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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Lula confirma Alckmin como vice e admite temer reelei��o de Bolsonaro

O plano da �tica deixou de ser prioridade para os eleitores, mas ainda � uma vari�vel que pode decidir a elei��o para a Presid�ncia da Rep�blica


15/03/2022 04:00 - atualizado 15/03/2022 07:26

Encontro entre o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alkmin em dezembro último
Geraldo Alckmin deve se filiar ao PSB para consolidar a alian�a com o PT, independentemente da disputa pelo governo de S�o Paulo (foto: Reprodu��o das redes sociais - 19/12/21)
O presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) confirmou ontem que vai mesmo convidar o ex-governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin para ser o vice na sua chapa � Presid�ncia, a despeito das resist�ncias do PT e de partidos de esquerda que o apoiam, como o PSOL. Alckmin deve se filiar ao PSB para consolidar a alian�a, independentemente da disputa entre o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-governador M�rcio Fran�a (PSB). O lan�amento da chapa deve ocorrer em meados de abril. O l�der petista tem dito que os descontentes com a alian�a devem procurar outro candidato.
 
Apesar de ser o l�der absoluto nas pesquisas de opini�o, Lula est� preocupado com a resili�ncia do presidente Jair Bolsonaro, do qual vem mantendo uma dist�ncia em torno de 10% das inten��es de votos, segundo as pesquisas. Para quem j� participou de muitas elei��es, perdeu tr�s e ganhou duas, essa diferen�a � muito pequena para subestimar o advers�rio. O “j� ganhou” petista n�o fez a cabe�a de Lula. Avalia que Bolsonaro ainda tem a possibilidade de se reeleger, porque sua candidatura parece ter um lugar garantido no segundo turno.
 
Lula ancora sua candidatura na milit�ncia de esquerda, no recall de seu governo (2003-2010) junto �s parcelas mais pobres da popula��o e na ojeriza a Bolsonaro de parte da classe m�dia. Bolsonaro tamb�m tem uma rela��o consolidada com os mundos rural, que migrou para as cidades do interior; evang�lico, com o qual tem identidade do ponto de vista dos costumes; e com os setores reacion�rios, que idealizam o antigo regime militar e defendem uma esp�cie de ditadura do Executivo.
 
Essa polariza��o est� inviabilizando o surgimento de uma candidatura da chamada “terceira via”. Por mais que tente ampliar sua campanha, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) n�o consegue ocupar esse espa�o, porque � contingenciado por Lula � esquerda e, ao mesmo tempo, muito identificado com a esquerda para conquistar os eleitores de centro. Situa��o diametralmente oposta � a do ex-juiz Sergio Moro, que n�o est� conseguindo penetrar no eleitorado bolsonarista como imaginava e, por causa do ser perfil conservador, tamb�m enfrenta resist�ncia at� mesmo de setores liberais.

O fracasso “nem nem”

Num encontro aparentemente promissor, domingo, em S�o Paulo, os presidentes do PSDB, Bruno Ara�jo, do MDB, Baleia Rossi, e do Uni�o Brasil, Luciano Bivar, com participa��o da senadora Simone Tibet (MS), firmaram um pacto para apoiar uma candidatura �nica, a ser definida em entre maio e junho. O encontro contou com o apoio velado do governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, que j� manifestou a inten��o de ter a senadora como vice. A emedebista n�o tem nada a perder, porque pode at� consolidar sua candidatura como alternativa, em caso de desist�ncia de Doria. A ideia dos tr�s partidos, por hora, � formar uma coliga��o, na qual o Cidadania tamb�m participaria como coligado, por ter aprovado uma federa��o com o PSDB.
 
Entretanto, no campo da chamada “terceira via”, falta uma defini��o: a filia��o ou n�o do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao PSD de Gilberto Kassab. Os dois est�o para ter uma conversa definitiva hoje. O tucano ga�cho foi derrotado por Doria nas pr�vias do PSDB, que deixaram feridas n�o cicatrizadas. Uma ala do partido, liderada pelo deputado A�cio Neves (MG), tenta convenc�-lo a permanecer na legenda, na expectativa de que Doria acabe desistindo de concorrer. Outra ala, encabe�ada por Tasso Jereissati e Jos� An�bal, apoia sua inten��o de se desligar da legenda para ser candidato, por�m, namora a candidatura de Tebet.
 
Esses candidatos juntos n�o chegam a 20% de eleitorado. Sem um m�nimo de converg�ncia, ningu�m chegar� ao segundo turno. Na pr�tica, a “terceira via” est� se estreitando muito. N�o est� sendo capaz de viabilizar uma alternativa, por�m, impede uma vit�ria de Lula no primeiro turno.

O embate entre Lula e Bolsonaro se estabelece principalmente no plano econ�mico, onde o desempenho do governo do petista foi muito superior, n�o importa se deixou o governo anabolizado. No plano pol�tico, � um confronto ideol�gico radicalizado, do tipo esquerda versus direita. O terceiro plano � o da �tica, que deixou de ser uma prioridade para os eleitores, mas ainda � uma vari�vel que pode decidir a elei��o.

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