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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Trag�dias? Busca pelo prazer n�o pode superar responsabilidade com a vida

A combina��o da ilus�o de felicidade, a nega��o e a sedutora oferta de satisfa��o tornam o homem insensato


16/01/2022 04:00 - atualizado 15/01/2022 03:47

Ilustração mostra pessoa de olhos vendados sobre a corda bamba

Os valores que norteiam a vida s�o sempre ou foram muitas vezes pautados por falsas medidas. S�o t�o constantemente desprezados e substitu�dos por s�mbolos de poder, fortuna e sucesso que as pessoas passam a admirar quem os tem, subestimando os valores aut�nticos da vida.

Estas palavras podem ser atribu�das aos nossos dias, embora tenham sido escritas nos anos 30 do s�culo passado. E se retorno a este fabuloso livro escrito por Freud � porque nele encontro respostas para o sofrimento humano e o mundo como ele �.

O livro intitulado “Mal-estar na civiliza��o” deveria, a meu ver, ser leitura obrigat�ria nos curr�culos escolares devido � sua import�ncia no que concerne ao entendimento do mal-estar inevit�vel em todo ser falante.

Segundo Freud, as fontes desse mal-estar s�o a dissolu��o do corpo e a morte no horizonte � qual todos n�s estamos condenados; o mundo externo, que pode voltar-se contra n�s com for�as poderosas e destruidoras; os outros homens com os quais nos relacionamos; e as inerentes dificuldades que marcam significativamente nosso conv�vio.

Nem precisamos explicar mais, pois as tr�s fontes do sofrimento perpassam inevitavelmente pela vida de todos os homens mortais e provam que somos gr�o de areia no universo.
Na �ltima semana, em Capit�lio, assistimos uma rocha enorme se deslocar e cair sobre barcos de turistas que ali se divertiam. Uma divers�o perigosa e arriscada em Minas Gerais em per�odos de muita chuva como agora.

S�o inumer�veis os acidentes causados por trombas d’�gua, enchentes, desabamentos, e n�o s� em Minas. Mas as pessoas colocam a divers�o acima da cautela. E pagam caro por isso.
Apesar de todos os alertas da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e donos de pousadas daquela regi�o, ainda assim muitos colocaram os lucros acima da seguran�a. As embarca��es, por exemplo, estavam cheias e n�o houve autoridade para interditar a navega��o. Um dos condutores de lancha, infelizmente, faleceu pela imprud�ncia e levou muitos consigo.

E, claro, as pr�prias pessoas negando a realidade. Um claro exemplo de valores falsos que norteiam a vida e provocam mortes e acidentes. A busca pelo prazer n�o pode superar a responsabilidade com a vida, negligenciando perigos anunciados e previs�veis. N�o podemos julgar o que determina cada um, mas a� vemos o resultado da busca de felicidade a qualquer custo.

Neste livro que citei, Freud, como estudioso da natureza humana, era observador dos sinais fisiol�gicos e conte�do ideativo associados �s emo��es e sentimentos. Entendia que a liga��o humana com o mundo n�o � uma comunh�o natural imediata.

Nosso v�nculo � com nosso eu, intermedi�rio das rela��es com o mundo externo e se prolonga para dentro, sem fronteira n�tida, numa entidade ps�quica inconsciente que ele chamou de Id.

O Eu serve de fachada para o Id. Sua fronteira com o mundo externo � mais n�tida. Ele nos alerta sobre perigos e deve nos manter em seguran�a. Por�m, a combina��o da ilus�o de felicidade, a nega��o e a sedutora oferta de prazer tornam o homem insensato. E assim se d�o muitos acidentes que amea�am a civiliza��o que tanto lutamos para erigir.







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