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Estado de Minas

Naqueles santos dias

Se n�o chover demais, ser� poss�vel ver a estrela-guia a nos mostrar o caminho. Nesses dias do advento n�o se deve descuidar de olhar o c�u"


19/12/2021 04:00




Dizem ter sido uma viagem de quatro a cinco dias. Sa�ram de Nazar� e se puseram a caminho por vales e montes, talvez Maria em cima de um burrinho, Jos� � frente (ou do lado?) guiando o animal que os levava para cumprir ordens de um decreto do imperador romano C�sar Augusto, que exigia o recenseamento “de todo mundo habitado”. Talvez tenham se alimentado de frutos silvestres, p�es caseiros providenciados por Maria, e �gua das fontes.

Estudiosos dizem que h� controv�rsias na data do nascimento e que n�o haveria necessidade de comparecimento na cidade natal. Os interessados deveriam se apresentar na localidade onde tinham terras de sua propriedade o que, segundo Bento XVI, poderia indicar que Jos� foi para Bel�m porque teria ali um terreno.

Outros pensam que as pousadas de Bel�m estivessem repletas de gente ou que Jos� (ou Maria?) n�o teria achado conveniente um nascimento em lugar t�o � vista de todos. Ou que os propriet�rios das estalagens n�o tivessem tido boa vontade de receber um casal em vias de um parto, fechando as portas ao Salvador.

Alguns guias tur�sticos crist�os, morando na Terra Santa de hoje, empenhados em desvendar acontecimentos t�o distantes, foram � arqueologia para dizer que naquele tempo Bel�m ainda n�o era uma cidade, e que as fam�lias viviam em grupos familiares em grutas, colocando os animais ao fundo. Eles acham que Maria e Jos�, em busca de maior intimidade, se alojaram em uma dessas grutas procurando mais o fundo, da� Maria ter acomodado a crian�a em uma manjedoura, o �nico objeto, naquelas condi��es, para servir de ber�o.
 
 
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Dizem. Acreditam. Pensam. Acham. Faz tanto tempo...! O que aconteceu realmente naqueles santos dias? Por que a gruta, a manjedoura, os animais? Para preencher esses espa�os, a f� de antigos religiosos levou ao livro de Isa�as: “O boi entende seu propriet�rio, o burro conhece o cocho do seu dono, s� Israel n�o tem conhecimento, s� o meu povo n�o entende”. Nenhum dos evangelistas cita a presen�a do boi, do burro, da ovelha.

Ou poderia ser uma lembran�a de um texto do profeta Habacuc que diz que “o Messias se manifestar� entre os animais”. Lindas hist�rias para emoldurar o maior acontecimento da humanidade: na estrebaria, Deus chora ao nascer de Maria, sob os cuidados de Jos�, transformando a noite feliz em noite sagrada. Dorme em paz, � Jesus! Dorme em paz, � Jesus!

Quando surgir a primeira estrela na noite do dia 24, encerra- se o Tempo do Advento, que marcou o in�cio de um novo ano lit�rgico, e come�a o Tempo de Natal, que vai at� o domingo do batismo do Senhor, 12 de janeiro. Troca-se o roxo pelo branco. Depois de quatro domingos nos preparando, eis que o Menino vem, cumprindo sua promessa e unindo c�u e terra. O Tempo de Natal � formado por cinco festas que celebram o mist�rio da manifesta��o do Filho de Deus em nossa natureza humana. S�o elas: Natal do Senhor; Festa da Sagrada Fam�lia; Maria, m�e de Deus; Epifania do Senhor; Batismo do Senhor.

Nesta semana, ressoa entre n�s o an�ncio do Natal do Senhor – acende-se uma nova luz, que deixa o infinito e vem habitar nos cora��es mansos e humildes de quem esperou com f� e devo��o. “Ocultando a grandeza da sua majestade, o Senhor do universo assume a natureza do servo”, segundo S�o Le�o. O c�u veio � terra em humilde estrebaria, com uma manjedoura servindo de ber�o, panos improvisados envolvendo o beb� e a visita de pastores, os marginais, desprezados e exclu�dos da �poca. � na pobreza, fragilidade e simplicidade que Deus se manifesta e oferece a salva��o � humanidade

O Filho de Deus assumiu em tudo a nossa condi��o humana, entrou em uma fam�lia e viveu a vida nossa de cada dia. Jos� era o pai legal e a ele cabia sustentar m�e e filho. Ensinou a Jesus o of�cio de carpinteiro e foi um fiel guardi�o, aceitando todas as indica��es divinas que recebia para proteger o filho. “Levanta-te, toma o Menino e vai para o Egito.” De Maria, Jesus deve ter aprendido rotinas das mulheres daquele tempo, que, como bom observador, depois Ele levou para suas par�bolas, como misturar as massas e deix�-las fermentar de um dia para o outro, ou como ajustar um remendo em uma roupa rasgada.

Se n�o chover demais, ser� poss�vel ver a estrela-guia a nos mostrar o caminho. Nesses dias do advento, n�o se deve descuidar de olhar o c�u.


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