Elei��es 2022, primeiro turno: Lula vence, mas � Bolsonaro que sai ganhando

O bom da internet � que ela n�o nos deixa mentir. E quando mentimos, ela vem e nos desmente. Como n�o suporto nem ouvir falar os nomes dos dois embustes que disputam a Presid�ncia da Rep�blica, fico sempre muito � vontade para opinar da forma que sinto e penso, sem querer privilegiar um ou outro. Por mim, repito, iriam ambos para a lata de lixo mais distante o poss�vel do Brasil. Pena que 70% dos eleitores n�o pensem assim.

As urnas n�o surpreenderam, pois deram a vit�ria ao meliante de S�o Bernardo, conforme adiantado por absolutamente todos os institutos de pesquisas s�rios do Pa�s, que erraram, parcialmente, ao preverem os votos do verdugo do Planalto, em m�dia, considerando a margem de erro, 5% menores. J� o Datapovo, do “mito”, errou feio, e estranho seria o oposto, j� que previa a vit�ria, no primeiro turno, do pr�prio devoto da cloroquina.

No 7 de setembro passado, escrevi um texto intitulado “Brasil tem novo l�der pol�tico, e � Bolsonaro. Lula j� era”. N�o me lembrava de uma quantidade t�o grande de pessoas nas ruas (cerca de 200 mil em todo o Pa�s; jamais 1 milh�o como dizem os bolsominions). E a multid�o n�o saiu de casa pela Independ�ncia de Ban�nia, mas pelo Messias. Para mim, restou claro que Jair Bolsonaro havia se tornado, de fato, o maior l�der pol�tico do Brasil.

Voltando �s urnas, e ligando agora os tr�s par�grafos iniciais, a elei��o de dezenas de candidatos bolsonaristas Pa�s afora, cujo �nico m�rito foi ser apadrinhado pelo patriarca do cl� das rachadinhas e das mans�es milion�rias compradas com panetones e dinheiro vivo, entre eles o “astronauta”, em S�o Paulo, o ultra-mega-hiper reacion�rio asqueroso Nikolas, em Minas Gerais, al�m da Damares, no DF, comprovou minha previs�o.

A vit�ria do ex-ministro Tarc�sio de Freitas sobre o poste de presidi�rio Fernando Haddad ï¿½ outro exemplo gigante, bem como a vit�ria do governador do Rio, Cl�udio Castro, em primeiro turno (e Rom�rio, do PL, reeleito senador), e da disputa acirrada no Esp�rito Santo, com o candidato bolsonarista em segundo lugar, al�m de Cleitinho - sim, Cleitinho! - eleito senador em Minas Gerais com mais de 4 milh�es de votos.

Todos estes, e mais dezenas de eleitos com vota��es gigantescas (General Mour�o, Magno Malta, Jorginho Mello, entre outros) s�o prova inequ�voca do tamanho do bolsonarismo no Brasil, infelizmente. E ainda que o chef�o do mensal�o e do petrol�o ven�a, a for�a da oposi��o - aguerrida, ferrenha e de baix�ssimo n�vel republicano - tornar� o Pa�s um inferno nos pr�ximos quatro anos. 

Para quem sonhava com o fim das elei��es j� neste domingo, 2 de outubro, recebeu de quebra, al�m de quase mais um m�s de campanha eleitoral - PQP!! -, um Congresso Nacional dos horrores. Apertem, pois, os cintos, que 2026 j� come�ou, e nada indica que ser� menos pior. Aff…