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Estado de Minas Coluna

Dia D para os tucanos pode ser marco para as elei��es presidenciais

Apesar de formalmente serem tr�s os candidatos, na pr�tica a disputa � entre o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e o governador de SP, Jo�o D�ria


18/10/2021 04:00 - atualizado 18/10/2021 07:25

Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite
Eduardo Leite passou por Minas na sexta-feira, mas sabe que precisa ter apoio entre correlegion�rios paulistas (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
O dia 21 de novembro de 2021 tem tudo para virar um marco para as elei��es presidenciais do ano que vem. As pr�vias do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) ganharam relev�ncia em um contexto em que parece haver cada vez menos espa�o para outro candidato que n�o sejam os dois mais bem colocados nas pesquisas. No entanto, a import�ncia dessas pr�vias parece ser ainda mais dram�tica para a pr�pria identidade do partido.

Como � de conhecimento geral, apesar de formalmente serem tr�s os candidatos, na pr�tica a disputa � entre o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e o governador de S�o Paulo, Jo�o D�ria. O PSDB sempre teve influ�ncia e identifica��o com seu diret�rio paulista. Seria bastante natural que D�ria fosse o candidato; entretanto h� pouco mais de um m�s da disputa, o quadro continua indefinido.

Evidente que a vantagem de D�ria – pelo menos em tese – permanece. A vota��o dos filiados tem 25% do peso total; deputados federais, senadores, governadores, vice-governadores e ex-presidentes do PSDB tamb�m pesam 25%; deputados estaduais, mais 25%; e por fim, prefeitos e vereadores t�m peso igual, com 12,5% cada um. Como a maior parte dos filiados s�o paulistas e a bancada federal tamb�m �, tem-se a� a te�rica vantagem de D�ria.

A quest�o � que na pr�tica o PSDB passa por uma crise desde a derrota de A�cio Neves para Dilma Roussef em 2014, que at� hoje n�o parece nem perto do fim. Ali�s, toda essa hist�ria de contestar a seguran�a das urnas eletr�nicas – vale lembrar – come�ou a ser ensaiada nessa derrota. O enfraquecimento de A�cio abriu espa�o para o crescimento da influ�ncia de D�ria. At� hoje os dois n�o se bicam, por isso, ali�s, o apoio do diret�rio mineiro deve ir para Leite.

Na esteira da crise provocada pela derrota em 2014, o partido vem lentamente amadurecendo a necessidade de uma nova identidade, com menos “cara de paulista” e mais popular para o PSDB. Poucas caras s�o t�o paulistas e menos populares quanto a do governador D�ria. Eduardo Leite parece ser mais o que caciques, como o senador Tasso Jereissati, entendem adequado para o projeto nacional do partido.

Em situa��es como essa, o manual da pol�tica normalmente aconselha a quem tem vantagem evitar embates diretos, j� que as chances de se perder com um debate, por exemplo, s�o maiores do que ganhar. N�o por acaso, D�ria evitou o quanto p�de a ida ao debate de amanh� promovido pelos jornais “O Globo” e “Valor Econ�mico”, mas n�o conseguiu resistir � press�o de aliados e dever� comparecer.

Ser� a primeira vez que os dois, somados � presen�a figurativa do outro candidato, Arthur Virg�lio Neto, debater�o publicamente. Para Leite, pode ser uma �tima oportunidade de se tornar mais conhecido nacionalmente dentro do pr�prio PSDB, al�m de mostrar que � capaz de enfrentar um profissional da comunica��o na frente das c�meras. Leite sabe que � muito dif�cil ganhar as pr�vias sem conseguir fomentar defec��es dentro do territ�rio paulista. O debate � s� parte do plano.

Al�m do apoio do l�der do PSDB na C�mara Municipal de S�o Paulo, o vereador Xex�u Tr�poli e outros pol�ticos de express�o; Leite busca tamb�m o empresariado do estado. O convite para jantar na �ltima sexta feito pelo grupo Esfera Brasil – que promove encontros com industriais, personalidades do mercado financeiro, grandes empres�rios do varejo e outros – � uma pequena mostra de um movimento bem mais consistente que ocorre nos bastidores.

Aliados pr�ximos de D�ria afirmam que o governador nem cogita n�o se candidatar � presid�ncia da rep�blica, vencendo ou n�o as pr�vias. Um PSDB sem D�ria e com as antigas lideran�as j� sem energia para uma disputa majorit�ria, talvez at� abra espa�o para um partido com “menos cara de paulista” e mais popular. Isso n�o significa que o candidato desse “novo” PSDB teria automaticamente viabilidade pol�tica contra a resili�ncia eleitoral do presidente Bolsonaro e contra o apelo popular do ex-presidente Lula.

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