
Nesta quarta-feira (19/1) — a despeito de cr�ticas de setores do PT contra uma alian�a com o ex-tucano —, Lula foi enf�tico ao avalizar a eventual uni�o. "N�o terei problema algum em fazer chapa com Alckmin para ganhar e governar este pa�s. S� n�o posso confirmar porque falta definir para qual partido ele vai, ver se o partido vai fazer alian�a com o PT", justificou, em entrevista a sites de esquerda. O ex-presidente tamb�m argumentou que formar alian�as � essencial, pois "n�o se governa um pa�s sozinho" ou com a vis�o de apenas um partido. No dia, o d�lar teve forte queda, fechando a R$ 5,50 pela primeira vez desde 16 de novembro, e a Bolsa de Valores subiu 1,26%, aos 108.013,47 pontos. Um dos motivos apontados por operadores para os desempenhos seriam as declara��es de Lula.
Economista-chefe da Infinity Afset, Jason Vieira explicou que o mercado n�o � homog�neo, por isso, nem todos os investidores receberam a eventual chapa sem desconfiar. "Agora, ele (Lula) n�o vai pegar um cen�rio positivo. Ser� um fiscal muito ruim, um global muito desafiador, que n�o vai ter um crescimento absurdo. Se ele come�ar a fazer excessivas promessas pra plateia dele, matar� o efeito Alckmin", avaliou. "Se chegar aqui com os investidores e falar que vai fazer as reformas e, no dia seguinte, fazer tudo ao contr�rio, as pessoas v�o dizer: 'Para quem esse cara est� falando?' Se ele come�ar a equilibrar, falar uma coisa para a plateia e outra coisa em conversas mais privadas, n�o vai funcionar. Tem de unificar o discurso."
J� o economista gestor da BlueMetrix Ativos, Renan Silva, disse ser precipitado afirmar que a rea��o positiva do mercado est� relacionada �s declara��es de Lula. "Neste momento, o mercado, talvez, n�o esteja t�o sens�vel a esse evento pol�tico, at� porque ainda � muito cedo para apontar o que vai acontecer nas elei��es em outubro", argumentou. Para Silva, os resultados positivos foram causados porque agentes do mercado est�o antecipando um fluxo de investimentos, neste in�cio de ano, com receio de uma instabilidade econ�mica que pode ser causada pelas elei��es de outubro.
"O mercado sabe que o vice n�o determina a diretriz econ�mica do governo. Os mandatos de Lula e Dilma (Rousseff) ficaram marcados por terem uma gest�o econ�mica pr�-Estado, o que denota uma certa inefici�ncia para o mercado", ressaltou.
Para ele, "Alckmin sempre se elegeu com o voto conservador, mas que n�o vai agregar ao se unir a Lula". "� s� para dizer que o extremo � Bolsonaro: 'Eu me juntei com o cara que era o meu inimigo para dizer que n�o estou no espectro do extremismo, ent�o, confie em mim'. O que isso traz de pr�tica? Acho que n�o est� gerando a confian�a que eles achavam que ia produzir", acrescentou.
*Estagi�rio sob supervis�o de Cida Barbosa
