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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Boa administra��o aproxima Am�rica do clube-empresa

Coelho s� est� nessa situa��o de equil�brio porque h� um bom tempo sua gest�o � pautada pela racionalidade


08/02/2022 04:00



Muito se fala sobre a possibilidade de salva��o e reconstru��o financeira de clubes com a modalidade empresa, ou, formalmente, a transforma��o na SAF (Sociedade An�nima de Futebol). Superv�lido para algumas situa��es, mas, por outro lado, � bem arriscado acharmos que apenas esse status far� com que grandes times do passado, como o Cruzeiro, por exemplo, voltem a ser o que eram.

� preciso, primeiro, imaginar que a transforma��o em empresa, de fato, deve ser a consequ�ncia de uma boa heran�a administrativa, um novo passo que dar� muito mais certo se a casa estiver arrumada e a administra��o anterior tiver sido p� no ch�o, profissional e pragm�tica. Talvez seja a soma desses fatores que far� clubes emergentes como o Am�rica a saltarem um degrau real rumo ao gigantismo.
 
 
jogadores do América
As boas coloca��es no Campeonato Mineiro, Copa do Brasil, Brasileiro e a vaga na Libertadores s�o frutos da boa gest�o no Am�rica (foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS )
 
A verdade � que o clube-empresa n�o deve vir para salvar ningu�m, mas para potencializar algo que j� funciona, mesmo ainda em modelos tradicionais, como no Am�rica, que est� onde est� por j� pensar e agir como uma empresa desde que se reestruturou no final da primeira d�cada do s�culo, ap�s quase acabar em 2007, quando chegou a disputar a S�rie B do Mineiro e correu o risco de cair para a s�rie D.

Muitas vezes, as decis�es necess�rias, pensadas de acordo com a capacidade do momento, reverberaram como n�o populares por parte da torcida. Foi preciso muita paci�ncia. Em alguns momentos, parecia n�o fazer sentido a impress�o (refor�o, impress�o) que dava de que o Am�rica nunca iria sair do lugar. O que estava sendo feito, na pr�tica, era uma reestrutura��o que demandava frieza, racionalidade, dados, projeto, estat�stica e engenharia financeira sustent�veis.

E, muitas vezes, esse tipo de a��o em um meio como o futebol – permeado desde sempre por m�fia, dirigentes folcl�ricos, pol�ticos e cartolas escusos – n�o repercutia em t�tulos ou em grandes feitos. Mas o americano soube esperar, e os resultados dessa atitude empresarial e quase acad�mica da gest�o do clube geraram efeito e, hoje, o c�u � o limite para o Coelho. Nos �ltimos dez anos, oscilamos em um sobe e desce na S�rie A que parecia n�o ter fim. De repente, pimba! Voc�s j� pararam para pensar? Estamos na Libertadores, fomos para a semifinal da Copa do Brasil em 2021 e ficamos em oitavo no Brasileir�o. Hoje, n�o tememos nenhum time do pa�s.

O que foi feito, em resumo, te explico: negociamos terrenos de forma correta, aqueles que n�o faziam sentido mais (elefantes brancos). Geramos liquidez e cr�dito para trabalhar. Acertamos no projeto financeiro com o Boulevard Shopping, onde temos uma linda loja e escrit�rio administrativo. Investimos em comunica��o e marketing com estrat�gia – fundamental para a expans�o de marcas e manuten��o de posicionamento nos dias de hoje. Reformamos nosso bel�ssimo e pr�prio est�dio e agora o temos praticamente s� para n�s.

E n�o para por a�. Em uma a��o in�dita – mostrando cabe�a aberta para as tend�ncias de um mercado cada vez menos nepotista e amador –, o Am�rica chegou a contratar uma empresa especializada em recursos humanos e recrutamento executivo, a Tailor, comandada pelo jovem empreendedor Bruno da Matta Machado, conhecido l� da �poca de Col�gio Santo Agostinho (boa coincid�ncia).

Ali�s, em um papo ontem com Bruno sobre esse modelo, ele foi enf�tico em dizer que este tipo de inova��o � qual o Am�rica se abriu � sinal s�lido de mudan�a na cultura corporativa de um clube que quer ser muito grande, e que isso � um imenso passo, o que corrobora com a tese acima de que a diretoria pensa, h� muito, em fazer futebol de forma racional, quebrando paradigmas e com foco em trazer profissionais que gerem resultados, com base em dom�nio t�cnico e qualidade no que fazem.

A tend�ncia � essa e � preciso enaltecer tudo o que ocorreu com o Coelho nos �ltimos dez anos. Agora, o campo est� aparado para que novas transforma��es ocorram, e de forma bem-sucedida. Profissionalismo � a palavra, em qualquer mercado. Desse jeito, quem “lucra” mesmo � a torcida.

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