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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

Elei��es: Padre Kelmon, Lula, Bolsonaro: debate da Globo desnuda o Brasil

Severino Cavalcanti j� foi o presidente do Congresso Nacional. Jamais subestimem o eleitor brasileiro e sua capacidade �mpar de manter o Pa�s no buraco


30/09/2022 15:02 - atualizado 30/09/2022 15:02

Candidatos à Presidência
Artistas do circo dos horrores Brasil (foto: Marcos Serra Lima/g1)
A senadora e franco-atiradora Soraya Thronicke, nos debates em que participou, usou e abusou de in�meras formas populares de comunica��o: pegadinhas, ironias, provoca��es, frases de efeito e at� brincou de “o que �, o que �?”. Na Band, por exemplo, enquadrou Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto. No SBT, tendo o mesmo alvo, pregou-lhe a pecha de “vara curta”. Ontem, na Globo, mirou a metralhadora no Padre Kelmon, a quem, de prop�sito, chamou de Kevin, Kalvin e Kelvin at� que, finalmente, de “candidato padre”.

Pois bem. O tiro sai pela culatra! Ao fazer picadinho do padre de araque durante quase todo o debate, a sedizente “on�a” jogou a luz de todos os holofotes do bel�ssimo est�dio global sobre o fals�rio. Padre Kelmon teve n�o apenas 3 minutos de fama, mas 3 blocos inteiros, e tornou-se, assim, o protagonista da noite. Ciro e Tebet foram, segundo medi��o em tempo real da Quaest, os melhores na opini�o dos eleitores. Lula e Bolsonaro, por �bvio, os mais comentados. Mas a nota de 7 reais de batina foi a grande, digamos, sensa��o.

A nova sub-sub-sub celebridade pol�tica n�o ir� al�m do que j� foi; pelo menos nessas elei��es, pois nas pr�ximas, seguramente ser� eleito vereador, e depois, deputado, quem sabe, senador, e at� mesmo, um dia, presidente da Rep�blica, haja vista os dois principais favoritos ao cargo. Exagero meu? Ora, por qu�? Lula construiu uma imagem, percorreu um caminho e deu no que deu. Bolsonaro, idem. Por que o Padre Quevedo, digo Kelmon, n�o pode repetir o passado? O Brasil, por acaso, aprendeu a li��o ou qualificou seu voto?

Al�m do mais, convenhamos, em termos de conte�do, cultura geral, postura e at� mesmo (i)moralidade - o padre surrupiou dinheiro p�blico, recebendo indevidamente o Aux�lio Brasil durante a pandemia de coronav�rus -, os tr�s se equivalem. Ah! Nenhum deles � capaz, tamb�m, de produzir uma frase com sujeito, verbo e predicado, que signifique algo concreto ou expresse adequadamente um pensamento ou fato. E neste quesito espec�fico, ainda que sofr�vel, o religioso do Paraguai fala melhor, quero dizer, menos pior que Lula e Bolsonaro.

Eis a� o tamanho da nossa encrenca pol�tica atual. Estamos prestes a empossar no Planalto o maior ladr�o de dinheiro p�blico j� visto na hist�ria do ocidente democr�ritco. Se n�o for ele, ser� o sociopata, negacionista e golpista que chefia o cl� das rachadinhas e das mans�es milion�rias, compradas com panetones e dinheiro vivo. E ao lado destes, como novo destaque da pol�tica tupiniquim - como j� foi, um dia, En�as Carneiro, Levi Fidelix, Eymael e o Cabo Daciolo (onde est� ele, hein?) - Padre Kelmon. 

Dos assuntos mais pesquisados na internet, hoje, est� o candidato padre, ou padre de festa junina. Se na B�blia Deus � onipresente, nas redes � o (conto) do vig�rio. Repito: o oper�rio agitador, ap�s d�cadas, tornou-se presidente. O ex-militar med�ocre, ap�s d�cadas, tornou- se presidente. Palha�os, jogadores de futebol, artistas, habitam a C�mara e o Senado. Nos EUA, atores chegaram � Presid�ncia e ao governo do estado mais rico do pa�s, a Calif�rnia. Severino Cavalcanti j� foi o presidente do Congresso Nacional. Jamais subestimem o eleitor brasileiro e sua capacidade �mpar de manter o Pa�s no buraco.

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