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Estado de Minas MAIS LEVE

A pombinha

"Nunca vou saber o prop�sito desse acontecimento, talvez nem haja um. Felizmente, n�o era uma pombinha branca, pois eu ficaria mais impressionada"


24/07/2022 04:00 - atualizado 24/07/2022 10:19

Ilustração
(foto: Pixabay)

 
Ultimamente, tenho me sentido como se estivesse dentro do filme “Os p�ssaros”, do cineasta brit�nico Hitchcock. Ou, pelo menos, o equivalente a 1% do que acontecia no enredo dessa hist�ria, de suspense absoluto, quase terror.  
 
Ainda bem, pois as cenas do filme s�o apavorantes, mostrando uma cidade totalmente dominada pelos p�ssaros. D� medo, mesmo.
 
No meu caso, ocorreu algo ins�lito, estranh�ssimo. Eu voltava de deixar meu filho na escola, ainda antes das sete horas da manh�. O c�u estava claro, com alguns raios de sol, mas n�o o suficiente para esquentar.
 
Eu estava sentindo um pouco de frio, mas meu filhote se recusou a colocar o agasalho. Por que os filhos nunca sentem frio?
 
Eu havia amanhecido bem disposta, pronta para come�ar um lindo dia. Como de costume, j� tinha feito os tr�s minutos da terapia do riso, aproveitando a privacidade proporcionada pelo ve�culo, de vidros fechados. Estendi at� cinco minutos.
 
Seguia sem nenhuma pressa, colocando em pr�tica as recomenda��es dadas aqui na coluna. A vida � muito curta para correr, sem ver o tempo passar.
 
Dirigia em ritmo lento, sem pressa, tentando pensar em um tema para escrever a cr�nica da “Mais Leve”. Foi a minha sorte, ou melhor, a sorte da pomba maluca. Explico j�.
 
Como eu ia dizendo, trafegava em ritmo lento, sem pressa de chegar. O tr�nsito estava fluindo, pois eu dirigia no sentido oposto ao do fluxo de ida para o trabalho, no Centro.
 
Quando passava por uma rua deserta, sem nenhum outro carro na pista, aconteceu o inesperado.

De repente, desceu dos c�us uma pomba vinda do nada, em alta velocidade. Deu um rasante e  aterrissou no meio da rua , exatamente em frente ao meu carro. Juro. Parecia cena de filme.
 
N�o dava tempo de desviar do estranho p�ssaro. Fui obrigada a parar bruscamente, sob pena, pena mesmo, literalmente, de atropelar aquela mensageira dos c�us.
 
N�o entendi do que se tratava. Seria uma pomba suicida? Desgovernada? Distra�da, feito eu mesma?

Nunca vou saber o prop�sito desse acontecimento, talvez nem haja um. Felizmente, n�o era uma pombinha branca, pois eu ficaria mais impressionada, passando por cima de uma mensageira da paz.
 
Carregaria o peso de n�o contribuir para acabar com a guerra contra a Ucr�nia, por exemplo. E ainda me tornaria uma assassina involunt�ria, numa manh� t�o bonita e despretensiosa.
 
Vai ver n�o era nada disso. A pombinha veio para mim trazendo no bico o tema da cr�nica. R�pida como veio, ela voou para o alto. Livre e leve. Nem deu tempo de agradecer.

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