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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

Eu me armo, tu te armas, um dia nos mataremos todos, e a p�lvora vencer�

Gente que imagina a viol�ncia como solu��o � como o escorpi�o da f�bula, que pica o elefante no meio do rio e morre afogado em nome de sua natureza


16/05/2022 15:00 - atualizado 16/05/2022 15:10

Cena de Mad Max - Estrada da Fúria
O moral dessa hist�ria milenar talvez esteja mesmo descrito - desde sempre! - pelos filmes de fic��o apocal�pticos, tipo Mad Max e outros, que retratam um planeta selvagem, destru�do ap�s uma derradeira guerra at�mica, habitado por tribos selvagens em busca de �gua, alimento e energia (foto: Reprodu��o/Warner Bros)
Remonta os prim�rdios da exist�ncia humana, do Australopiteco ao Homo Sapiens, a viol�ncia por meio de conflitos e guerras em busca de territ�rio, comida e poder. Todos os Homos - habilis, ergaster, erctus, neanderthalensis - experimentaram a fragilidade de uma vida ef�mera diante da imin�ncia e certeza dos ataques dos predadores e tribos rivais.

Caminhamos milh�es de anos de evolu��o, para chegarmos � Idade M�dia produzindo as mais sanguin�rias e cru�is batalhas de nossa odiss�ia. Um pouco antes, ainda sob a �gide do Imp�rio Romano e seus inimigos, guerras igualmente sangrentas e impiedosas, que duravam d�cadas, transformaram a exist�ncia humana em verdadeiro inferno sobre a Terra.


A idade moderna, com o desenvolvimento da agricultura e do com�rcio, e a forte expans�o da navega��o mar�tima, prometia uma nova era em que os homens, j� dotados de alguma racionalidade e propens�o � coexist�ncia e interc�mbio, experimentariam per�odos de paz e prosperidade, algo comum ao desejo intr�nseco da maioria absoluta dos seres humanos.

TUDO PODE PIORAR

Contudo, coloniza��o, escravid�o, guerras religiosas e toda a sorte de sacril�gios humanit�rios, culminaram, igualmente, em mais dois ou tr�s s�culos de pura b�rbarie e, pior, maior distanciamento e �dio dos povos. Quanto mais o mundo evolu�a, maiores os conflitos. Quanto maiores os conflitos, justamente pela evolu��o, mais terr�veis eram.

Em 1789, a Revolu��o Francesa inaugurou nosso tempo, chamado de Idade Contepor�nea, dessa vez, n�o prometendo paz e progresso, mas guilhotina, forca e fogueira, como formas de justi�amento e vingan�a, que abriram as portas de novas carnificinas - napole�nicas, mao�stas, comunistas, primeira e segundas guerras mundiais e tantas outras.

Hoje, em pleno s�culo XXI, ap�s mais de 2.5 milh�es de anos do surgimento da esp�cie origin�ria do Homo Sapiens - 200 mil anos atr�s - a humanidade n�o apenas n�o abandonou guerras e armas, como produz conflitos em s�rie, ao redor do globo, e arma-se de forma cada vez mais potente e aniquiladora, garantindo a puls�o de morte de cada dia.

OTAN EM EXPANS�O

Em �pocas mais recentes, � partir dos genoc�dios comunistas na �sia e Europa oriental, guerras �tnicas tribais (na �frica) e religiosas (no Oriente M�dio), n�o esquecendo as primeira e segunda guerras mundiais - tampouco a Guerra Fria -, o homem decidiu demarcar seus territ�rios (terra, religi�o, economia, influ�ncia) com mais �nfase e virul�ncia.

A instabilidade no Oriente M�dio, a a amea�a chinesa sobre Taiwan, o mortic�nio dos Emirados �rabes sobre o I�men, as 'limpezas' �tnicas africanas, e agora a invas�o da Ucr�nia, pela R�ssia, motivada (tamb�m) pela expans�o da OTAN (Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte), refor�am nossa g�nese guerreira e aptid�o pela autodestrui��o.

Finl�ndia e Su�cia, com o apoio e incentivo dos pa�ses ocidentais que formam a OTAN, decidiram entrar no bloco, causando novas amea�as russas. Na Ucr�nia, a inesperada resist�ncia, com o apoio militar dos Estados Unidos, Fran�a, Inglaterra, Pol�nia, etc., colocou o sanguin�rio Vladimir Putin em maus len��is, o que traz ainda mais perigo.

PUTIN DO JU�ZO FINAL

Isolado pelo mundo, com a economia em frangalhos ap�s o boicote e os embargos em massa das grandes economias, Putin pode sentir-se ainda mais � vontade para reagir de forma selvagem - que lhe � peculiar; e aos russos, historicamente falando - e escalar um conflito de dimens�es verdadeiramente catastr�ficas, inclusive de ordem nuclear.

O moral dessa hist�ria milenar talvez esteja mesmo descrito - desde sempre! -  pelos filmes de fic��o apocal�pticos, tipo Mad Max e outros, que retratam um planeta selvagem, destru�do ap�s uma derradeira guerra at�mica, habitado por tribos selvagens em busca de �gua, alimento e energia. O homem, ao que parece, � mesmo o lobo do homem.

No fim do �ltimo dia da epop�ia humana, haver� apenas um �nico vencedor: as armas - objeto de desejo e motivo de proselitismo de tanta gente, inclusive no Brasil, como Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto. Os homens, que passaram a exist�ncia inteira se armando, enfim encontrar�o o devido e merecido destino: a paz eterna da inexist�ncia. 

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