N�o gostar de Lula, como n�o gosto, n�o me impede de elogiar o que diz

N�o gosto de Lula, o pol�tico, a quem chamo de meliante de S�o Bernardo. N�o gosto de Lula, o ex-presidente, a quem reputo l�der do maior esquema de corrup��o do mundo. N�o gosto de Lula, o homem, a quem, pela hist�ria, considero p�ssimo exemplo de vida. Contudo, n�o reconhecer, hoje, que perto de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, o petista �, em todos os quesitos acima, menos pior, seria muita cegueira ou fanatismo.

Nunca votei em Lula e no PT em toda a minha vida, e provavelmente jamais votarei. Nem agora, que a mera possibilidade de reelei��o deste delinquente moral me arrepia os inexistentes fios de cabelo, consigo admitir tal hip�tese. Petistas me dizem que, assim, estou ajudando o patriarca do cl� das rachadinhas e das mans�es milion�rias compradas com panetones e dinheiro vivo. N�o creio. E mesmo que verdade fosse, sinto muito.

Acabo de assistir � entrevista do chef�o do mensal�o ao, muito mais que editor e amigo, competent�ssimo jornalista, Benny Cohen, no Jornal da Alterosa, emissora do Grupo Di�rios Associados, um dos maiores conglomerados de comunica��o do Pa�s, que gentilmente me abriga, j� h� seis anos, em seus s�tios eletr�nicos (Estado de Minas Digital e Portal UAI), e em breve, se nenhum evento catastr�fico impedir, na pr�pria TV Alterosa.

N�o reconhecer como verdade, ainda que, aqui ou ali, digamos exagerada, os dados e fatos apresentados pelo candidato do PT; n�o elogiar sua postura cordial e democr�tica em rela��o ao governador de Minas, Romeu Zema, e ao pr�prio estado; n�o enxergar muito mais consist�ncia em suas palavras (at� porque n�o s� ofensas e agress�es) do que nas de Bolsonaro, como disse acima, seria cegueira ou fanatismo.

N�o vou falar sobre promessas, pois nunca acredito no que um pol�tico promete. E nunca me arrependi, ali�s, de n�o ter acreditado. Nunca me senti injusto por isso. Tamb�m n�o vou falar sobre a falta de perguntas diretas sobre corrup��o e outros temas espinhosos na entrevista, pois j� � tudo sabido e devidamente explorado na campanha e nos debates. Achei acertada a linha editorial: focar nas propostas para Minas Gerais.

Assisti, igualmente, � entrevista do presidente Bolsonaro ao n�o menos competente Ricardo Carlini, tamb�m na Alterosa. Chamou-me a aten��o fatos negativos, como a necessidade de ter o governador Zema a tiracolo e as costumeiras grosserias desmedidas. Carlini, a meu ver, foi igualmente generoso com o amig�o do Queiroz, poupando-o de assuntos que seriam, como direi?, deselegantes tratar - � obriga��o ser cort�s com o convidado.

Quem me conhece ou me acompanha no UAI, Estado de Minas, Isto� e R�dio Itatiaia sabe que, entre Lula e Bolsonaro, escolho o NULO. Ambos representam tudo aquilo que n�o quero para mim e meu Pa�s. Na segunda-feira, dia 1 de novembro, vestirei preto em sinal de luto, ven�a a porcaria que vencer. Mas tor�o, sim, pela derrota do monstro que a� est�, ainda que signifique a vit�ria de quem jamais gostaria de ver presidente do Brasil.