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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Alian�a de Lula com Alckmin para o Planalto aprofunda racha do PSDB

Decis�o de reservar a vice para o tucano, que foi o candidato � Presid�ncia, amplia o apoio � candidatura petista


08/02/2022 04:00 - atualizado 08/02/2022 07:53

Aliança entre Lula e Geraldo Alckmin está cada vez mais próxima
Alian�a entre Lula e Geraldo Alckmin est� cada vez mais pr�xima (foto: AFP)
O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva praticamente consolidou sua alian�a com o ex-governador tucano Geraldo Alckmin, que deve mesmo ser o vice de sua chapa, indicado pelo PSB. A retirada da candidatura do senador Humberto Costa (PT) ao governo de Pernambuco facilitou o acordo entre os dois partidos.

Permanece a pend�ncia entre o ex-governador M�rcio Franca e o ex-prefeito Fernando Haddad em rela��o � disputa pelo Pal�cio dos Bandeirantes, candidatura postulada tamb�m por Guilherme Boulos, do Psol. Entretanto, isso n�o ser� mais empecilho para a alian�a nacional. O que subiu no telhado foi a federa��o entre o PT e o PSB, por causa das dificuldades regionais, que t�m provocado trocas de acusa��es entre dirigentes dos dois partidos.

A decis�o de reservar a vice para Alckmin, que foi o candidato � Presid�ncia do PSDB nas elei��es passadas, amplia o apoio � candidatura de Lula, principalmente em S�o Paulo, ensanduichando ainda mais o governador Jo�o Doria, o pr�-candidato do PSDB, que n�o consegue sair dos 2% de inten��es de voto nas pesquisas. Al�m de sinalizar para a elite paulista a disposi��o de fazer um governo de centro-esquerda, mina as bases municipais de Doria, que sempre se identificaram com Alckmin, desde a �poca em que era vice do governador Mario Covas (PSDB).

Agora, Lula se movimenta tamb�m em dire��o ao senador Jos� Serra (SP), outro l�der hist�rico do PSDB. Apesar dos problemas de sa�de, que inclusive o obrigaram a se licenciar, cedendo a cadeira no Senado para seu primeiro suplente, Jos� An�bal, Serra tem revelado a interlocutores que deseja concorrer � reelei��o. Um acordo com Serra, outro ex-governador paulista, praticamente garantiria a vit�ria de Lula em S�o Paulo, o maior col�gio eleitoral do pa�s.

Apesar de todas essas dificuldades, Doria, n�o pretende jogar a tolha. Faz apostas de alto risco, mas n�o tem alternativa. Doria venceu duas elei��es largando bem atr�s, sem apoio da maioria dos parlamentares do PSDB e conquistou tanto a Prefeitura de S�o Paulo quanto o Pal�cio dos Bandeirantes com um discurso liberal, focado no desempenho administrativo.

Em ambas as disputas, n�o aceitou ser ref�m da pol�tica tradicional. Quando disputou a prefeitura paulista, era um coelho que Alckmin tirou da cartola; na elei��o para o governo do estado, por�m, se tornou a criatura que se virou contra o criador, cristianizou o padrinho pol�tico e se elegeu na aba do chap�u do presidente Jair Bolsonaro, ao qual faz ferrenha oposi��o agora. O resultado � o �dio dos petistas e dos bolsonaristas.

Doria colecionou desafetos no PSDB paulista, que agora derivam em dire��o a outras candidaturas. Est� ancorado nas rela��es do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que deve assumir o comando do Pal�cio dos Bandeirantes, com os prefeitos paulistas.

Oriundo do DEM, a filia��o de Garcia ao PSDB descontentou Alckmin e outros caciques tucanos, como Jos� An�bal. O pior dos mundos, para Doria, ser� ser “cristianizado” pelos prefeitos, ap�s deixar o governo. Em n�vel nacional, Doria tamb�m enfrenta dificuldades, por causa do afastamento da Uni�o Brasil (A fus�o do PSL e do DEM) de sua candidatura. A alternativa vem sendo negociar uma federa��o com o MDB e o Cidadania, o que n�o � uma tarefa f�cil, por v�rios motivos.

Dificuldades


No MDB, a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) � mais uma amea�a do que oportunidade. Como ambos est�o tecnicamente empatados nas pesquisas, Doria corre o risco de ver a vice dos seus sonhos se tornar candidata mais competitiva. O problema de Simone � a ala do MDB que pretende apoiar a candidatura de Lula no primeiro turno. No Cidadania, a federa��o est� no telhado desde a reuni�o da Executiva do partido, que rachou meio a meio quando ao acordo com o PSDB.

O pr�-candidato do Cidadania, Alessandro Vieira, n�o � o principal obst�culo ao acordo, embora sua candidatura at� agora esteja mantida pelo Cidadania. O maior problema de Doria � a resist�ncia � federa��o com o PSDB em 16 estados, dos quais 12 de manifestaram publicamente contra a ali an�a.

Mesmo assim, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, trabalha para selar o acordo, juntamente com o l�der da bancada, Alex Manente (SP), que inclusive articula no nome da senadora Eliziane Gama (MA) para vice de Doria. As alternativas em discuss�o no cidadania s�o federar com o PDT ou Podemos ou manter a candidatura de Vieira.

Doria sonha com a desist�ncia do ex-ministro da Justi�a Sergio Moro, o candidato do Podemos, que sofre ataque especulativo de todos os demais candidatos.  O ex-juiz federal � o nome preferido de Doria para concorrer ao Senado por S�o Paulo, o que seria jogada de alt�ssimo risco, mas retiraria de campo um concorrente que vem atrapalhando seus planos de ser o candidato da terceira via.

Outra amea�a ao projeto de Doria � a movimenta��o do ex-prefeito paulista Gilberto Kassab, presidente do PSD. Tudo indica que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), est� mais empenhado na reelei��o para o cargo do que na pr�-candidatura � Presid�ncia, que n�o emplacou, nem mesmo em Minas. Em busca de uma alternativa, Kassab conversa com o ex-governador do Esp�rito Santo Paulo Hartung, cuja filia��o ao PSD deve ocorrer no fim do m�s. Uma eventual candidatura do pol�tico capixaba seria mais um problema para o tucano.
 

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