
Encastelados em seus pal�cios e palacetes, alguns p�blicos e outros privados, que chegam a custar 6 milh�es de rachadinhas, digo de reais, pol�ticos e governantes decidem quem vive e quem morre neste Pa�s dos horrores, sob a dire��o homicida do man�aco do tratamento precoce. Falta � Bras�lia ao menos um pouco da realidade do resto do Brasil.
aconselha a popula��o a se aglomerar, a n�o usar m�scaras e a enfrentar o v�rus de peito aberto, afinal, todos ir�o morrer algum dia. Por�m, antes de morrer, h� um tro�o chamado hospital, e l�, outro tro�o chamado UTI, e l�, mais um outro tro�o chamado intuba��o. Hoje, em Ban�nia, falta tudo isso, e oxig�nio tamb�m.
Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, Quando contraiu COVID-19, acaso o devoto da cloroquina encontrou alguma dificuldade para ser atendido, medicado e monitorado? F�cil incentivar o suic�dio coletivo dos outros quando h� um aparato de prote��o ao redor, n�o � mesmo? Essa mesma l�gica vale para o ministro do STF, o ministro da Justi�a e o Procurador Geral da Rep�blica, todos bolsonaristas.
Confortavelmente instalados em sua Ilha da Fantasia, pol�ticos e governantes legislam em causa e interesse pr�prios. Ou miram seus bolsos ou os votos que lhes garantem boa vida, bons sal�rios e mordomias inimagin�veis, custeados pelos ot�rios aqui, que tombam como moscas velhas diante do descontrole da pandemia do novo coronav�rus.
Se um dia faltasse hospital para essa gente ordin�ria, o que infelizmente jamais ir� acontecer, talvez pensassem, ao menos por um segundo, no Brasil que existe fora de Bras�lia. Talvez, e s� talvez, tivessem um m�nimo de piedade e empatia, e, por que n�o?, de vergonha na cara, antes de tomar tudo para si e deixar apenas “raspas e restos” para a sociedade.
Ser� que K�ssio Nunes Marques, Andr� Mendon�a, Augusto Aras e Jair Bolsonaro conhecem alguma UTI de COVID? Ser� que t�m a mais vaga ideia do que passam m�dicos, enfermeiros e demais profissionais de sa�de? Ser� que, se tivessem de esperar em uma fila, por um pouco de oxig�nio, ainda seriam capazes de ser t�o mesquinhos assim, como s�o?
A resposta, claro, nunca iremos saber. Estes senhores e seus pares de Estado atuam livres, leves e soltos, pois perpetuam um sistema inquebr�vel de casta social onde eles, os bar�es da alta burocracia estatal, t�m tudo, e n�s, a sociedade, nada. Da�, para nos distrair um pouco, abrem templos e igrejas e permitem alguma distra��o, como jogos de futebol.
O mais triste disso tudo � que, no Brasil, passados mais de mil e quinhentos ap�s o fim do Imp�rio Romano, a pol�tica do “p�o e circo” permanece n�o s� atual, como altamente funcional e eficiente. N�o temos imperador, � verdade. Mas temos, al�m de um presidente homicida, um verdadeiro “senado romano”. Leia-se: a corja dos Tr�s Poderes.