(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

Atl�tico, a dois passos do para�so

Em sua melhor fase desde 2013, o Galo tem a chance de voar ao infinito e al�m


23/09/2020 07:22 - atualizado 23/09/2020 11:56

(foto: Bruno Cantini/Atl�tico)

Artes e esportes combinam como peixe e salada. Ou cerveja gelada e torresmo, mais pr�ximos ao meu card�pio, rs. Se bem que, em tempos de quarentena, ando muito mais para a dupla Bis e Coca-Cola. Vai ver por isso os quase tr�s d�gitos na balan�a. Ser� que cloroquina emagrece? Vou perguntar para o Bolso. 

Atores, pintores, cantores, artistas e desportistas transformam for�a f�sica, intelig�ncia, coragem, dedica��o, inspira��o e sentimentos em m�sicas, quadros, dan�as, poesias, filmes, recordes e… gols! Rede, caixa, fil�, casinha. Escolham o nome que mais lhes apetece. Para mim, sendo do Galo, o nome (do gol) tanto faz.

A banda Blitz, sucesso nacional nos anos 1980 e 1990, cantava a m�sica “A Dois Passos do Para�so”. Arlindo Orlando, um caminhoneiro da pequena e pacata cidade de Miracema do Norte, sumiu, desapareceu, escafedeu-se. At� o dia em que voltou para sua amada. Ah, Arlindo Orlando… O seio da amada � de fato o para�so, n�o � mesmo?

Em tempo: se os (seios) da Mariposa Apaixonada de Guadalupe forem m�dios, firmes e voltados para o “infinito e al�m”, ajoelhe no milho e reze cumpadi, pois nem o genial, o insuper�vel, o adorado, o melhor personagem de todos os tempos, Buzz Lightyear, conseguiu chegar l�. Quem n�o sabe quem � o Buzz, melhor ler at� o fim.

AGORA O GALO


Com campanha de campe�o, o time comandado por Jorge Sampaoli, a cada rodada parece se tornar mais s�lido e ciente do caminho a percorrer. Para melhorar, as car�ncias no meio-campo e ataque t�m a promessa de serem solucionadas em outubro, quando reabre a janela internacional de transfer�ncias.

Se confirmar o favoritismo atual e finalmente faturar o bi do Brasileir�o, o Galo deixar� para tr�s cinquenta anos de frustra��es, injusti�as, azar e uma incont�vel sucess�o de eventos sobrenaturais, normalmente ocorridos nos minutos finais do segundo tempo, que resultaram na perda de cinco outros t�tulos nacionais, no m�nimo. 

At� a estat�stica sempre foi cruel com o Atl�tico. Experimentem atirar uma moeda para o alto quatorze vezes e contem quantas “caras e coroas” tiraram. Metade cada uma? Oito a seis? Nove a cinco? Dez a quatro? Pois �. O Galo chegou a quatorze semifinais e finais de campeonatos brasileiros. Perdeu treze! Nesse caso, treze n�o foi Galo.

FORA DE CAMPO


Se dentro das quatro linhas as coisas v�o bem - at� porque agora existe o VAR para impedir os “Z�s da Vida” (Jos� de Assis Arag�o e Jos� Roberto Rato, digo Wright) - de meterem as m�os grandes nas nossas quase conquistas, fora dos gramados tudo anda �s mil maravilhas. Ou quase. Adiante, eu explico.

Os empres�rios Rubens e Rafael Menin, o banqueiro Ricardo Guimar�es e o engenheiro Renato Salvador, homens de not�rio e merecido sucesso empresarial, atleticanos abnegados, investem tempo, fortuna e experi�ncia, na busca de transformar o clube que amam em uma das tr�s maiores for�as do continente.

Gra�as a esse grupo temos a equipe na lideran�a do Campeonato Brasileiro, as d�vidas de curt�ssimo prazo garantidas, o fluxo-de-caixa de m�dio prazo equacionado e, o mais importante, com a inaugura��o da Arena MRV e as mudan�as estatut�rias, o futuro financeiro do Clube, seguro e blindado contra os aventureiros.

O FATOR KALIL


Falando em aventureiros, o ambiente externo aos gramados s� n�o est� um “c�u de brigadeiro” gra�as �s rinhas pessoais de atleticanos influentes, como a do atual prefeito de BH, Alexandre Kalil, e o atual presidente do Clube, S�rgio Sette C�mara. Ali�s, com quem Kalil n�o arruma uma treta, n�o � verdade?

Se foi ele o presidente que nos trouxe nossas maiores conquistas, igualmente foi o que nos trouxe nossas maiores d�vidas. Ele e seu poste, Daniel Nepomuceno, “cruzeiraram” o Atl�tico e prejudicaram sobremaneira a administra��o atual (n�o sem uma boa dose de incompet�ncia pr�pria, de S�rgio Sette C�mara).

� sabido que o prefeito, favorito � reelei��o municipal, pretende abandonar o cargo e disputar o governo do estado em 2022. Ter o Galo nas m�os de um aliado tornar� mais f�cil seu caminho. Por fim, poss�veis atos de m� gest�o, durante seu per�odo, que viessem � tona agora, poderiam repercutir negativamente na corrida eleitoral.

PAZ � VISTA?


Rubens Menin n�o � Rubens Menin � toa. O bilion�rio atleticano aprendeu com a vida - e nos ensina a li��o - que “briga n�o leva a lugar nenhum”. E n�o leva mesmo! Se a uni�o constr�i, a disc�rdia destr�i. N�o se trata de cren�a, misticismo ou filosofia de botequim, mas da pura realidade. Brigar � a sa�da dos med�ocres, dos imaturos e dos burros!

Uma vez que a situa��o entre Kalil e Sette C�mara tornou-se inconcili�vel, e em busca da uni�o em torno de um �nico nome para a Presid�ncia do Clube, Menin, que mant�m boa rela��o com o prefeito (ainda que n�o o ame), e Ricardo Guimar�es (desafeto declarado de Alexandre) buscam um nome alternativo.

Este nome, em princ�pio, � Sergio Coelho. Ou Serj�o! Ex-vice-presidente de futebol do Galo, o empres�rio do ramo de ve�culos tem se mantido afastado do Clube j� h� alguns anos, por dissabores pessoais - e preju�zos financeiros - justamente por suas passagens pelas diretorias alvinegras pregressas.

BUZZ LIGHTYEAR


Quando lembramos da nossa �nica visita � Lua, logo pensamos em Neil Armstrong e sua c�lebre frase: “um pequeno passo para um homem; um gigantesco salto para a humanidade”. Por�m, t�o importante quanto o primeiro homem a pisar em solo lunar, foi o segundo a faz�-lo: o astronauta Edwin “Buzz” Aldrin.

Aldrin foi o piloto do m�dulo Apollo 11, que tocou o solo do nosso sat�lite natural, precisamente �s 20:17hs (UTC) daquele 20 de julho de 1969. Em sua homenagem nasceu o personagem Buzz Lightyear, da franquia de anima��o “Toy Story”. Se voc� era crian�a em 1995 ou � pai/m�e de adolescentes hoje, certamente encheu os olhos d’�gua.


ENCERRO


O sonho de Buzz era voar, mas apesar de possuir asas dobr�veis, nunca conseguia. Seu grande parceiro de aventuras, o cowboy de pano Woody, jamais deixou de incentiv�-lo a prosseguir em busca do seu desejo, at� que um dia, finalmente, o her�i mais querido do mundo al�ou voo e gritou: “ao infinito e al�m”.

O Atl�tico nunca esteve t�o pr�ximo de dias, ou melhor, de d�cadas, t�o promissoras assim: tem chances reais de conquistar o t�o sonhado e merecido t�tulo nacional, e est� a pouco mais de dois passos, ops!, dois anos de inaugurar o pr�prio est�dio, simplesmente a melhor e mais moderna arena do Brasil.

O gigantesco esfor�o de toda uma na��o, que jamais abandonou seu clube querido, est� sendo recompensado por homens como Rubens Menin. Que Kalil e Sette C�mara n�o sejam estorvos do nosso sonho. E que S�rgio Coelho venha a ser o “Peacemaker” (pacificador) - outro filma�o, ali�s - que precisamos neste momento. At� porque, excepcional gestor ele �. 

Viram, eu n�o disse que artes e esportes combinavam? Agora tenho de parar. J� amolei voc�s o bastante. Al�m do mais, o Bis e a Coca me esperam. E minha balan�a me grita: “ao infinito e al�m”. Ou essa maldita pandemia termina, ou conhecerei, em breve, o para�so. J� estou a dois passos dele, hehe.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)