O primeiro ano do resto de nossas vidas: parab�ns, Galo, por seus 114 anos

Se em 25 de mar�o de 1908, um pequeno grupo de jovens fundou um dos maiores e mais importantes clubes de futebol do planeta, em 2020, um pequeno grupo de senhores se uniu para evitar a morte iminente desta institui��o gloriosamente centen�ria.

N�o fossem os abnegados Rafael e Rubens Menin, Ricardo Guimar�es, Renato Salvador, Sergio Coelho e Jos� Murilo Proc�pio, seguramente, hoje, estar�amos amargando nossos piores dias, � beira de uma fal�ncia certa e do fim do Clube Atl�tico Mineiro.      

A partir destes seis inesquec�veis alvinegros, o Galo ressurgiu como F�nix - das cinzas do Afogados - e iniciou a subida mete�rica, rumo aos p�ncaros do Olimpo do futebol brasileiro, conquistando absolutamente todos os campeonatos nacionais que disputou.

Em 2021, assim como em 2013, o Galo e os atleticanos se libertaram de um peso injusto e descomunal, que os criminosos de terno e gravata, em conluio s�rdido com os criminosos de uniforme preto, e posteriormente amarelo, acorrentaram aos seus p�s.

Ap�s a costumeira conquista do campeonato mineiro, o t�o sonhado bicampeonato nacional foi mero aperitivo para o bi da Copa do Brasil e para a in�dita e inigual�vel Supercopa, sobre o maior rival, ap�s mais de vinte intermin�veis e insanas cobran�as de p�naltis.

N�o � exagero dizer, portanto, que o Atl�tico renasceu em 2021, ou que foi refundado. Hoje � o Clube mais respeitado do Brasil; o mais temido na Am�rica do Sul, e o atual recordista mundial de vit�rias consecutivas em jogos como mandante.

Por outro lado - fora das quatro linhas - um time de profissionais de primeir�ssima grandeza conduz o nosso Galo, com selo ‘triplo A’ de governan�a corporativa, enquanto a arena mais moderna do continente vai sendo edificada a passos largos.

O Atl�tico, em dois anos, deixou para tr�s as administra��es familiares desastrosas que o levaram � pr�-bancarrota; a pecha de um time que chegava, chegava e n�o conquistava, e, finalmente, o mais importante: a fama de clube amador e caloteiro.

Sim, � verdade, h� ainda muitos desafios pela frente. H� uma d�vida assustadora, que se n�o for equacionada com a venda do Diamond, a posterior mudan�a do estatuto e outras provid�ncias mais, poder�o nos atirar na vala comum dos clubes quebrados.

Nossa sorte, ou melhor, nossa grande b�n��o, � termos atleticanos com dinheiro, tempo, experi�ncia profissional e desprendimento suficientes para ajudar o Clube, sem vaidade!!, que v�m equacionando o fr�gil fluxo de caixa, at� uma solu��o final.    

Apenas uma cat�strofe inimagin�vel nos faria regredir aos tempos em que certos populistas irrespons�veis e bravateiros, preocupados apenas com nome e sobrenome de fam�lia, com emprego e sal�rio de parentes e amigos, mandavam e desmandavam no Galo.

Pessoas que sobrevivem milagrosamente a acidentes ou a doen�as fatais costumam dizer: ‘nasci de novo’. Pois bem. O Galo nasceu de novo! � um beb�, de 114 anos, com um futuro brilhante e jamais sonhado pela frente. Ali�s, para sempre!

Os 4 R’s e a dupla Coelho & Proc�pio inauguraram um ciclo virtuoso que ir� culminar em uma SAF ‘de verdade’, onde mais que sa�de financeira e governan�a corporativa, haver� certeza de grandes conquistas, ainda que, para atleticanos, isso seja o menos importante.

Em 25 de julho de 2013 eu disse: pronto; j� posso morrer em paz. Ainda bem que Deus n�o me ouviu, pois estava completamente enganado. J� em 2 de dezembro de 2021, eu disse: pronto; j� posso morrer em paz. Novamente, Papai do C�u n�o me deu ouvidos.

Hoje, 25 de mar�o de 2022, eu digo: preciso viver pelo menos mais 16 anos, para assistir aos jogos do meu Gal�o querido, da minha cadeira cativa, no meu est�dio - a Arena MRV. Feliz anivers�rio, Clube Atl�tico Mineiro! Como diria o genial Spock: ‘vida longa e pr�spera’.