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Estado de Minas REGINA TEIXEIRA DA COSTA

Viagem no tempo mostra que h� conquistas, mas tamb�m lutas a serem vencidas

Mulheres asseguraram direitos, movimento LGBTQIA+ coloca o desejo na ordem do dia, mas a quest�o ecol�gica � o grande desafio para o mundo


19/06/2022 04:00 - atualizado 19/06/2022 01:58

Ilustração mostra o planeta Terra dentro de um olho humano


�s vezes, para suportar o presente e todos os perrengues que nos angustiam no cotidiano, � bom visitar o passado e comparar os costumes atrav�s do tempo. Assim podemos deduzir que tudo muda.
Fazer esta viagem no tempo pode nos aliviar em alguns pontos e tamb�m mostrar que em outros pontos estamos em momento cr�tico.

Primeiro, pensei ao assistir a propagandas partid�rias na TV: quem te viu e quem te v�.! No final do s�culo 19, mulheres brancas de classe m�dia iniciaram o movimento feminista que lutava por seus direitos jur�dicos e pol�ticos.
 
At� ent�o, elas n�o sa�am sozinhas, n�o trabalhavam, n�o tinham direito a voto, n�o podiam se separar e a p�lula anticoncepcional n�o existia. Totalmente submetidas ao machismo e ao falocentrismo que apenas contemplava o gozo masculino.
 
Hoje, somos n�s, mulheres, o alvo dos partidos pol�ticos ansiosos por nossos votos. Isso mostra o quanto avan�amos em termos de direitos civis, ganhando liberdade sexual e autonomia do dom�nio masculino, podendo dar ouvidos a nossos desejos.
 
Por outro lado, ainda � preciso avan�ar muito, pois ganhamos mercado, mas ainda n�o temos companheiros com quem dividir os cuidados dos filhos e do lar com a mesma igualdade. Portanto, nossa luta continua.

Na Gr�cia Antiga, a rela��o amorosa entre homens era comum e aceit�vel. Mulheres eram esposas submissas que apenas serviam para gerar filhos e cuidar da casa. N�o tinham outros direitos. Essa digress�o no tempo nos mostra o quanto o mundo gira e que os costumes podem tanto progredir quanto regredir.
 
Na Inglaterra do s�culo 19, por exemplo, o escritor Oscar Wilde (autor de “O retrato de Dorian Gray”) foi condenado por ser homossexual, pr�tica proibida na �poca. Muitos outros tiveram o mesmo destino naqueles tempos sombrios. A intimidade era dom�nio p�blico, a moralidade regulava o comportamento.
 
Hoje, s�culo 21, o LGBTQIA+ � um movimento de defesa do desejo, seja ele qual for, independentemente de se atribuir a esse desejo a maldi��o sobre a qual caiu a repress�o no s�culo 19, quando era chamado pelo pr�prio Wilde de “um amor que n�o se pode dizer seu nome”.
 
Vemos novamente um desejo que exige seu lugar ao sol. O mundo se abre para a quest�o dos direitos dos homossexuais, embora desde o in�cio do s�culo 19 Freud j� os defendesse. Recebia cartas e demandas de tratamento de pais e m�es preocupados com a homossexualidade dos filhos. As homossexualidades, assim as chamava Freud, defendendo a ideia de que eram apenas a invers�o do objeto de desejo, n�o se tratando de doen�a a ser tratada para obrigar uma revers�o imposs�vel.
 
Enfim, a psican�lise n�o pode curar o que n�o � concebido como doen�a. Hoje, avan�amos muito, por�m ainda lidamos com o preconceito daqueles que, amea�ados pela liberdade sexual, temem que um dia a bissexualidade, inerente ao humano, possa ser assumida como algo natural. E �. Quer queiram ou n�o os retr�grados e preconceituosos que est�o, todos, inclusive educadores, tentando conter puls�es que hoje ousam romper o cerco da repress�o.
 
Parece-me que hoje, entre nossas lutas al�m destas aqui citadas que ainda n�o est�o vencidas e requerem posicionamento, a mais contempor�nea � a quest�o ecol�gica. Essa � complicada, porque envolve interesses financeiros de grandes capitalistas e do Estado, diante dos quais nos sentimos pequenos e impotentes. Mas n�o somos.
 
O movimento mineiro Tira o P� da Minha Serra – contra a explora��o de min�rio na Serra do Curral – mostra que temos o direito de n�o admitir que o nosso estado seja explorado de maneira predat�ria. Conseguimos que o tombamento fosse feito depois de tantos adiamentos. Os protestos tiveram seu efeito.
 
Mas a quest�o � muito maior do que nossos interesses locais, atinge a escala planet�ria. E, portanto, diz respeito ao mundo no qual vivemos – o que acontece do outro lado do planeta nos afeta a todos.

A “nossa” Amaz�nia � do mundo e interessa a todos. Por isso, n�o podemos mais tolerar que ela se torne palco de bandidos e assassinos. Mais uma causa de grande interesse.

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