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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Bolsonaro volta � carga contra as urnas eletr�nicas, mas TSE refuta

Mais uma vez, presidente tenta usar as For�as Armadas para desacreditar o processo eleitoral brasileiro


17/02/2022 04:00 - atualizado 17/02/2022 07:21

Bolsonaro e Putin
Bolsonaro se encontrou com Putin em visita � R�ssia (foto: Kremlin/Divulga��o)
O presidente Jair Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre a seguran�a das urnas eletr�nicas e disse que at� mesmo o novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, n�o acredita no sistema eleitoral brasileiro. Em reposta, ontem, TSE divulgou as informa��es prestadas �s For�as Armadas sobre o processo eletr�nico de vota��o. Na ter�a-feira, Edson Fachin, que assumir� a presid�ncia da Corte na pr�xima semana, afirmara que a “Justi�a eleitoral j� pode estar sob ataque de hackers”. Segundo o magistrado, que escolheu o slogan “paz e seguran�a nas elei��es” para o pleito deste ano, os ciberataques aumentaram nos �ltimos meses.
 
As amea�as partem n�o apenas de atividades criminosas, mas de pa�ses como R�ssia e Maced�nia. Segundo Fachin, relat�rios internacionais indicam que 58% dos ataques t�m como origem a R�ssia. Coincidentemente, desde a semana passada, a pol�mica sobre a seguran�a das urnas voltou �s redes sociais. Segundo Bolsonaro, o Minist�rio da Defesa havia apontado falhas no sistema operacional. Na verdade, o que houve foi um pedido de informa��es sobre o funcionamento do sistema e seu sistema de seguran�a, devidamente respondido pelo TSE. Ataques de hackers s�o constantes nas elei��es, mas at� hoje n�o tiveram sucesso.
 
Diante das novas declara��es de Bolsonaro, o TSE decidiu divulgar as perguntas dos militares e as devidas respostas que deu. Uma delas foi sobre a substitui��o de cart�es de mem�ria por entradas USB, no novo modelo de urna eletr�nica. O TSE respondeu que somente os dispositivos conhecidos que j� integram a urna s�o aceitos nas portas USB. “Caso seja identificado um dispositivo n�o conhecido em qualquer porta, o sistema operacional da urna desliga a alimenta��o da porta USB. Dispositivos conhecidos conectados em portas diferentes da esperada resultam no bloqueio da urna pelo sistema operacional. Todo dado sens�vel que trafega pelo barramento USB � protegido por criptografia”.
 
O TSE tamb�m esclareceu que a fabrica��o de urnas eletr�nicas � auditada diretamente na linha de produ��o, de acordo com as exig�ncias t�cnicas e especifica��es estabelecidas na licita��o dos servi�os. “As urnas eletr�nicas estar�o submetidas a todos os eventos de fiscaliza��o e auditoria. Os Testes P�blicos de Seguran�a t�m como objeto o �ltimo modelo de urna que teve seu sistema totalmente implementado e em produ��o”.

Militares

Mais uma vez, Bolsonaro tenta utilizar as For�as Armadas para desacreditar o processo eleitoral, o que faz parte de uma estrat�gia ensaiada em outros momentos, especialmente �s v�speras do 7 de setembro do ano passado, com prop�sitos claramente golpistas. Essa estrat�gia � alimentada tamb�m pelo ministro da Defesa, Braga Netto, que incentiva os questionamentos e tem a ambi��o de ser vice-presidente da Rep�blica.
 
A retomada da pol�mica, de certa forma, contribuiu para que o general Luiz Fernando Azevedo, que antecedeu Braga Netto, tenha decidido n�o assumir a diretoria-geral do TSE, cargo para o qual havia sido convidado pelo ministro Lu�s Roberto Barroso, que deixa o comando da Corte. O ex-ministro da Defesa alegou motivos familiares. A log�stica de realiza��o das elei��es, tradicionalmente, conta com o apoio das For�as Armadas, n�o s� para garantir a realiza��o das elei��es em regi�es remotas ou de alta criminalidade, como tamb�m por raz�es log�sticas, ou seja, o transporte e a seguran�a das urnas eletr�nicas.
 
O recrudescimento da narrativa de Bolsonaro sobre a falta de seguran�a na apura��o dos votos coincide com a viagem a Moscou, a convite do presidente russo Vladimir Putin. Hackers russos s�o acusados de interferir nas elei��es norte-americanas em favor de Donald Trump, por meio de ataques de hackers e fakes news. Na ter�a-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fechou um acordo com as plataformas WhatsApp, Twitter, TikTok, Facebook, Google, Instagram, YouTube e Kwai para criar mecanismos para conter a dissemina��o de fake news. No WhatsApp, deve ser implementado um canal para informar eleitores.
 
Entretanto, a rede social russa Telegram n�o tem escrit�rio no Brasil e n�o participa do acordo. “Estamos todos preocupados e empenhados em preservar um ambiente de debate livre”, disse o ministro Lu�s Roberto Barroso, ao anunciar o acordo, uma de seus legados como presidente do TSE.
 
Como o vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho de Bolsonaro, acompanhou o pai na comitiva em Moscou e manteve uma agenda paralela, como se estivesse fazendo turismo, h� suspeitas de que estaria fazendo entendimentos para a contrata��o de hackers russos para a campanha. Eles s�o especialistas em fake news. Carlos Bolsonaro � o respons�vel pela atua��o de Bolsonaro nas redes sociais, nas quais o presidente da Rep�blica tem cerca de 45 milh�es de seguidores.

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