Vem a� o presente que a torcida tanto espera: SAF do Galo est� mais pr�xima

Nos �ltimos dias, a dura realidade do futebol brasileiro e do pr�prio Clube Atl�tico Mineiro bateu �s portas de seus milh�es de fan�ticos torcedores. Not�cias pouco alvissareiras sobre atraso de sal�rio, fracasso parcial na venda do Diamond Mall e especula��es sobre a futura SAF ganharam as manchetes dos sites esportivos, dando a impress�o de que a mar� havia virado contra o multicampe�o nacional de 2021 e 2022.

A delicada situa��o financeira do Galo n�o � segredo para ningu�m. Afundado em d�vidas herdadas de gest�es anteriores, o Atl�tico s� n�o faliu e se viu no lugar que ocupou o rival celeste nos �ltimos anos por causa da diretoria que assumiu o clube em 2020, e o apoio empresarial e financeiro do grupo conhecido como 4Rs (Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimar�es e Renato Salvador), mecenas que emprestam dinheiro, sem juros, ao Galo.

Ap�s um ano menos vitorioso, em que desportivamente as coisas andaram de lado (dois t�tulos “apenas”: Supercopa, sobre o Flamengo, e Campeonato Mineiro, sobre o Cruzeiro), as not�cias fora do campo ganharam contornos negativos nos �ltimos meses e levantaram suspeitas sobre o futuro do alvinegro: 

O offthepitch.com, publica��o digital de not�cias do futebol internacional, especializada no multibilion�rio mundo dos neg�cios entre grandes clubes do planeta, em mat�ria exclusiva, de autoria do seu correspondente s�nior, James Corbett, apurou que Peter Grieve, um ex-banqueiro do prestigiado Goldman Sachs, est� mesmo lan�ando um fundo com potencial inicial de capta��o de 1 bilh�o de d�lares, para investimento direto em equipes de futebol.

As informa��es iniciais d�o conta de que Grieve formou um time de co-gestores com larga experi�ncia em corpora��es globais, como o antigo “head” da Adidas na �sia, um executivo s�nior da European Club Association, um propriet�rio-presidente de clube da Champions League, um chefe de delega��o de pa�s participante de recentes Copas do Mundo, al�m de um executivo com participa��o societ�ria bilion�ria no mercado esportivo norte americano.

O Atl�tico � um dos clubes que interessam ao fundo, mas nem Grieve nem o Galo informam maiores detalhes, j� que r�gidas regras de “compliance” e de sigilo costumam pautar esse tipo de transa��o. Fato � que, sim, o Galo est� em tratativas avan�adas com o investidor, sendo assessorado pelo Banco BTG, especialista em fus�es e aquisi��es, pela EY, uma das maiores empresas de consultoria do mundo, e por um dos mais renomados escrit�rios de advocacia do Pa�s, o mineiro Azevedo Sette.

O que se sabe at� o momento � que o Clube Atl�tico Mineiro ser� s�cio do neg�cio, com participa��o expressiva e poder de gest�o sobre o futebol (como quer a torcida), e que, provavelmente, Menin e Guimar�es ser�o acionistas, trocando a d�vida milion�ria que tem a receber por um percentual das a��es. Ao que tudo indica, portanto, a Sociedade An�nima de Futebol do Atl�tico ser� n�o apenas in�dita no Brasil, mas a melhor at� ent�o.

Se o fundo de Peter Grieve se tornar de fato o adquirente da maioria das a��es da SAF atleticana, tanto melhor, pois tudo indica que ser� nos moldes de investidor, e n�o de gestor. Ou seja, vem com apetite para investir, sim, mas manter� os atleticanos administrando o futebol. Al�m do mais, como j� anunciado, o patrim�nio imobili�rio do clube (sede de Lourdes, Vila Ol�mpica e Labareda) n�o far� parte do neg�cio. A Arena MRV e a Cidade do Galo s� entrar�o se trouxerem ganhos para o futebol, e tudo ainda precisar� ser avaliado pela Diretoria Executiva e pelo Conselho Deliberativo do Atl�tico.

� mais do que sabido que, sem a SAF, a situa��o do alvinegro se agravaria sobremaneira. � muito dif�cil, para n�o dizer imposs�vel, imaginar que empres�rios de sucesso, advogados conceituados, um banco e uma consultoria dos maiores do planeta, juntos, como ocorre hoje no Atl�tico, n�o s�o capazes de conduzir, dentro do que h� de melhor no mundo dos neg�cios, o Galo rumo a um acordo societ�rio vantajoso e, o mais importante, duradouro e promissor. 

Por fim, imaginar que atleticanos apaixonados, que empenharam seus bens pessoais - e os pr�prios nomes! - para conduzir o Galo ao topo do futebol nacional, colocariam em risco o futuro do clube, chega a ser absurdo, para n�o dizer loucura. Portanto, podem comemorar muito, sim, torcedores atleticanos, porque 2023 tem tudo para ser o “ano do Galo”, para o desespero de muita gente preta e branca por fora, mas azul celeste por dentro.