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Estado de Minas NOVOS USOS

Banana que era descartada passa a ser usada na fabrica��o de produtos diversos

Colheita de Minas, a terceira maior do pa�s, deve crescer 14,3% este ano


postado em 03/08/2015 00:12 / atualizado em 03/08/2015 08:06

Bananadas e outros produtos estão alavancando a produção da fruta no estado(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Bananadas e outros produtos est�o alavancando a produ��o da fruta no estado (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Minas Gerais se destaca na produ��o de bananas. A safra do estado � a terceira maior do pa�s. As variedades que se destacam s�o a prata e a caturra. E os produtores agora tamb�m lucram com a fruta, que antes era destinada ao descarte. A venda in natura pode ser mais lucrativa, mas aquelas que n�o atendem o padr�o exigido pelos consumidores passaram a ser vistas com maior interesse pela ind�stria. H� bananas em barrinhas de cereais, em doces, desidratadas e at� em balas, como as lan�adas na esteira do filme Minions, bichinhos amarelos que s�o viciados em “ba-na-na”.


O sabor est� em alta. Tanto que a expectativa do estado � produzir 813,8 mil toneladas de bananas neste ano, 14,3% a mais do que o registrado no ano passado, quando a colheita atingiu 711,4 mil toneladas. Segundo a Federa��o da Agricultura e Pecu�ria do Estado de Minas Gerais (Faemg), al�m da expans�o da demanda com os novos usos da fruta, o aumento da produtividade est� relacionado �s novas tecnologias, al�m de tratos culturais mais bem feitos. O bom resultado vai al�m da colheita maior nos mesmos bananais: a qualidade do produto tamb�m aumentou. E s�o os fruticultores que ganham mais diante desse novo cen�rio.


De acordo com o analista de mercado da Associa��o Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), Heider Cabral, cerca de 80% da produ��o da regi�o � vendida para consumo in natura e os outros 15% a 20%, que seriam descartados como lixo org�nico, agora s�o destinados ao processamento em diversas f�bricas. A mudan�a de vis�o dos produtores e a tentativa de agregar valor � fruta alavancaram esse novo mercado, que � a venda dos descartes para o processamento na ind�stria. Os pre�os pagos pelas f�bricas chegam a ser 50% abaixo dos praticados pela fruta in natura, principalmente na �poca da safra, mas produtores afirmam que a venda das bananas que n�o alcan�am o padr�o exigido pelo varejo vale a pena. “Mesmo com o pre�o baixo, o neg�cio � extremamente vantajoso para o produtor, j� que essa fruta que vai para a ind�stria n�o seria aceita no sacol�o e provavelmente seria descartada”, afirma.

Com uma �rea de mais de 200 hectares de produ��o de banana, o produtor e presidente da Abanorte, Saulo Bresinski, afirma que das quase 200 toneladas de fruta produzidas por semana por hectare, cerca de 6 mil quilos s�o enviados para a ind�stria de doce. “O que se sabe � que � invi�vel produzir para vender apenas para a ind�stria, que paga cerca da metade do valor cotado no outro mercado. O produtor precisa ter frutos de qualidade, que estejam dentro do padr�o in natura, e enviar para a ind�stria apenas o que seria descarte”, ressalta.

Filme Minions ajuda a estimular o consumo de bananas (foto: Universal/Divulgação )
Filme Minions ajuda a estimular o consumo de bananas (foto: Universal/Divulga��o )


ADEQUADAS

Em Jana�ba, no Norte de Minas, a f�brica Nutryllack utiliza a banana-prata para fazer o doce sem adi��o de a��car. Segundo o propriet�rio da empresa, S�rgio Robleto, esse tipo � o melhor por ter maior teor seco do que a banana-nanica, que cont�m mais �gua e precisa de mais tempo de cozimento, deixando o doce amargo, �s vezes. Ele afirma que as frutas utilizadas para a fabrica��o dos doces s�o compradas de produtores da regi�o e, para que alcance o ponto ideal, ela precisa estar bem madura. “Utilizamos a fruta que n�o tem qualidade para ir para a mesa, mas que n�o deixa de ser boa. Compramos a um pre�o mais barato. O quilo custa por cerca de R$ 0,60”, afirma.

Na f�brica, s�o descascadas mais de 21 mil toneladas da fruta por dia, para produzir cerca de 2,5 mil quilos da bananada, que resultam em quase 9 mil barrinhas. O doce � vendido para comerciantes por cerca de R$ 0,40 a barrinha, valor que, segundo o propriet�rio da f�brica, cobre os custos por conta do volume de venda. Segundo Robleto, a produ��o s� n�o � maior porque todo o processo � manual. Na tentativa de melhorar o sistema, ele est� investindo em um prot�tipo de m�quina para tentar mecanizar parte do processo e aumentar a produ��o para 5 mil quilos de bananada por dia. “Deve ficar pronto em at� 30 dias e, se der certo, mais tarde vamos investir numa m�quina maior para dobrar a produ��o”, conta. De acordo com ele, o investimento no projeto � de cerca de R$ 250 mil.

Em Ubatuba, S�o Paulo, a fabrica��o dos doces � feita com a banana-nanica comprada na regi�o do Vale do Ribeira, no Sul de S�o Paulo, e tamb�m no Sul de Minas por pre�os entre R$ 0,35 e R$ 0,40 o quilo. Segundo informa��es da s�cia-propriet�ria da Tach�o, Fl�via Parodi, s�o produzidas mais de 40 toneladas de doce de banana no local por m�s, que abastecem os mercados de Rio de Janeiro, S�o Paulo, Minas Gerais e Goi�s. “O doce mais vendido � a bananinha passada no a��car, que pode ser encontrada a pre�os a partir de R$ 18 o quilo”, afirma.


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