Bolsonaros e bolsonazistas querem o Brasil livre de gente 'imperfeita'

Em mais dois epis�dios de puro �dio contra grupos humanos, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, e seu filho Eduardo, Dudu Bananinha, ocorridos nesta semana que passou, d�o mostras, cada vez mais inequ�vocas, do que s�o, como s�o e o que querem para o Pa�s.

Dias atr�s, o devoto da cloroquina, pretendendo fingir que � um ‘homem do povo’, protagonizou uma cena asquerosa, onde atacava asinhas de frango com uma f�ria selvagem, similar a de um vira-latas faminto, e cuspia farofa por todos os lados.

Era uma cena fake, claro, fabricada pelo ‘g�nio’ do marketing Carlos Bolsonaro, o Carluxo, arruaceiro digital que finge ser vereador no Rio de Janeiro. Por�m, o recado era muito claro: n�s pensamos (os Bolsonaros) que o povo (os pobres) s�o como porcos famintos.

Naquele ‘freak show’ a que chama de ‘live’, o man�aco do tratamento precoce, quinta-feira passada, chamou os nordestinos de ‘pau-de-arara’. Para quem n�o sabe, o termo refere-se aos caminh�es lotados, que traziam os retirantes da seca do nordeste ao sudeste do Brasil.

O presidente da Rep�blica, ou seja, o mandat�rio de toda a na��o, considera parte dos brasileiros uma categoria inferior, uma esp�cie de sub-ra�a. E n�o. N�o s�o apenas nas palavras que ele demonstra todo seu desprezo pelo povo pobre nordestino.

No come�o do ano, enquanto a Bahia submergia sob enchentes hist�ricas, que mataram dezenas de pessoas e desabrigaram milhares, o patriarca do cl� das rachadinhas passeava de jet ski e frequentava um parque de divers�es em Santa Catarina.

Racista e higienista, Jair Bolsonaro, diversas vezes, manifestou publicamente seu potencial desumano. Anos atr�s, declarou que os �ndios brasileiros deveriam ter sido exterminados como os dos Estados Unidos, pois assim n�o nos causariam tantos problemas.

Sobre negros, o ‘mito’ chegou ao c�mulo do racismo, ao comparar um garoto quilombola com animais de corte, dizendo que o peso do rapaz media-se em arroubas. Imaginem, senhoras e senhores, se o alvo da barb�rie fosse um filho ou uma filha de voc�s.  

Desde o in�cio da pandemia, o negacionismo e o descaso do governo federal atingiram estes dois grupos (negros e �ndios) violentamente. Al�m deles, outro alvo da crueldade bolsonazista foram os doentes cr�nicos e os idosos, que ‘v�o morrer de qualquer jeito’.

Alvos prediletos da fam�lia das mans�es milion�rias e dos panetones (uma nova esp�cie de laranja), mulheres e homossexuais s�o atacados com extrema frequ�ncia e agressividade. Bolsonaro-pai, por exemplo, j� disse preferir um filho morto a um filho gay.

Dudu Bananinha, ex�mio fritador de hamb�rguer, que queria ser embaixador nos EUA, disse que o acidente ocorrido na obra do metr� em S�o Paulo, semana passada, foi por culpa da pol�tica de inclus�o feminina da empresa respons�vel pela constru��o.

Sim. Para o deputado federal, ao contratar muitas mulheres a empreiteira perdeu efici�ncia e seguran�a, j� que ‘engenharia � um campo tradicionalmente ocupado por homens’. Falem a verdade: o cara � um verme repugnante, n�o � mesmo?

No pa�s ideal dessa gente imunda, s� haveria espa�o para homens e mulheres brancos, bonitos e em forma, evang�licos - no m�nimo, cat�licos e judeus -, de extrema-direita, e que, de prefer�ncia, abominassem o resto da humanidade inferior.

No caso das mulheres, o espa�o seria reservado � subservi�ncia, como a praticada por Carla Zambelli, deputada bolsonarista que outro dia ouviu um ‘fica calada a�’, em p�blico, durante uma entrevista do seu dono, e de fato ficou caladinha, caladinha.

J� pretos, gays, �ndios, esquerdistas etc., seriam relegados aos trabalhos escravos, a fim de bancarem as motociatas, f�rias na praia, viagens a Dubai e os gastos ilimitados do cart�o corporativo da Presid�ncia da Rep�blica. Afinal, serviriam para o que mais?

Ah! As vacinas seriam banidas e a cloroquina seria a cura universal, ao lado de cultos religiosos ao deus Olavo de Carvalho, sempre ‘em l�nguas’, como naquela cena dantesca da primeira-dama, em transe, comemorando a nova boquinha oficial de um amigo.

Primeira-dama, ali�s, que recebeu 90 mil reais em cheques de um casal miliciano, e que intercedeu junto � Caixa para que amigos interessados em empr�stimos fossem atendidos de forma, digamos, melhor do que n�s, seres inferiores. Tudo em nome de Jesus, � claro.

E por falar nisso - seres inferiores e Jesus -, Damares Alves, a ministra de alguma coisa, descobriu a solu��o para um problema hist�rico no Brasil; a gravidez na adolesc�ncia. Ir� proibir o aplicativo Tik Tok, trocando-o por ora��es sob goiabeiras sagradas.

No momento, nada � mais importante do que banir a seita bolsonazista do poder. Essa gente precisa ser, nesta ordem: expelida, interditada (ou presa) e impedida politicamente. A civiliza��o e o Estado de Direito n�o podem mais aturar esse tipo de b�rbaros.

Lula, o meliante de S�o Bernardo, e o lulopetismo n�o s�o, n�o foram nem jamais ser�o a solu��o de nossos in�meros problemas. � uma esp�cie diferente de mal, e nada mais. Espero, inclusive, que n�o sejam a �nica alternativa ao bolsonazismo odiento.

O  l�der da quadrilha do mensal�o e do petrol�o n�o gosta da elite branca de olhos azuis. J� o Bolsonazi n�o gosta de pretos, gays e mulheres. O eleitor brasileiro bem que poderia abrir os olhos e passar a n�o gostar de pol�ticos que n�o gostam de gente. Ou melhor, que n�o gostam… da gente.