
Sarney foi o fundador do tal Centr�o logo ap�s deixar a Presid�ncia. De l� para c�, todos os presidentes, em um momento ou outro, beijaram as m�os sujas dos seus caciques.
Renan Calheiros � o maior expoente dessa gangue. Desde o primeiro mandato, que deveria ter sido o �nico!, de FHC, o alagoano esteve presente em todos os governos.
Abatido pela Lava-Jato, s� n�o foi preso ou condenado como deveria por conta das gavetas amigas do STF, que servem de ‘caminha’ para o sono profundo de seus processos.
Mas quem foi rei jamais perde a majestade, e Renan est� a� para provar. Al�ado a relator da CPI da COVID, Calheiros retoma os holofotes e a caneta chantagista do poder.
Aparentemente opositor ao governo Bolsonaro, Renan promete fazer picadinho do verdugo do Planalto. Por�m, sendo quem �, n�o surpreenderia se desse um cavalo de pau.
Se h� um pol�tico sem ideologia e sem paix�es neste pa�s, esse � Calheiros. O atual senador move-se exclusivamente por seus pr�prios interesses; quase sempre obscuros.
Ele ir� usar a CPI como achar melhor: ora ir� atacar Bolsonaro, ora ir� passar pano. Ora ir� enaltecer Lula, ora ir� critic�-lo. Mas estar� sempre de olho nos pr�prios umbigo e bolso.
Prova disso � que, em seu primeiro ato, aproveitou a ribalta e atacou Sergio Moro e Deltan Dallagnol. E n�o o fez, � claro!, por seu esp�rito, digamos, legalista. Ou garantista, v� l�.
Renan � como uma ave de rapina, uma v�bora pe�onhenta. Estar� sempre � espreita para o bote mortal. Uma CPI com um relator destes � absolutamente imprevis�vel. E maculada na origem.