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Estado de Minas COLUNA

A hora de ajudar os jovens a ter um futuro

O estado precisa dar for�a para que o setor formal e produtivo cres�a com qualidade e n�o percamos os jovens para o crime, a baixa produtividade e o desalento.


03/01/2021 05:00 - atualizado 03/01/2021 08:21

O Brasil, que tem 51,3 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos, para os quais é preciso assegurar educação e trabalho(foto: Fundação Telefônica Vivo/Divulgacão - 13/9/19)
O Brasil, que tem 51,3 milh�es de pessoas entre 15 e 29 anos, para os quais � preciso assegurar educa��o e trabalho (foto: Funda��o Telef�nica Vivo/Divulgac�o - 13/9/19)

Democracias ao redor do mundo, da Alemanha aos EUA, est�o planejando ajudar suas popula��es a transitar com esperan�a os anos que est�o vindo por a�. O maior desafio � oferecer ao jovem sua melhor inser��o na sociedade.

A Alemanha, que � pr�diga nos programas de integra��o entre educa��o, empresas e atividades c�vicas est� expandindo as portas de entrada para os jovens atrav�s de servi�os tanto de orienta��o civil quanto militar.

Os EUA fazem refer�ncia aberta aos programas que deram diversas ocupa��es aos jovens durante a depress�o dos anos 1930 quando fazem tramitar no Congresso formas de expandir as oportunidades de servi�o para a popula��o desocupada.

O importante � que jovens estejam estudando, treinando ou trabalhando. O ideal � que os programas de inser��o mesclem essas atividades.

O Brasil, que tem 51,3 milh�es de pessoas entre 15 e 29 anos, tem tamb�m entre os jovens a maior taxa de desemprego. Acrescida da baixa esperan�a para o jovem estudante.

Segundo o CIEE, Centro de Integra��o Empresa-Escola, a maior entidade filantr�pica que atua pelos jovens no pa�s, se as a��es governamentais fossem capazes de combinar programas de estudo e trabalho poder�amos combater o desemprego e a evas�o escolar ao mesmo tempo.

assim unir o desejo de inovar das empresas � responsabilidade p�blica do estado, por meio de programas de est�gio e aprendizagem.

O estado n�o precisa e nem deve fazer o papel de agente econ�mico. Mas ele precisa dar a dire��o em �reas importantes, pois essa � sua fun��o como agregador dos diversos e conflitantes interesses sociais.

Se isso pode ser relaxado em tempos de vento a favor, em momentos de crise como agora � essencial apontar a dire��o e dar as condi��es para que o rumo seja seguido.

A d�cada de 2020 come�ou com uma pandemia cujo precedente mais pr�ximo – a gripe espanhola – ocorreu 100 anos atr�s. Se por um lado pegou um mundo muito mais complexo – mas muito mais capaz de resolver problemas do que em 1920 – por outro chegou num momento de transforma��es tecnol�gicas, geopol�ticas e sociais mais amplas do que foram os anos 1920.

Nada para assustar, porque � normal que os desafios aumentem juntamente com o avan�o do mundo e da capacidade humana – e tecnol�gica – de resolver problemas. Por v�rias raz�es, estamos vivendo o colapso espont�neo de estruturas sociais que amalgamavam e direcionavam a vida das pessoas.

Isso � especialmente sentido em termos de oportunidades de trabalho e renda na popula��o mais jovem. E � justamente por isso que ajudar a integrar o jovem no mercado de trabalho se tornou mais importante do que nunca.

Ser� preciso abrir v�rias frentes para absorver essa popula��o de modo a evitar o desalento, aumentar a produtividade e o tamanho da economia com consequente retorno em recursos para o estado

Se queremos ter esperan�a nos anos a seguir isso ser� uma quest�o de sobreviv�ncia do estado e da economia do pa�s. Pa�ses ser�o julgados pela qualidade de suas pol�ticas de transi��o.

Entre 2012 e 2015 simplesmente mais da metade dos jovens espanh�is estava desempregada. Seria isso um efeito inescap�vel da crise? Negativo.

Nesses mesmos anos, o desemprego entre os jovens alem�es caiu ano ap�s ano, mantendo-se abaixo de 10% desde 2011. Por que na Alemanha apenas um em cada dez jovens estava desempregado enquanto na Espanha era um em cada dois? Nada de quest�o cultural ou outras baboseiras que o preconceito vulgar tenta pregui�osamente enxergar.

Afinal, durante muitos anos o desemprego na Espanha foi menor do que na Alemanha. A diferen�a ocorre por conta do direcionamento que o estado alem�o, em parceria com empresas, ajuda a promover atrav�s de importantes institui��es e programas que integram o jovem no mercado de trabalho.

O que o estado alem�o aprendeu a fazer – atuar em prol da harmoniza��o da vida social com as demandas produtivas – � o aspecto que melhor funciona para o Brasil. Na crise atual, a integra��o precisa ser expandida.

A Am�rica Latina tem dois s�mbolos interconectados que sintetizam as dificuldades da regi�o em atingir seu m�ximo potencial – informalidade e desigualdade.

N�s copiamos o sistema estatal europeu, mas at� hoje n�o conseguimos fazer a tarefa n�mero um de qualquer estado que � a de formalizar os aspectos b�sicos da exist�ncia das pessoas que vivem dentro de suas fronteiras.

� ajudar aos jovens que precisam ser integrados a outros grupos sociais para formarmos uma verdadeira sociedade econ�mica pr�spera.

Para isso, o estado precisa dar for�a para que o setor formal e produtivo cres�a com qualidade e n�o percamos os jovens para o crime, a baixa produtividade e o desalento. (Com Henrique Delgado)




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