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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Desconfian�a do mercado financeiro com Lula � a mesma da elei��o

''Na opini�o p�blica, por�m, 62% acham que a economia vai melhorar. Se o petista fizesse choque fiscal seria um estelionato eleitoral''


16/03/2023 04:00 - atualizado 16/03/2023 07:49

Haddad apresentou projeto do arcabouço fiscal a Lula
Haddad apresentou projeto do arcabou�o fiscal a Lula (foto: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AG�NCIA BRASIL)

A Consultoria Genial Quaest divulgou ontem uma pesquisa com representantes do mercado financeiro que mostra claramente a m� vontade desses setores com o governo Lula. � a mesma registrada na elei��o, quando apoiaram a reelei��o do presidente Jair Bolsonaro e a continuidade da pol�tica econ�mica do ex-ministro Paulo Guedes, o Posto Ipiranga do governo passado. Cerca de 94% confiam pouco ou nada no presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT). O levantamento foi realizado entre 10 e 13 de mar�o e ouviu 82 representantes de fundos de investimentos de S�o Paulo e do Rio de Janeiro.

A pesquisa tamb�m apontou que 98% dos entrevistados consideram que a economia do pa�s, com o governo Lula, est� indo na dire��o errada. O pessimismo em rela��o aos pr�ximos 12 meses tamb�m � grande: 78% dos representantes acham que a economia vai piorar. A pesquisa mostra tamb�m um alinhamento com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pois 90% consideram a rela��o do governo com o BC negativa; 89% temem a sua exonera��o. Confiam “muito” no presidente do BC, 68% dos entrevistados.
O �nico dado positivo para o governo na pesquisa Genial Quaest � o apoio � reforma tribut�ria, que chega a 91% quanto a unifica��o dos impostos e a perspectiva de aprovar a reforma em 6 meses. A desconfian�a em rela��o � sustentabilidade da pol�tica fiscal chega a 90%, com base numa previs�o de que a economia precisaria de um super�vit prim�rio entre R$ 150 e R$ 200 bilh�es. N�o � uma meta inalcan��vel.

O resultado prim�rio do setor p�blico consolidado foi superavit�rio em R$ 99,0 bilh�es em janeiro, ante super�vit de R$ 101,8 bilh�es no mesmo m�s de 2022. O governo central e os governos regionais registraram super�vits respectivos de R$ 79,4 bilh�es e de R$ 21,8 bilh�es, e as empresas estatais, d�ficit de R$2,2 bilh�es. Em doze meses, o setor p�blico consolidado obteve super�vit de R$ 123,2 bilh�es, equivalente a 1,24% do PIB e 0,04 p.p. inferior ao super�vit registrado em 2022.

O mercado financeiro defende como prioridade o controle de gastos/despesas, puni��o em caso de n�o cumprimento e a estabiliza��o/ controle da d�vida. A primeira considera��o em rela��o � pesquisa � o fato de que seu universo est� restrito ao mundo das aplica��es financeiras, os setores que mais ganham com a taxa de juros de 13,75%. Entretanto, o setor produtivo do pa�s come�a a reclamar da taxa de juros e da falta de cr�dito.

A pesquisa  mostra tamb�m que esses setores do mercado continuam alienados em rela��o � gravidade da situa��o do pa�s, que o novo governo procura enfrentar. Por essa raz�o, o posicionamento da opini�o p�blica � muito diferente, pois 62% acham que a economia vai melhorar. Se o presidente Lula fizesse um choque fiscal como muitos gostariam, seria um estelionato eleitoral. A pesquisa reflete o conflito distributivo que o pa�s enfrenta.

O apoio popular de quase 12 pontos acima de sua vota��o no segundo turno (50,9%) foi o principal fator para que a tentativa de golpe de 8 de janeiro passado fracassasse. Esse apoio deu sustenta��o pol�tica �s decis�es do presidente Lula, do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes para enfrentar os golpistas, bem como dos presidentes da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Viagem � China


Os economistas debatem sa�das para o momento em que estamos vivendo. Ser�o os primeiros avalistas da qualidade da proposta de �ncora fiscal em debate no governo. Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou o arcabou�o do projeto ao presidente Lula, que pretende encaminh�-la ao Congresso antes de viajar para a China. Substituir o teto de gastos e restabelecer a responsabilidade fiscal n�o s�o coisas incompat�veis, mas exigem compet�ncia. Se a montanha parir um rato, o governo Lula vai patinar e fracassar.

Al�m do presidente da C�mara, Lula est� levando na sua comitiva 20 deputados, a maioria l�deres de bancada, al�m de representantes das frentes parlamentares. Est�o representados os seguintes partidos:  PT – 4; PP – 3; MDB – 2; PC do B – 2; PSD – 2; Avante – 1; Cidadania – 1; Patriota – 1; PDT – 1; Podemos – 1; PSDB – 1; e Rede – 1. Se Lula n�o conseguir articular sua base na C�mara durante essa viagem, quem conseguir�?

Na sequ�ncia da �ncora fiscal, o governo pretende aprovar a reforma tribut�ria, com a transforma��o de cinco impostos num s�. A expectativa oficial � de que seu impacto na gera��o do PIB seja da ordem de 20%, o que � muito otimismo. Se for a metade disso, j� ser� um grande sucesso, invertendo a curva de crescimento da economia. “A proposta organiza o sistema tribut�rio brasileiro como nunca foi feito antes. Qualquer economista de bom senso sabe que essa reforma est� indo no caminho certo”, avalia Haddad. O Imposto sobre Valor Agregado (IVA), al�m de unificar tributos, elimina a cumulatividade de cobran�as na cadeia produtiva e elimina distor��es entre setores da economia.



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