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Estado de Minas COLUNA

Vida dos santos

Abra�ou a vida contemplativa e a ativa, todas as ci�ncias e as boas obras. Fundou col�gio por toda parte


01/08/2021 04:00 - atualizado 29/07/2021 11:53



De fam�lia nobre, o soldado espanhol convertido em m�stico pode ser o �nico santo com antecedentes policiais. Aos 28 anos, com um pequeno grupo, lutou contra uma for�a de 12 mil homens em Pamplona, Espanha , e recebeu uma bala de canh�o nas pernas que destro�ou uma e afetou gravemente a outra.

Foi preciso quebrar de novo a perna para consert�-la uma segunda vez. Mas ele percebeu um osso que avan�ava demais, abaixo do joelho e lhe causava deformidade , e foi necess�rio cortar o osso. Precisou ficar de cama ainda v�rias semanas, embora tivesse boa sa�de. E acabou se enfadando.

Pediu romances para se distrair. Mas n�o encontraram. Deram-lhe uma “ Vida dos Santos ”. Ele a leu, primeiro, para passar o tempo; mas pouco a pouco, tomou gosto pela leitura e a ela se dedicou inteiramente, de tal sorte, que passava assim dias inteiros. E foi no longo per�odo de convalesc�ncia na casa da fam�lia que ��igo L�pez, nascido em Loyola , Espanha, mudou sua vida, o nome e o mundo.
 
Preso na cama, com todo o tempo livre, leu livros que contavam a hist�ria de Cristo e dos santos. Foi amansando seu �mpeto, colocando carinho no cora��o. Usou a decis�o para decis�es mais valiosas: imitar os santos. N�o se cansava de admirar nos santos o amor da solid�o e da cruz. Dizia: “E se eu fizesse o que fez S�o Francisco? Ou como S�o Domingos? Se S�o Domingos o fez, ent�o eu o farei tamb�m”.

Restabelecido, In�cio despediu-se da fam�lia e foi em peregrina��o ao santu�rio da Virgem de Montserrat, onde assumiu o prop�sito de fazer penit�ncia por seus pecados, fez confiss�o geral e se despojou dos trajes de cavaleiro. Consagrou-se � Virgem e viveu o per�odo que os historiadores chamam de peregrina��o. Vestia-se com um pano de saco e sapatos com sola de corda e come�ou a escrever medita��es e normas.

Era um mosteiro de beneditinos, a um dia de Barcelona, constru�do sobre uma montanha coberta de rochedos e famoso pela devo��o dos peregrinos, que, de todos os lugares do mundo, iam implorar socorro da Virgem. In�cio fez uma confiss�o geral a um religioso do mosteiro. Foi o primeiro confessor ao qual manifestou seu plano de vida. Com seu conselho, deu a mula ao mosteiro, as vestes preciosas a um pobre mendigo, vestiu o h�bito dos peregrinos, e pendurou a espada e o punhal a uma pilastra, perto do altar de Nossa Senhora, diante do qual passou a noite em ora��o.

Certa vez, vindo de Salamanca para se aperfei�oar em Paris nos seus estudos, In�cio comunicou a uma meia d�zia de companheiros que se consagraram a Deus, no dia da Assun��o da Sant�ssima Virgem, em 1534, na capela subterr�nea da Igreja de Montmartre; capela que tanto bem fez a Igreja de Deus para a convers�o dos infi�is, dos hereges, dos pecadores e para o progresso dos justos nas vias da perfei��o. Em solid�o humana, come�ou a escrever uma s�rie de medita��es e normas que foram posteriormente retrabalhadas para formar os famosos “Exerc�cios Espirituais”, ainda hoje fonte riqu�ssima de energia para os jesu�tas e cat�licos do mundo.

Saiu da solid�o, moderou a austeridade, tomou seu exterior menos ex�tico e p�s-se a falar aos homens das coisas do c�u. Aquelas conversas produziam frutos de salva��o; muitos pecadores se convertiam. Como aquela obra de In�cio lhe granjeasse novos louvores e admira��o do povo, deixou Manresa, e fez uma peregrina��o a Jerusal�m, como peregrino dos mais pobres, passando por Barcelona, Roma e Veneza. Seu desejo n�o era mais somente honrar os santos lugares, mas tamb�m trabalhar pela salva��o dos cism�ticos e dos infi�is. Abra�ou a vida contemplativa e a ativa, todas as ci�ncias e as boas obras. Fundou col�gio por toda parte.

Viveu os �ltimos anos em um pequeno quarto em Roma, de onde governava a Companhia de Jesus que ele viu crescer, passando de seis jesu�tas para 10 mil em 1556, quando morreu. Os jesu�tas se espalharam por toda a Europa, Brasil e �ndia e hoje s�o uma das ordens religiosas mais importantes da hist�ria. A Igreja celebrou a vida de Santo In�cio de Loyola ontem, �ltimo dia do m�s.

Oh! Quem poderia dizer os frutos incont�veis de salva��o que produziu aquela casual leitura da “Vida dos Santos”?

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