Dizer que “nem Freud explica” � chover no molhado. O caso do Am�rica � mais grave e hoje a gente vai precisa colocar o Coelho no div�. Meu Deus. Ali�s, Deus n�o tem nada a ver com isso. Olha s�, caro torcedor, eu vou te falar com toda neutralidade e sensatez do mundo, e n�o � figura de linguagem n�o: prefiro enfrentar o Real Madrid ao Atl�tico Mineiro.
A gente n�o entende mesmo o que ocorre. Queria aqui te dar uma justificativa aceit�vel, mas n�o d�. Contra nosso maior rival, que hoje em dia tem pouco medo da gente, � sempre assim, uma sina. Quando jogamos bem, a sorte n�o ajuda. Se a sorte ajuda, a arbitragem atrapalha – o que n�o ocorreu desta vez, sejamos francos.
Parece-me mesmo uma maldi��o. Alguma coisa inexplic�vel acontece quando o Am�rica enfrenta o Atl�tico. E nem vou recorrer �quelas supersti��es de cabe�as de burro enterradas na grama porque eles tamb�m jogam no nosso est�dio. Como raios a maldi��o iria saber quem prejudicar? Seria muita sacanagem, c� entre n�s. � rir mesmo, para n�o chorar.
Nos esfor�amos de uma forma diferente, tivemos solidez no meio, incomodamos, tentamos de tudo. E a�, eles jogam tranquilos, com a certeza de que, como um passe de m�gica, uma in�rcia inexor�vel (falei bonito para espantar a zica) far� a vit�ria chegar. E ela chega mesmo, incr�vel. Eu n�o vou citar nomes, mas que dormida da zaga foi aquela? Gol de pelada, falha pat�tica.
Precisamos criar um departamento de terapia em grupo e apostar em todas as op��es dispon�veis, das cient�ficas �s religiosas: reprograma��o mental, neurolingu�stica, psican�lise, constela��o familiar, terapia comportamental, coaching, Santo Daime...
Vale qualquer tipo de culto, cren�a ou energia positiva para limpar de vez esse encosto que nos persegue como um fantasma alado preto e branco, uma nuvem de fuma�a eterna no nosso cangote. Vamos levar os jogadores, comiss�o e dirigentes para um banho de sal grosso ou uma limpeza espiritual em Machu Picchu. Alguma coisa tem de ser feita!
Nem acho que est� tudo perdido, e � not�rio que a atua��o contra os galin�ceos foi mil vezes melhor do que o vexame no Nordeste contra o Fortaleza. A semana � de reflex�o. Fomos do c�u ao inferno em dois jogos. Zero ponto em duas partidas e o sinal de alerta ligado – de novo.
Agora, � aproveitar para treinar, catar os cacos e focar apenas no pr�ximo advers�rio, um confronto direto na parte de baixo contra o Sport, na segunda-feira, em BH. Semana que vem tem mais sess�o no nosso div� verde e branco (o preto a gente esquece, por ora, se � que me entende). Sauda��es americanas!