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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Tudo tem o seu pre�o

N�o nos esque�amos tamb�m da ind�stria farmac�utica �vida por mais descobertas e desafios que consequentemente levam a cifras milion�rias


postado em 06/10/2019 04:00 / atualizado em 05/10/2019 20:26


 
 
Ao ouvir o valor do montante que um conhecido estava gastando com exames e medicamentos quase morri de susto. “Meu Deus!”, pensei num primeiro momento, “tanto dinheiro com algu�m que, sabe-se, est� � beira da morte!” Principalmente porque � um tratamento experimental, ou seja, que ainda n�o provou ser eficaz nem o contr�rio, mesmo tendo acumulado mais de uma d�cada de pesquisas e altos investimentos.
 
Mas logo o foco no financeiro cedeu lugar ao foco na ci�ncia e sua evolu��o. Hoje, encontramos e compramos com facilidade medicamentos e realizamos exames que d�cadas ou s�culos atr�s algu�m financiou seus estudos, tentativas e erros em torno de suas f�rmulas, os altos e baixos dos experimentos, chegada e partida de profissionais multidisciplinares. E algu�m foi cobaia.
 
N�o importa se movidos pelo desejo de ser imortal, ou melhor, � ilus�o de que haver� sempre uma dr�gea capaz de mudar todo o curso de uma vida, ou se buscando uma melhora na qualidade do resto de vida que se esvai, fato � que o n�mero final de beneficiados � imposs�vel ser calculado. N�o nos esque�amos tamb�m da ind�stria farmac�utica �vida por mais descobertas e desafios que consequentemente levam a cifras milion�rias.
 
Eu mesma n�o sobrevivo sem algumas destas descobertas, a come�ar pelo que considero a maior inven��o da medicina at� hoje: a anestesia, da b�sica usada para tratamento de dentes ou � capaz de nos adormecer sempre que precisamos recorrer a um procedimento mais invasivo.
 
Gastos com a jurisdi��o na quest�o do direito fundamental � sa�de, que busca garantir a todos o acesso a tratamentos gratuitos atrav�s de processos na justi�a, podem ser tamb�m questionados, apesar de constitucionais. Mas, a��es como estas, obrigam o sistema de sa�de p�blico e os planos privados a oferecer aos beneficiados os novos procedimentos.
 
Por outro lado, muitas vezes, recursos dos estados falidos s�o aplicados em medicamentos ou tratamentos de indiv�duos que t�m muito pouca chance de sobreviver, enquanto projetos de investimentos no coletivo permanecem mofando nas gavetas por motivos diversos e consequ�ncias j� bem conhecidas de todos n�s brasileiros.
 
Por�m, n�o fossem senten�as de ju�zes a favor de indiv�duos, ainda estar�amos engatinhando em muitas demandas sociais e coletivas. Esta � uma das quest�es que devem permear nossos ju�zos de valores nestes casos e que me fez repensar a primeira impress�o que tive em rela��o �s alternativas terap�uticas de meu amigo.

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