A tentativa de centraliza��o e implanta��o de um sistema bipartid�rio, ocorrida durante o regime militar, com a cria��o por decreto da Arena, governista, e do MDB, o de oposi��o, fracassou. Para evitar a implos�o da Arena, em raz�o das disputas locais, os militares at� criaram as sublegendas, que permitiam aos partidos apresentarem tr�s candidatos para os cargos majorit�rios, mas o expediente tamb�m deu errado.
 
A prop�sito, foi durante o regime militar que a forma��o de uma grande frente pol�tica ocorreu, tendo como estu�rio o MDB, que acolheu as principais for�as de oposi��o. Naquela �poca, tamb�m se imaginava a forma��o de uma frente de esquerda, mas o que vingou foi mesmo uma ampla coaliz�o democr�tica liderada pelos liberais. Depois de sucessivas vit�rias eleitorais do MDB, em 1974 e 1978, os militares desistiram do bipartidarismo e permitiram a forma��o de novos partidos, com o intuito de dividir a oposi��o.  O PT foi criado nessa �poca, sob a lideran�a do ex-presidente Lula, juntamente com o PDT, encabe�ado por Leonel Brizola, que se elegeria governador do Rio de Janeiro em 1982. O velho PTB havia sido refundado, sob controle de Ivete Vargas, mas n�o representava mais a grande massa sindicalizada. O MDB virou PMDB (era obrigat�rio ter partido no nome) e a antiga Arena, desgastada tanto quanto os militares no poder, mudou o nome para PDS (o atual PP).  Mesmo assim, em 1985, formou-se uma ampla frente democr�tica para eleger Tancredo Neves (PMDB) no col�gio eleitoral, com o apoio de uma dissid�ncia da Arena e a oposi��o isolada do PT.

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