
A marca mineira Bendiz� criou a campanha Por uma quarentena mais justa para lan�ar uma linha de blusas em homenagem a Guimar�es Rosa. “� junto dos b�o que n�s fica mi�”, foi a frase de Grande sert�o: veredas escolhida para estampar as blusas, que, para seus criadores, diz muito sobre o momento de pandemia que estamos vivendo.
“Afinal de contas, em tempos de isolamento social, o sentimento que permanece entre todos � de saudade. Saudade de estar junto dos amigos, da fam�lia, de quem cada um gosta!”, justificam Leonardo Goulart e Breno Peroni. A marca, que completa dois anos e meio no mercado, � conhecida por explorar falas t�picas do mineir�s, como “T� garrado” e “Trenzim” nas estampas de suas roupas.
Agora a ideia � reverter 20% da venda das blusas criadas para a campanha para a organiza��o social TETO Brasil, que tem como objetivo arrecadar fundos para adquirir cestas b�sicas, gal�es de �gua e produtos de higiene para serem doados a fam�lias em situa��o de vulnerabilidade das comunidades nas quais atuam. H� 12 anos no Brasil, a TETO construiu cerca de 4 mil moradias de emerg�ncia, desenvolveu 50 projetos comunit�rios e mobilizou mais de 70 mil volunt�rios nos estados onde se faz presente, como Minas Gerais, S�o Paulo, Rio de Janeiro, Paran�, Bahia e Pernambuco.
Iniciativas como essa, de fomentar a sustentabilidade, v�m ganhando for�a desde o in�cio da quarentena. S�o muitas as empresas que t�m buscado ligar sua marca a um conjunto de ideias, estrat�gias e demais atitudes ecologicamente corretas, economicamente vi�veis, socialmente justas e culturalmente diversas.
Se por um lado a sustentabilidade serve como alternativa para garantir a sobreviv�ncia dos recursos naturais do planeta, vem se transformando tamb�m em estrat�gia de sobreviv�ncia empresarial. Perceber que, mais que buscar sustentar-se como neg�cio prof�cuo, � preciso se preocupar com o entorno, valorizando o bem-estar social.
Talvez esse seja um dos despertares mais promissores da crise que veio com a pandemia. Quest�es como “Aonde queremos chegar com tudo aquilo que fazemos e produzimos?” est�o sendo levantadas e o melhor � que saibamos respond�-las prontamente, at� porque, n�o h� mais como nem por que esperar.
Nada melhor que se unir a causas de socorro emergencial, visto que atravessamos o momento de apagar o fogo, torcendo para que chegue logo a hora de a poeira baixar para plantarmos algo ainda mais sustent�vel e equilibrado socialmente.