
Ouvimos muito sobre voto �til nestes �ltimos dias. Ciro Gomes, o coron� cabra-macho, ficou bravo, anunciou um pronunciamento e… pediu voto �til. Nele, � claro. Mas pergunto: qual a utilidade de votar num eterno coadjuvante e perdedor?
Voto �til, a meu, como o pr�prio nome diz, � votar em um candidato que far� algo por mim, por minha cidade, por meu estado, por meu pa�s. Irei votar com gosto para deputado estadual e federal, cargos que, infelizmente, s�o ignorados pelo eleitor.
Irei votar, tamb�m, com muito gosto para governador. Para senador, se eu votar, pois ainda n�o me decidi, n�o ser� com gosto, n�o. Talvez reveja meus conceitos - e preconceitos - e admita votar. J� para presidente da Rep�blica, nem sob tortura medieval.
Releia o primeiro par�grafo. Onde ali indica que eu possa votar ou em uma desgra�a ou em uma cat�strofe? A �nica diferen�a entre o chef�o do mensal�o e do petrol�o e do patriarca do cl� das rachadinhas e das mans�es � o grau de escrotid�o - um � mais que o outro!
“Ah, Ricardo, qual � o menos pior?”. Sem a menor sombra de d�vidas, o sapo barbudo. O devoto da cloroquina � simplesmente repugnante. “Ent�o por que voc� n�o vota nele (Lula)?”. Porque jamais cairei na armadilha do “voto-v�mito” outra vez.
A excelente Cristina Serra, em artigo n�o menos excelente, cunhou o termo que adotei: voto-v�mito. Genial. Em 2018, no segundo turno, por ojeriza � cleptocracia lulopetista, votei nesta merda que a� est�. E ainda que n�o me arrependa, jamais me perdoarei.
Por isso, meus amigos e amigas, meu voto �til vai para… o nulo! Ou o branco. No m�ximo, para Simone Tebet como forma de incentivo. Eis a maior utilidade do meu voto esse ano: n�o ajudar a eleger Lula ou Bolsonaro. N�o praticar, dessa vez, o tal voto-v�mito.
Como perguntei acima, o que ambos t�m a oferecer sen�o o que j� conhecemos e que n�o gosto nem um pouco? Mas assim penso eu, claro, e ningu�m precisa ou deve pensar igual. Portanto, aos diferentes, bom voto! V�o e voltem em paz. Elei��o n�o � guerra.