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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Governador Eduardo Leite est� costeando o alambrado para ser candidato

Gilberto Kassab considera a dobradinha Eduardo-Hartung ao Planalto uma grande chapa


16/02/2022 04:00 - atualizado 16/02/2022 07:19

Eduardo Leite, governador do RS
Eduardo Leite perdeu pr�vias do PSDB e pode mudar de partido (foto: TULIO SANTOS/EM/D.A.PRESS)
A candidatura do governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), � Presid�ncia continua sangrando. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, est� costeando o alambrado para deixar o PSDB e se lan�ar candidato ao Pal�cio do Planalto, por outra legenda. Na segunda-feira, a sua conversa com o ex-prefeito de S�o Paulo Gilberto Kassab, presidente do PSD, foi nessa dire��o. N�o � uma decis�o f�cil, por duas raz�es: (1) Eduardo Leite participou das pr�vias, apesar do jogo bruto de Doria; (2) desde pica-paus e maragatos, a tradi��o ga�cha recomenda n�o mudar de lado. Entretanto, Leite � um pol�tico que rompeu muitos paradigmas da tradi��o pol�tica ga�cha.

Kassab � um l�der pol�tico em busca de um candidato para chamar de seu. Construiu com muito �xito um dos partidos mais importantes do pa�s. Como a candidatura presidencial do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) n�o decolou, busca uma alternativa. Uma hip�tese aventada por Kassab seria o apoio ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) j� no primeiro turno, mas essa alternativa encontra resist�ncia nas bancadas da C�mara e do Senado. Al�m disso, Lula praticamente consolidou o nome do ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) como vice. A �nica possibilidade de acordo com o PT seria a filia��o de Alckmin ao PSD, mas isso aprofundaria as diverg�ncias do PT com o PSB, que j� havia convidado o ex-governador paulista e foi protagonista de sua aproxima��o com Lula.

Kassab conseguiu construir um partido com 35 deputados e 11 senadores, mas avalia que a �nica forma de o manter unido seria com uma candidatura pr�pria. Nessa caminhada, j� consolidou a filia��o do ex-governador do Esp�rito Santo Paulo Hartung, ele pr�prio uma op��o de pr�-candidatura. Ontem, Eduardo Leite esteve com o pol�tico capixaba, que manifestou disposi��o de compor a chapa como vice e classificou o governador ga�cho como o “melhor dessa gera��o”. Kassab considera a dobradinha Eduardo-Hartung uma grande chapa. Entretanto, para que Eduardo Leite se torne o candidato do PSD, � preciso garantir que sua candidatura ser� mantida at� as elei��es.

Para o governador Jo�o Doria, a sa�da de Eduardo Leite pode ser um golpe de morte. O tucano ganhou as pr�vias no jogo bruto, surpreendendo a velha guarda do partido, que preferia o governador ga�cho. Tucanos hist�ricos como Tasso Jereissati (CE), Jos� An�bal (SP), A�cio Neves (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP) j� desembarcaram de sua candidatura. A perman�ncia do governador ga�cho funcionaria como um muro de conten��o da debandada tucana. Mas, para isso, precisaria ser candidato � reelei��o, como chegou a ser noticiado, mas n�o � essa a decis�o de Eduardo Leite.

Federa��es

Para compensar as dificuldades internas, Doria trabalha intensamente para ampliar suas alian�as, por meio de uma federa��o. Apesar de contar com a simpatia do presidente do Cidadania, Roberto Freire, a federa��o com a legenda enfrenta muitas dificuldades, porque tem uma engenharia muito complexa, e h� resist�ncias. Com o MDB a situa��o � a mesma. Al�m disso, os dois partidos mant�m candidatos, Alessandro Vieira (SE) e Simone Tebet (MS), respectivamente, ambos em empate t�cnico com Doria nas pesquisas de inten��es de votos.

Nada disso, por�m, far� o governador de S�o Paulo jogar a toalha. Doria trabalha intensamente para reduzir a sua rejei��o junto ao eleitor paulista, a partir de um grande volume de entrega de obras e servi�os. Por raz�es que alguns atribuem � superexposi��o durante a pandemia, outros � imagem consolidada do Butant� como produtor de vacinas, a intensa atua��o de Doria na pandemia n�o teve o impacto eleitoral que o pol�tico paulista gostaria. Ao contr�rio, desgastou sua imagem. Nenhum candidato paulista tem chances reais de vit�ria sem alavancar sua candidatura no pr�prio estado. Doria sempre venceu as elei��es largando em grande desvantagem nas pesquisas, mas com um amplo arco de alian�as. Aposta ainda numa candidatura de terceira via, que unifique o centro, embora esteja em grande desvantagem em rela��o ao ex-ministro da Justi�a Sergio Moro (Podemos), e ao ex-governador Ciro Gomes (PDT).

De um modo geral, a forma��o de federa��es � um processo complexo. O peso da pol�tica regional e as caracter�sticas dos partidos dificultam os acordos nos estados, al�m do fato de que elas engessam as alian�as por quatro anos, com elei��es municipais no meio desse processo. Os partidos tentam estabelecer regras de jogo que garantam um justo equil�brio entre eles, mas isso tamb�m restringe as possibilidades de renova��o, favorecendo os detentores de mandato. Um outro fator � a exist�ncia do fundo eleitoral, que induz a federa��o, porque reduz o n�mero de candidatos e garante mais possibilidades de reelei��o para seus parlamentares.

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