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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Entre Jo�o Doria e Simone Tebet, a terceira via presidencial definha

Ambos s�o sendo pressionados a desistirem pela maioria dos deputados e senadores de seus partidos, por�m, resistem


05/05/2022 04:00 - atualizado 05/05/2022 07:54

Doria venceu as prévias do PSDB, mas o partido continua rachado
(foto: GOVERNO DE SP/DIVULGA��O )

 

� cada vez mais dif�cil uma chapa que re�na o ex-governador de S�o Paulo Jo�o Doria (PSDB) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Nenhum dos dois aceita ser vice nem se apresenta como candidato competitivo o suficiente para atrair outros aliados. Ambos est�o sendo pressionados pela maioria dos deputados e senadores de seus respectivos partidos a desistir da disputa e resistem, com a diferen�a de que o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), pretende manter a candidatura de Tebet, enquanto seu colega do PSDB, Bruno Araujo (PE), j� foi at� destitu�do da coordena��o de campanha pelo candidato tucano.

 

Hoje, haveria uma reuni�o da Executiva do PSDB para dar um xeque-mate em Doria. Fora tudo combinado num encontro de c�pula na semana passada, promovido pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), do qual tamb�m participou Ara�jo. Foi tiro pela culatra. Doria agendou um jantar na noite de ontem com a bancada federal e esvaziou a reuni�o, que foi adiada. Advertido pelos aliados de que a maioria da bancada prefere n�o ter candidato, para utilizar os recursos do fundo eleitoral na pr�pria campanha, o ex-governador pagou para ver. Tanto a ala que apoia Doria quanto a que desejava o ex-governador ga�cho Eduardo Leite, que declarou apoio ao colega paulista, mesmo juntas, s�o minorit�rias.

 

� um jogo de faz de conta, no qual os deputados tucanos de S�o Paulo pontificam. Gostariam de se livrar de Doria, a pretexto de que isso possibilitaria mais espa�o para a reelei��o do governador Rodrigo Garcia (PSDB), que o sucedeu. Mas nenhum parlamentar paulista tem coragem de assumir essa posi��o; por que os outros o fariam? As inser��es do PSDB na tev� e as viagens de Doria pelo pa�s esvaziaram a conspira��o. Todas esperam as pr�ximas pesquisas para saber se o tucano conseguir� sair da margem de erro nas pesquisas e ultrapassar os cinco d�gitos. Doria aproveita para jogar com o tempo a seu favor. Se a terceira via se inviabilizar de vez, cogita montar uma chapa da federa��o do PSDB-Cidadania tendo a senadora Eliziane Gama (MA) como vice.

 

No MDB, a situa��o n�o � muito diferente. Uma ala do partido est� engajada na campanha do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, sobretudo no Nordeste. O pessoal do Sul do pa�s � Bolsonaro de carteirinha. O presidente da legenda, Baleia Rossi, por�m, tem o controle da maioria dos diret�rios regionais; as pesquisas qualitativas valorizam o perfil de Simone Tebet, cuja rejei��o � baix�ssima, fortalecem sua posi��o. Al�m disso, sem uma candidatura pr�pria, a maioria da legenda migraria sem constrangimentos para a candidatura do presidente Jair Bolsonaro. Manter a candidatura de Tebet passou a ser uma quest�o de sobreviv�ncia.

 

Lula e Bolsonaro

 

O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva comete um “sinceric�dio” atr�s do outro, que os aliados come�am a apontar como uma das causas do crescimento do presidente Bolsonaro nas pesquisas eleitorais. O �ltimo foi seu posicionamento sobre a guerra da Ucr�nia, na entrevista que concedeu � revista Time. Lula deu uma grande demonstra��o de prest�gio internacional, mas as declara��es sobre o presidente da Ucr�nia foram considerados dribles a mais: “�s vezes, fico vendo o presidente da Ucr�nia na televis�o como se estivesse festejando, sendo aplaudido em p� por todos os parlamentos, sabe? Esse cara � t�o respons�vel quanto o Putin”, disse.

 

O petista tamb�m criticou Putin por ter invadido a Ucr�nia, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pela expans�o da OTAN. Mas o coment�rio sobre o l�der ucraniano, que hoje � a grande estrela pol�tica da Europa, provocou uma enxurrada de cr�ticas, que ofuscaram a entrevista na opini�o p�blica brasileira. Externamente, a repercuss�o foi enorme. A Times reposicionou o petista como grande protagonista na pol�tica internacional.

 

Bolsonaro est� vivendo um bom momento em termos eleitorais. As medidas que o governo vem adotando para transferir renda para popula��o de baixa renda e oferecer microcr�dito aos empreendedores come�am a influenciar as pesquisas eleitorais a seu favor. Ao mesmo tempo, o confronto de Bolsonaro com o Supremo Tribunal Federal (STF), no caso do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), emulou o bolsonarismo raiz, que defende interven��o militar e fechamento da Corte. Essas medidas, por�m, est�o sendo mitigadas pela infla��o e a alta dos juros, que ontem foi a 12,75% (Selic). O mercado projeta um novo aumento de juros para conter a infla��o, que foi de 1,73% (IPCA-15) somente em abril.

 

A resultante desse processo, at� as elei��es, � uma inc�gnita. A situa��o da economia pode decidir o pleito. No momento, criar mais dificuldades para uma candidatura de terceira via. Ciro Gomes estanca o crescimento de Lula, mas n�o extrapola setores de centro-esquerda; h� sinais de deriva do centro pol�tico em dire��o a Bolsonaro, o que explica o posicionamento do PSD, que n�o lan�a candidato nem apoia ningu�m, e da Uni�o Brasil, que lan�ou o deputado Luciano Bivar (PE) no lugar Sergio Moro. 

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