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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

Elei��es 2022: entenda, Bolsonaro, n�o � a economia. � a rejei��o, est�pido

O excelente Eduardo Oinegue, da Band, formulou um brilhante coment�rio neste sentido, e deu como exemplo o ex-governador de S�o Paulo, Jo�o Doria


24/09/2022 15:07 - atualizado 24/09/2022 16:18

Lula e Bolsonaro, lado a lado
Campe�es nacionais de rejei��o (foto: Fotomontagem/Reprodu��o/Google)
Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, caminha a passos largos e ligeiros rumo a uma sova eleitoral vexat�ria. Por que vexat�ria? Ora, porque se dar� para um ex-presidi�rio, execrado quatro anos atr�s por 70% ou mais da popula��o, cuja rejei��o s� n�o � maior do que a sua pr�pria. Entendam: n�o � o meliante de S�o Bernardo que est� vencendo; � o amig�o do Queiroz que est� perdendo. E para si mesmo, literalmente.

O momento econ�mico do Brasil � p�ssimo, dos piores do mundo, mas a bem da verdade, j� foi ainda mais terr�vel para seu povo, principalmente o mais pobre, e h� alguns meses, vem ensaiando ligeira melhora. Al�m disso, o saco de bondades estatal foi aberto com louvor haja vista a PEC Kamikase, a isen��o de impostos, o aumento do Aux�lio Brasil, enfim, as medidas eleitoreiras, endossadas pelo liberal de araque Paulo Guedes.

Ainda assim, o patriarca do cl� das rachadinhas e das mans�es milion�rias, compradas com panetones e muito dinheiro vivo, n�o sai do patamar de 30% a 35% das inten��es de voto. Seu desgoverno tamb�m n�o � de todo mal em outros setores, bem como sua prega��o ideol�gica e o uso desavergonhado da religi�o - e dos cofres p�blicos -, juntos e somados, deveriam ser capazes de al��-lo a uma condi��o melhor na disputa.

� pra l� de conhecida a frase, que se tornou chav�o, e a hist�ria de James Carville, assessor pr�ximo e estrategista de campanha de Bill Clinton, que disputava a elei��o americana de 1992 contra George H. W. Bush: “It’s the economy, stupid”. Ou: � a economia, est�pido! Trocando em mi�dos, a chave para a vit�ria eleitoral est� na economia. Ora, por que diabos, ent�o, o amig�o do Queiroz n�o decola ou ao menos n�o sobe um pouco?

Bem, porque h� uma outra vari�vel, talvez muito mais importante, que, no caso, chama-se Jair Bolsonaro. O devoto da cloroquina � o maior cabo eleitoral do chef�o petista. Ningu�m, no Brasil, atrai mais �dio e rejei��o que o “mito”. Suas falas abjetas, seu comportamento asqueroso, sua exist�ncia miser�vel em todos os aspectos fazem dele um ser odiento e odiado, pouco importa os resultados que apresente - que tamb�m n�o s�o grande coisa.

O Aux�lio Brasil de 600 reais n�o apaga o “e da�?, n�o sou coveiro”. A queda do desemprego n�o apaga suas agress�es contra as mulheres. O pre�o mais baixo dos combust�veis n�o apaga seu autoritarismo golpista. Se para uma gigante parcela da popula��o, Bolsonaro � o Messias, para outra, ainda maior, ele � o Anticristo em pessoa. Se o sal�rio m�nimo dobrasse amanh�, ainda assim Lula venceria entre os mais pobres.

O excelente Eduardo Oinegue, da Band, formulou um brilhante coment�rio neste sentido, e deu como exemplo o ex-governador de S�o Paulo Jo�o Doria, que, a despeito de um governo muito bom e de ter trazido as vacinas, foi defenestrado n�o apenas pelo eleitorado, mas pelos companheiros de partido. JD, a pessoa f�sica, destruiu JD, o pol�tico. Eis a sorte e o maior ativo do ex-tudo (ex-condenado, ex-presidi�rio, ex-corrupto, ex-lavador de dinheiro) Lula da Silva. Por pior que fa�a, sua imagem n�o se deteriora como a dos demais.

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