
A cada dia, todos os dias, diversas vezes ao dia, n�s tomamos pequenas decis�es que orientam nossas atitudes: pular da cama ou dormir mais meia hora, ir � academia ou ficar de pregui�a, repetir o prato ou comer a sobremesa, poupar ou gastar dinheiro.
E, t�o presentes quanto as pequenas, s�o as grandes decis�es que acarretam as grandes repercuss�es em nossas vidas: a escolha da profiss�o, a mudan�a de emprego, casar, ter ou n�o ter filhos, mudar de cidade, separar ou manter o casamento.
Assim, durante alguns anos, vamos colecionando nossas pequenas e grandes decis�es, e, consequentemente, colhendo as consequ�ncias rec�procas de cada - e a cada - ato. A isso, comumente, damos o nome 'passado' ou 'hist�ria de vida'.
Cada um de n�s possui sua pr�pria hist�ria, e cada um de n�s a escreveu at� aqui, � sua fei��o e modo, de acordo com o tal livre arb�trio. Os grandes sucessos ou os retumbantes fracassos invariavelmente seguiram-se ao modo e estilo de vida de cada um.
Assim, n�s somos um un�ssono eco do que fizemos. Exce��o feita a acasos e infort�nios, estes sim incontrol�veis e imponder�veis. Por isso, cada vez mais, creio, cada vez menos, no destino, no acaso, na sorte ou no azar, e no "n�o � justo, eu n�o mere�o".
Claro que, repito!, h� exce��es, lament�veis por sinal, mas, via de regra, de uma forma ou de outra, fazemos (ou fizemos) por merecer: Os pr�s e contras, o �nus e o b�nus, o sorriso ou o choro. Pouca coisa nessa vida acontece de fato por mero acaso.
Que cada um de n�s atente bem para isso, principalmente os mais jovens, que ainda nem acertaram tanto e nem erraram muito. A escolha dos amigos, do c�njuge e do emprego; a decis�o de fumar, beber, se drogar; seguir as regras ou burlar as leis; dirigir ou ir de t�xi.
Tudo isso conta, sim, e deve ser avaliado com aten��o, pois, se di�ria e isoladamente, nada tem tanta import�ncia assim, em conjunto, ap�s algum tempo, ir� se transformar na paz ou na tormenta, no sono ou na ins�nia, no regozijo ou no arrependimento.
Nossa vida � inevitavelmente atrelada aos caminhos do Pa�s. Nossas escolhas coletivas - sociais e pol�ticas - devem ser tomadas com o mesmo zelo e aten��o que as individuais, pois as consequ�ncias, ao final, n�o distinguir�o indiv�duos e sociedade.