Passou do ponto

Depois de perder o cl�ssico, o Cruzeiro ter� que juntar os cacos e buscar a montagem de um time para encarar o Internacional de Porto Alegre. O jogo ser� t�o complicado quanto o de domingo, porque exigir� concentra��o e competitividade. Ser� jogo para atleta em perfeita forma. Um dos problemas do time do Mano tem sido a utiliza��o de jogadores contundidos. Est� na cara que Thiago Neves e Robinho est�o jogando no sacrif�cio. N�o adianta tentar jogar com o nome, n�o adianta tentar ganhar jogo em rede social. Tem que lutar pelo resultado dentro de campo. Ent�o, que a comiss�o t�cnica fa�a um balan�o, converse com cada jogador. Quem n�o estiver bem, que fique de fora.

Mano Menezes fez o mais correto. Depois das reclama��es do camisa 9, o escalou para o cl�ssico. Mas ficou bem evidente que se de um lado a bola n�o chega, por outro o jogador n�o vive um bom momento t�cnico. O di�logo com a bola n�o rola. A canela tem jogado mais que o p�. Ent�o, n�o h� como definir de quem � a culpa. Os atacantes que chegaram n�o formam um conjunto, atuam de forma individual. O perfil de cada um n�o completa o do outro. 

Todo treinador corre um certo risco. At� quando se rende aos palpiteiros, ele sabe que, em caso de derrota, ficar� sozinho. Mano vai por outro caminho, investe no que pensa, no que acha correto. Tem personalidade. Mas acaba tendo que carregar o peso pela fase ruim. E convenhamos, � muito tempo sem vencer no Brasileir�o.

Mano Menezes disse que colocou a diretoria � vontade para liber�-lo. S� n�o disse sob quais condi��es, s� n�o disse com que diretor conversou. Afinal, o diretor que manda est� suspenso. E, c� pra n�s, pedir o bon� �s v�speras de uma decis�o contra o Internacional me parece aquele tipo de pegadinha. Se o clube embarca nessa, assume a responsabilidade em caso de trope�o. J� vi esse filme...

Mas, se de um lado o Cruzeiro teve seus problemas, por outro o seu advers�rio do �ltimo domingo contribuiu em muito para que o time da Toca se complicasse. Com uma zaga eficiente e um time com o esp�rito que o torcedor esperava. Jair deu personalidade ao meio-campo. Combate, toma a bola e completa o servi�o com passes perfeitos. O treinador Rodrigo Santana foi muito bem quando manteve o Vinicius na equipe, mesmo com a volta do Cazares. Outro que foi muito bem foi o Ricardo Oliveira. Vivendo um momento de seca no que diz respeito aos gols, ele mostra servi�o ajudando na marca��o e fazendo assist�ncias. Sabe da sua import�ncia.

Certa ou errada, a decis�o precisa ser mais �gil. E agora o �rbitro est� com mania de dizer que o aparelho n�o est� funcionando. Um vexame. No lance em que o Atl�tico pediu p�nalti no Char�, realmente o R�ver fez carga sobre o Henrique. Mas ficaram um temp�o tentando uma solu��o para o caso. Desse jeito, a coisa se complica. Pelo menos coloquem um show durante o pedido de VAR. Porque n�o chamam logo o juiz da partida para rever o lance. Mas a pol�mica do Vuaden com a telinha n�o � de hoje. Ele se complica em campo e na cabine. Parece ter um jeito estranho de ver o jogo.

Agora comentaristas de arbitragem descobriram uma maneira de deixar sua decis�o no ar. Em vez de dizer se foi ou n�o p�nalti, o cidad�o diz: “Eu n�o daria”. Ou “Eu daria...”. Mas, foi ou n�o foi?

A� algu�m vai � coletiva e pergunta ao Scolari se � verdade o boato sobre a sua poss�vel sa�da do Palmeiras. Caramba! Se � boato, � boato!

O futebol vai se transformando num mundo distante da nossa realidade. Palmeiras e Flamengo iniciaram a corrida do ouro. Gastaram os tubos com equipes que pareciam bem acima da maioria das que disputam o Brasileir�o. Agora, o S�o Paulo investe em Daniel Alves, que custar� um dinheir�o. O problema � que tais investimentos s� se justificar�o diante das conquistas. Por mim, acho que temos poucos t�tulos para muitos caixas eletr�nicos. E, para falar a verdade, acho que, mesmo com suas falhas, o VAR � um obst�culo para quem pretende se impor atrav�s de figurinhas caras e carimbadas.

E por falar em arbitragem, o que fizeram com o Am�rica no Paran� foi covardia. P�nalti claro no final do jogo, mas o apitador tremeu. Um absurdo.