
Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987) foi um dos maiores, poetas brasileiros, sen�o o maior, . Gente como Drummond deveria nascer proibida de morrer. E ainda que sua magn�fica obra seja eterna, h� quase 35 anos este gigante j� n�o est� entre n�s.
Um de seus mais conhecidos e brilhantes poemas (e um dos primeiros), Quadrilha, foi publicado na obra de estreia em 1930, ‘Alguma Poesia’, lan�ada pelas Edi��es Pindorama de Belo Horizonte. Sim, � verdade, eu me esqueci de dizer: Drummond � mineiro, s�! De Itabira, coladin, coladin di Belzonte.
Vejam que coisa linda:
Jo�o amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que n�o amava ningu�m. Jo�o foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que n�o tinha entrado na hist�ria.
Bons tempos em que Quadrilha n�o significava ajuntamento de pol�tico corrupto, como aquela liderada pelo meliante de S�o Bernardo, ou a outra, que empregava funcion�rios fantasmas, roubando parte de seus imerecidos sal�rios, liderada pelo senador das rachadinhas e da mans�o de seis milh�es de reais, o bolsokid Fl�vio.
Agora, a quadrilha atual, com ‘q’ min�sculo:
Bolsonaro amava Queiroz que pagava as contas do pimpolho do panetone e que depositava ‘micheques’ (90 mil deles!!) na conta da primeira-dama. Espere. N�o � nada disso. Vou recome�ar: Bolsonaro nomeou Barros que indicou Dias que pediu propina para Pereira, representante da AstraZeneca no Brasil. Pronto!
Depois do esc�ndalo da Covaxin, o governo do verdugo do Planalto enfrenta uma nova den�ncia de corrup��o. Curioso: ‘acabou a mamata, porra’! Curioso 2: ‘me acusem de corrupto, porra’! Curioso 3: ‘eu jamais serei acusado de omiss�o’. N�o � que tra�ra morre mesmo pela boca? E n�o estou me referindo ao peixe, n�o.
E a Quadrilha, com ‘q’ mai�sculo, da nova quadrilha:
Mas n�o � tudo. Segundo a Revista Cruso�, atrav�s de um emiss�rio, o l�der do governo na C�mara, Ricardo Barros, um not�rio ‘operador’ do centr�o, ofereceu propina ao deputado Luis Miranda para ‘n�o atrapalhar a aquisi��o da vacina Covaxin’. Em duas reuni�es, Silvio Assis, homem de confian�a de Barros, fez a proposta.
Como � mesmo? Bolsonaro nomeou Barros, que indicou Dias, que foi pedir propina para Pereira, representante da AstraZeneca no Brasil. Ops! Essa j� cansou, e a fila andou: Bolsonaro nomeou Barros que indicou Assis que foi oferecer propina a Luis Miranda que avisou Bolsonaro que... n�o fez nada!