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Estado de Minas MARKETING

Limites para a pr�tica de liga��es telef�nicas para potenciais clientes

Uma onda de liga��es de empresas do mesmo segmento cria irrita��o profunda, tira a tranquilidade, cria clima de revolta e macula a imagem das empresas


15/11/2020 06:00 - atualizado 18/11/2020 08:00

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)


H� uma verdade que � reconhecida em todas as organiza��es, que � necessidade de atingir os seus objetivos de vendas e de prefer�ncia super�-los constantemente. Ter um planejamento de marketing e, dentro dele, um plano de vendas e de comunica��o � quest�o fundamental.

Assim se tem um referencial seguro sobre para onde a empresa caminha, o ritmo em que essa caminhada ocorre no transcorrer do ano. 

Peter Drucker, autor consagrado e referencial no mundo dos neg�cios, sempre defendeu que “a meta do marketing � conhecer e entender o consumidor t�o bem, que o produto ou servi�o se molde a ele e se venda sozinho”.

Muitas empresas, por�m, n�o cumprem importantes aspectos formais j� reconhecidos no mundo do marketing e deixam com que as suas equipes de linha de frente atuem de forma incorreta, e em muitos casos, at� mesmo de maneira vergonhosa, colocando em risco tudo, at� a sua imagem perante os seus clientes e todo o mercado.

Essas empresas extrapolam o que chamamos de vendas agressivas e chegam ao n�vel das vendas for�adas, desequilibradas e entram negativamente no campo da �tica.

O objetivo nessas organiza��es deixa de ser o do atendimento de alto padr�o, a presta��o de servi�os de qualidade com o objetivo de satisfazer aos clientes, e passam por cima de tudo isso para tentar alcan�ar metas desesperadoras, desenvolvidas �nica e exclusivamente para atingir resultados financeiros, n�o com pessoas, mas com nomes de pessoas, que se transformam simplesmente em um n�mero qualquer, numa lista tirada de um banco de dados comprado, ou obtido de outras formas.

Um exemplo disso s�o as empresas do segmento banc�rio, que muitas vezes s�o ag�ncias terceirizadas, usando o nome forte das institui��es banc�rias, incumbidas de fazer essa opera��o, para tentar convencer cidad�os aposentados a fazerem empr�stimos, o conhecido cr�dito consignado. 

No Brasil, os aposentados e pensionistas do INSS podem usar o seu sal�rio ou benef�cio para fazer empr�stimos, ou usar a margem dispon�vel. Isto seria uma �tima ideia se n�o fosse uma a��o que est� se tornando tr�gica para milh�es de aposentados no Brasil. Os bancos tentam pegar para si o m�ximo dos empr�stimos e renova��es de consigna��o

A� come�a o sofrimento dos aposentados. As empresas, l�nguidas por pegarem a sua parte nessas opera��es, disparam uma rajada de telefonemas aos pensionistas do INSS, oferecendo o tal do “consignado”. As empresas n�o aceitam um “n�o”, como resposta.

Os operadores de telemarketing das empresas ligam insistentemente, desesperadamente para as pessoas, oferecendo os servi�os. Por mais que os aposentados neguem, eles insistem.

V�rias empresas diferentes ligam no mesmo dia, e at� na mesma hora, acabando completamente com a paz e a tranquilidade das pessoas aposentadas. 

N�o adianta bloquear o n�mero dos telefones, pois eles s�o parte de um sistema de PABX, com centenas e centenas de n�meros e, ao captar que um deles foi bloqueado, logo fazem chamadas por outro n�mero, pegando novamente o aposentado em cheio, oferecendo a eles a mesma coisa.

Para criar um drama maior, os profissionais dessas empresas s�o mal-educados, despreparados para se comunicarem, usam de cinismo, ofensa e at� arranjam argumentos para amea�arem as pessoas, fazendo delas uma esp�cie de presa.

V�rias pessoas j� comentaram comigo que passam por este sofrimento e que perderam totalmente a sua liberdade de usar normalmente o seu telefone celular, pois eles s�o invadidos por estas liga��es, que ocorrem, inclusive, � noite, nos s�bados e at� nos domingos.

Ao ouvirem um n�o como resposta, esses operadores ainda desligam o telefone na “cara dos clientes”.

V�rios tiveram que recorrer ao sistema de bloqueio de telemarketing do Procon, para se livrar desse enxame de liga��es e voltar a ter suas vidas.

Marketing precisa ser regido pela �tica, pelo respeito ao consumidor, pela vontade de satisfazer as necessidades e desejos dos clientes, levando a todos os melhores servi�os, fruto de atendimentos de excel�ncia. Fora deste conceito, deixa de ser marketing e passa a ser algo pernicioso �s pessoas. 

Eu recomendo a essas empresas enfurecidas por bater metas que planejem as suas a��es de vendas de forma t�tica, treinem os seus agentes e operadores, criem os devidos limites de acesso aos clientes, e pratiquem o que efetivamente � chamado de marketing de relacionamento. 

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