
Quem me acompanha sabe o desprezo que nutro por Jair Bolsonaro e sua horda fan�tica. Em 2018, NO SEGUNDO TURNO, n�o aderi � candidatura dele, mas ao combate ao PT. A hip�tese de assistir � continuidade do maior esquema de corrup��o da hist�ria do ocidente democr�tico me fez - argh! - apoiar e votar no agora ineleg�vel.
Sofri, talvez como poucos, no ano passado. No auge da polariza��o insana que tomou conta do Pa�s, desfiz amizades muito caras, as quais, sinceramente, n�o me fazem a menor falta. Senti na pele a press�o de gente muito, mas muito poderosa, � �poca tomada pelo histerismo coletivo: “vamos virar a Venezuela”.
Combati, resisti e sobrevivi. Cresci monumentalmente aos olhos do meu espelho. Aos olhos dos outros, sinceramente, t� me lixando. Com a inelegibilidade do “mito”, minha felicidade s� n�o � completa porque temos quem temos na Presid�ncia da Rep�blica. Mas � justo reconhecer que, diante do desastre que se aproximava, � o menos pior.
Mal iniciamos 2023 e a corrida eleitoral de 2026 j� come�ou. Tarc�sio de Freitas, Romeu Zema, Michelle Bolsonaro, Fernando Haddad, Geraldo Alckmin, Janja… � esquerda e � direita abundam nomes, e isso n�o seria o menor problema - ao contr�rio, � salutar - se esses nomes n�o estivessem umbilicalmente atrelados a Lula e Bolsonaro.
N�o h� por que n�o surgirem lideran�as pol�ticas independentes destes dois sat�lites do mal. O Brasil � muito grande para continuar ref�m do atraso, e o n�mero de eleitores que n�o votaram nem em um nem em outro prova que � poss�vel, sim, uma “terceira via”. Por�m, para isso, � necess�ria uma agenda e um projeto verdadeiramente novo. Do contr�rio, em 2027, estarei aqui, outra vez, repetindo essa ladainha furada.