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Estado de Minas COLUNA

Para todos os cora��es

Apesar de narrar seus extravios, seus erros e seus pecados, a inten��o � mostrar sua pequenez comparada com a grandeza e a miseric�rdia de Deus


29/08/2021 04:00 - atualizado 26/08/2021 09:30



Foi na regi�o colada na Espanha, em um ponto separado apenas pelo Estreito de Gibraltar, que durante s�culos habitou ali um povo de olhos azuis, pele e cabelos b�rbaros. Antigamente, a Europa estava t�o unida � �frica, que do Sul da Espanha muitos iam a p� at� Tanger.

Da� ao dom�nio dos romanos era um pulo, com influ�ncia na l�ngua, cultura e religi�o. A costa de uma e outra, assim como a flora e a fauna, n�o tinham grande diferen�a.

O Norte da �frica era considerado um dos principais celeiros de Roma. Foram para l� comerciantes, industriais, importadores e grandes fam�lias da nobreza romana. Com isso foi se latinizando pouco a pouco – debilitou-se o elemento nativo e cresceu o poder dos conquistadores.

Quando o cristianismo chegou � �frica, lan�ou suas ra�zes principalmente entre os latinos, at� com mais for�a que na pr�pria Roma. A Igreja da �frica era uma igreja romana.
 
Santo Agostinho era da ra�a berbere. Como estrela refulgente, contribuiu para engrandecer a Igreja nessa regi�o geogr�fica, onde j� florescia o cristianismo. Por isso, foi considerado cidad�o romano. Hipona era o nome da atual cidade de Annaba. A partir do s�culo 3, foi sede de episcopado, tendo entre os seus bispos Santo Agostinho, que viveu quase todo o tempo na �frica.

Esteve cinco anos em Roma e Mil�o, na It�lia. Em Hipona, ele se interessou pelas quest�es do seu tempo, manteve rela��es com o Oriente e o Ocidente, recebeu mensageiros da Espanha e da Palestina e nunca sentiu necessidade de deixar a p�tria.

Na adolesc�ncia, tornou-se membro de uma seita herege, teve uma amante que lhe deu um filho, era dado a paix�es e erros sem fim. Admirador do conte�do liter�rio da prega��o do santo bispo Ambr�sio, de Mil�o, poeta e orador, apaixonou-se finalmente pela doutrina dos serm�es e se converteu aos 33 anos, descobrindo a vida de celibat�rio, o estudo e a ora��o.

Santo Agostinho ouvia-lhe assiduamente os serm�es, somente pela beleza do estilo e para ver se sua eloqu�ncia correspondia � fama. Estava encantado com a sua suavidade da linguagem. A convers�o de Santo Agostinho � considerada um dos eventos mais importantes da hist�ria da Igreja.

Com Santo Agostinho morreu de algum modo a �frica crist� e civilizada. Depois desse tempo, at� que expirou sob os ferros dos mu�ulmanos, sua exist�ncia foi somente uma longa agonia. Depois da convers�o, renunciou a tudo o que possu�a de bens e viveu em comunidade religiosa, com os amigos. E quando foi feito bispo de Hipona, fez de sua casa episcopal um mosteiro, onde vivia em religi�o, com seus padres e di�conos.

Quando lhe perguntavam qual era a verdadeira fonte de santidade, ele respondia: “A primeira coisa para se chegar � verdadeira sabedoria � a humildade; a segunda � a humildade; a terceira � a humildade, e tantas vezes quantas me fiz�sseis essa pergunta, tantas vezes vos daria a mesma resposta. N�o que n�o haja outros preceitos, mas se a humildade n�o preceder, n�o acompanhar e n�o seguir, o orgulho tirar� de nossas m�os tudo o que fizermos de bem”. Agostinho morreu em 28 de agosto de 430. Vivera 76 anos e servira a Igreja perto de 40 na qualidade de padre e de bispo.

Sempre se associa sua vida com o famoso livro autobiogr�fico, as "Confiss�es”. Para ele, a palavra "confiss�es", mais que confessar pecados, significa "adorar a Deus". � um verdadeiro hino de louvor de um cora��o arrependido. Apesar de narrar seus extravios, seus erros e seus pecados, a inten��o � mostrar sua pequenez comparada com a grandeza e a miseric�rdia de Deus. � mais uma ora��o dirigida a Deus que um discurso aos homens.

“Os homens saem para fazer passeios, a fim de admirar o alto dos montes, o ru�do incessante dos mares, o belo e ininterrupto curso dos rios, os majestosos movimentos dos astros. E, no entanto, passam ao largo de si mesmos. N�o se arriscam na aventura de um passeio interior. Tu estavas dentro de mim e eu fora.”

No Dia de Santo Agostinho, falamos ontem mais sobre o santo que viveu na �frica; hoje terminamos com o santo que louva o Senhor: “Inquieto est� o nosso cora��o enquanto n�o repousar em Ti”.

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