Em meio a quase 5 mil mortes di�rias por COVID-19 e ao completo colapso do sistema hospitalar, seja p�blico ou privado, permitir aglomera��es de at� quatro mil pessoas, como quer Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, e seus “meninos de recado”, o Procurador-Geral da Rep�blica Augusto Aras e o Advogado-Geral dos Evang�licos, digo da Uni�o, Andr� Mendon�a, � nada menos que atirar gasolina num inc�ndio de propor��es continentais, e condenar mais dezenas de milhares de brasileiros � morte.
A defesa pela abertura dos templos, feita por Mendon�a nesta quarta-feira passada, foi digna de filme pastel�o mexicano. O AGU comportou-se como um pastor em pleno culto e desfilou sofismas e mentiras bem ao gosto do seu patr�o Jair Bolsonaro.
N�o por acaso ter sido duramente admoestado por Gilmar Mendes, ainda que este n�o seja um ministro que re�na os melhores atributos para tanto. Mas na falta de tu, vais tu mesmo, n�o � verdade?
Al�m da superlota��o dos hospitais e da falta de leitos de UTI, estados como Minas Gerais, por exemplo, est�o na imin�ncia de n�o terem nem sequer sedativos para intuba��o.
Fosse o Brasil minimamente civilizado e o governo federal menos homicida, j� estar�amos em pleno “lockdown” (verdadeiro, e n�o de mentirinha) faz tempo.
Mas, ao que parece, o Poder P�blico federal e outros ligados � bancada evang�lica, acreditam que morrer j� n�o � o suficiente; � necess�rio morrer sem atendimento ou mesmo sufocado, sem oxig�nio.
Acertou a maioria dos ministros do STF, erraram os que erram feio – e sempre! –, e livrou-se, um pouco que seja, da morte, uma parcela dos brasileiros que, por f� e ignor�ncia, iriam se expor ao coronav�rus nos cultos presenciais, e tamb�m aqueles que iriam se contaminar, indiretamente, pelo comportamento suicida dos fi�is, incentivados por homens p�blicos n�o menos ignorantes e suicidas.