
Como empres�rio, h� d�cadas, e antes disso, representante de uma gigante multinacional alem�, aprendi, desde cedo (meu primeiro emprego foi em banco), que a iniciativa privada � pai, m�e, av� e av�, sen�o bisav� e bisav�, do progresso social e econ�mico de uma sociedade.
Ao mesmo tempo, por causa da minha liga��o com causas sociais (m�rito da generosidade da minha m�e, que me ensinou a import�ncia da caridade), sempre reconheci a import�ncia do Estado nessa equa��o. Sou dos que pensam que Estado n�o tem de ter tamanho (grande ou pequeno); tem de ter fun��o e produtividade, simples assim.
Quando o Novo surgiu, apesar de nunca ter me filiado ou militado no partido, sempre me identifiquei com seu posicionamento geral e sempre apoiei os candidatos que conheci e que representavam minhas maiores convic��es. Destaco, especialmente, a deputada Laura Serrano, e o rec�m-eleito vice-governador Mateus Sim�es.
Em 2018, torci muito por Jo�o Amo�do, e votei no atual governador de Minas, que acaba de ser reeleito, novamente com meu voto, Romeu Zema. “Ah, Ricardo, ent�o voc� � Novo Futebol Clube”? Uma ova! Sou Clube Atl�tico Mineiro, a� sim, incondicionalmente, uma vez at� morrer.
Lamento muito a desintegra��o do partido. A ruidosa sa�da de Amo�do culminou, a meu ver, na indica��o de Luiz Felipe D’�vila como candidato � Presid�ncia. Bem, a despeito da capacidade t�cnica (excepcional) e experi�ncia profissional (melhor ainda) do mo�o, sua capacidade de comunica��o, carisma e conex�o com o povo conseguem ser ainda menores que a do Chuchu, e quem conhece a trajet�ria de ambos - Felipe e Alckmin - compreende o porqu� da compara��o. A foto abaixo ilustra perfeitamente meu ponto de vista a respeito do candidato que teve 0.50% dos votos v�lidos nesta elei��o.

Dentre tais aspira��es pol�ticas, entre outras, a principal � ser Presidente da Rep�blica. Ou ao menos tentar s�-lo, em 2026. Da� o t�tulo desta coluna. Como concorrer, em n�vel nacional, por uma legenda “morta-viva”, uma esp�cie de zumbi eleitoral (Putz! Como me d�i dizer isso)? Como concorrer, repito, em n�vel nacional, sem financiamento de campanha, sem coliga��es partid�rias amplas, sem palanques regionais, sem… sujar o sapat�nis? O Novo, � bom lembrar, estar� sem tempo de TV, inclusive participa��o em debates, por causa da Cl�usula de Barreira. Como manter Zema no partido, ou melhor, como Zema se manter nele? Essa � uma quest�o que, cedo ou tarde, ambos ter�o de enfrentar e resolver.
Hoje, muitos especulam, at� de forma a�odada e leviana, na minha opini�o, principalmente porque mal come�ou o segundo turno, que Zema deveria se filiar ao PL. Da�, “eu com meu eu”, pergunto, gritando e quase me socando: PL?!?! De Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto? De Nikolas e Engler? De Dudu Bananinha? Se uma trag�dia dessas ocorresse, ainda que entendendo o jogo pol�tico-eleitoral, eu, este mero palpiteiro que muito mal vos escreve, acordaria correndo - como naqueles sustos durante o sono, que nos fazem saltar na cama - do sonho de ver um mineiro limpo, competente e representante das minhas ideias e ideais presidente do Brasil.
Sim, 2026 est� longe, mas uma candidatura nacional come�a a ser constru�da no dia seguinte da elei��o do novo presidente, ou seja, daqui a menos de 30 dias. O futuro de Zema ser� definido por ele mesmo, obviamente, e por aqueles que o cercam, mas parece estar cada vez mais distante do futuro do partido que hoje lhe abriga e que lhe abriu as portas da pol�tica.
Posso estar errado? Opa! N�o s� posso como tor�o para isso. Mas tor�o, mais ainda, pelo bem do Pa�s. Adoraria ver Zema presidente, e se n�o pelo Novo, que jamais seja ao lado de Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto, Ciro Nogueira e outros da esp�cie. “Do lado de quem, ent�o, Ricardo, se para todo lado s� tem isso a�”?. Bem, a� � com o Chico Bento; n�o � problema meu. A parte que me cabe � votar nele, desde que esteja em boa companhia.